Escola Politécnica (França)
A École Polytechnique (em português: Escola Politécnica) é a mais antiga, célebre e prestigiosa escola de engenharia, ciências e tecnologia da França. Atualmente pertence ao Institut Polytechnique de Paris, o qual é uma das escolas fundadoras. Entre seus ex-alunos estão vencedores do Prêmio Nobel, da Medalha Fields, Presidentes da França e muitos CEOs de empresas francesas e internacionais.
École Polytechnique | |
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Lema | Pour la patrie, les sciences et la gloire (Pela pátria, ciência e glória) |
Fundação | 1794 |
Localização | Paris-Saclay, França |
Presidente | Jacques Biot (X1971) |
Diretor(a) | François Bouchet (X1986) |
Docentes | 660 |
Total de estudantes | 2899 |
Graduação | 2307 |
Pós-graduação | 592 |
Campus | Campus do Plateau de Saclay |
Cores | Amarelo e vermelho |
Afiliações | ParisTech, Universidade Paris-Saclay |
Orçamento anual | 172M€ (2010) |
Página oficial | http://www.polytechnique.edu/ |
Fundada em 1794, durante a Revolução Francesa, é um estabelecimento público de ensino e pesquisa que se encontra sob a tutela do Ministério de Defesa da França. Seu lema "Pour la Patrie, les sciences et la gloire", enunciado por Napoleão Bonaparte, indica a relação estreita entre a École Polytechnique, o serviço da pátria e a excelência científica.
História
editarApós a Revolução Francesa, em 1789, a França viu-se numa situação difícil, com uma grande falta de engenheiros e funcionários públicos de alto escalão. Tal situação levou à criação, em 1794, da Escola Central de Trabalhos Públicos. Em 1805, Napoleão Bonaparte dá à escola um novo nome: Escola Politécnica, tornando-a numa escola militar.
Em 1970 a escola recebe um status civil, continuando porém sob a tutela do Ministério da Defesa Francês. Em 1972 a admissão de mulheres é aprovada e em 1976 a escola é movida do Quartier Latin, no centro de Paris ao lado da Sorbonne, a Palaiseau, ao sul de Paris.
Em 2000 a Escola Politécnica passa por diversas mudanças, no que é conhecida como a "Reforma de 2000". Tentando adaptar-se aos novos desafios do século XXI, a escola passa a engajar-se na sua internacionalização, com uma crescente admissão de alunos estrangeiros (vindos da China, Rússia, entre outros países) e também mudanças profundas na sua escolaridade, notadamente no que se refere às atividades militares de seus alunos.[1]
Ex-alunos da Polytechnique célebres
editarMuitos ex-alunos da Escola Politécnica de Paris ocupam cargos proeminentes no governo, indústria e pesquisa na França e no mundo. Entre seus ex-alunos, encontra-se prêmios Nobel (como Henri Becquerel, Maurice Allais, Jean Tirole), presidentes da França (como Sadi Carnot, Albert Lebrun e Valéry Giscard d’Estaing) e muitas outras personalidades francesas e internacionais.
A escola ficou mundialmente reconhecida por figurar os mais importantes da matemáticos dos séculos XVIII à XX, como Henri Poincaré, Augustin Louis Cauchy, Camille Jordan e Charles Hermite, Jean-Baptiste Biot, Pierre- Simon Laplace, Jean Baptiste Fourier, Joseph Louis Lagrange, entre outros que também foram alunos da École Polytechnique.
Estudantes
editarO campus da Escola agrupa simultaneamente duas promoções de aproximadamente 500 estudantes do cycle ingénieur (final da graduação e início do mestrado), dos quais 100 estrangeiros e menos de 20% de mulheres, além de mais entre 100 e 150 estudantes de mestrado e 450 doutorandos. Contrariamente à maioria das escolas de engenharia, o ano da promoção corresponde ao ano de entrada e não ao ano de obtenção do diploma. O recrutamento de alunos ocorre por diversas vias, que são classificadas em função da nacionalidade e dos estudos precedentes do candidato.
Alunos franceses
editarA maior parte dos alunos franceses são admitidos por intermediário de um concurso muito difícil, para os quais eles se preparam em classes preparatórias francesas. Eles costumam totalizar 80% da promoção.
No concurso de 2012, foram disponibilizadas 400 vagas para alunos franceses, sendo 383 reservadas a alunos procedentes de classes preparatórias e 17 alunos provenientes de universidades. As vagas das classes preparatórias dependem também da respectiva área de estudos.[2] No concurso de 2011, a metade dos alunos provenientes de classes preparatórias fizeram seus estudos em somente de duas instituições de ensino: o liceu Sainte-Geneviève de Versailles e o liceu Louis-le-Grand,[3] sendo o primeiro privado e o segundo público.
Alunos estrangeiros
editarOs alunos estrangeiros costumam totalizar 20% da promoção, sendo aproximadamente um terço proveniente de classes preparatórias. Os outros dois terços correspondem a alunos de universidades estrangeiras que são recrutados no mundo todo. No concurso de 2012, foram disponibilizadas 110 vagas para estrangeiros, sendo 35 para alunos provenientes de classes preparatórias (via 1), e 75 para alunos de universidades (via 2).[2]
Nome
editarÉ conhecida como "l'X" (lê-se lix), para o que há duas explicações diferentes e comumente aceitas. A primeira vem de seu símbolo de armas, onde podem ser vistos dois canhões cruzados que tomam a forma de um X. A segunda vem do reconhecimento da proeminência da matemática na formação de seus alunos, x sendo tradicionalmente o símbolo mais usado como variável matemática.
Referências
- ↑ «Le Developpement International». Consultado em 13 de Maio de 2012. Arquivado do original em 12 de novembro de 2012
- ↑ a b «Nombre de places offertes au concours 2012». Consultado em 19 de maio de 2012
- ↑ Ces lycées qui monopolisent la fabrique des élites Arquivado em 3 de março de 2016, no Wayback Machine., Maryline Baumard, Le Monde, 13 octobre 2011