Esófago

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O esófago (português europeu) ou esôfago (português brasileiro) é um canal que conduz o alimento até o estômago. O esôfago é um conduto musculoso de contrações involuntárias, controladas pelo sistema nervoso autônomo, que, dando continuidade ao trabalho da faringe, levam o alimento até o estômago.[1]

Esófago/Esôfago


Órgãos digestivos. (O esôfago é o nº1)
Detalhes
Vascularização artérias esofágicas
Drenagem venosa veias esofágicas
Inervação gânglio celíaco, vago
Identificadores
Latim œsophagus
Gray pág.1144
MeSH Esophagus

Suas contrações através dos movimentos peristálticos fazem com que o bolo alimentar avance até ao estômago (em 2 segundos, aproximadamente), mesmo que se esteja de cabeça para baixo.[2]

Histologia

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É revestido por epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado e/ou parcialmente queratinizado, segundo a zona de localização na mucosa esofágica e a natureza da dieta alimentar, que é protegido por muco de glândulas mucosas menores situadas na parede do órgão.[3]

Ele está divido em 3 partes: uma proximal, uma média e outra distal. Na parte proximal as fibras musculares são na sua maioria estriadas esqueléticas, já na sua parte distal, na proximidade do estômago todas as fibras são musculares lisas.[3]

É composto por 4 camadas: uma mucosa, uma submucosa, outra muscular e externamente uma adventícia.[3]

A camada mucosa é composta por um revestimento epitelial pavimentoso estratificado, uma lâmina própria de tecido conjuntivo.[3]

A camada submucosa contém pequenas glândulas que lançam suas secreções em direção à luz do esôfago. Essa secreção contém substâncias as quais combatem os agentes infecciosos do meio externo.[3]

A camada muscular se divide em externa e interna.[3]

Doenças do esôfago

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O câncer de esôfago tem atingido endemicamente algumas regiões do mundo, tendo como principais causas o consumo de álcool e cigarro, a deficiência de vitaminas (A,C,B) ou de oligoelementos (Zn e Mo), contaminação de alimentos por fungos, o hábito de ingerir bebidas quentes (chimarrão, café) e o refluxo gastroesofágico, onde ácidos do estômago e sucos biliares atingem continuamente o esôfago. Preventivamente, a pessoa com refluxo gastroesofágico pode, a critério, ser submetido a um tratamento clínico com medicamentos a longo prazo ou ao tratamento cirúrgico.[4] Quando o paciente já apresenta alterações cabulosas do epitélio, caracterizadas como câncer de esôfago, o tratamento curativo é a esofagectomia.[5]

Outra possível patologia de quem possui doença do refluxo gastroesofágico é o esôfago de Barrett onde o epitélio esofágico acaba por sofrer uma metaplasia para tecido intestinal, caso o estresse causado pela acidez do refluxo permaneçam, é possível que essa metaplasia evolua para uma neoplasia esofágica.[6]

Vascularização

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A porção cérvico-torácica do esôfago é suprida pelas artérias tireoidianas inferiores, através de ramos ascendentes e descendentes. As artérias bronquiais e esofágicas, ramos diretos da parte torácica da aorta, também são responsáveis por parte do suprimento sanguíneo esofágico.[7]

As artérias gástrica esquerda e artéria frênica inferior esquerda fazem a vascularização arterial da porção abdominal do esôfago.

Em outros animais

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Na maioria dos peixes, o esófago é extremamente curto, devido principalmente ao comprimento da faringe (que está associado com as guelras). No entanto, alguns peixes, incluindo a lampreia, quimeras, e peixes pulmonados, não têm qualquer estômago verdadeiro, de modo que o esófago corre de forma eficaz a partir da faringe diretamente para o intestino, e é, portanto, um pouco mais longo.[8]

Em tetrápodes, a faringe é muito mais curta, e o esófago correspondentemente mais longo, do que em peixes. Em anfíbios, tubarões e raias, o epitélio esofágico é ciliado, ajudando a lavar o alimento junto, além da ação do peristaltismo muscular. Na maioria dos vertebrados, o esófago é simplesmente um tubo de ligação, mas, em aves, que se estende para a extremidade inferior de modo a formar uma cabo para a armazenagem de alimentos antes de entrar no verdadeiro estômago.[8]

Uma estrutura com o mesmo nome, é frequentemente encontrada em invertebrados, incluindo moluscos e artrópodes, que liga a cavidade oral com o estômago.

Referências

  1. Marieb, Elaine N.; Hoehn, Katja (2009). Anatomia e Fisiologia 3ª ed. [S.l.]: Artmed. p. 733. ISBN 8536318090 
  2. «Sistema digestório (digestivo)». Kenhub. Consultado em 14 de setembro de 2019 
  3. a b c d e f «Histology». www.pathologyoutlines.com. Consultado em 14 de setembro de 2019 
  4. Sitarz, Robert; Skierucha, Małgorzata; Mielko, Jerzy; Offerhaus, G Johan A; Maciejewski, Ryszard; Polkowski, Wojciech P (7 de fevereiro de 2018). «Gastric cancer: epidemiology, prevention, classification, and treatment». Cancer Management and Research. 10: 239–248. ISSN 1179-1322. PMC 5808709 . PMID 29445300. doi:10.2147/CMAR.S149619 
  5. «Surgery for Esophageal Cancer». www.cancer.org (em inglês). Consultado em 14 de setembro de 2019 
  6. «Barrett's esophagus - Symptoms and causes». Mayo Clinic (em inglês). Consultado em 14 de setembro de 2019 
  7. «Esôfago». Kenhub. Consultado em 14 de setembro de 2019 
  8. a b Romer, Alfred Sherwood; Parsons, Thomas S. (1977). The Vertebrate Body (em inglês). Filadélfia, PA: Holt-Saunders International. p. 344–345. ISBN 0-03-910284-X