Estação Guilherme Giorgi

futura estação de Linha 2 Verde do Metrô de São Paulo


A Estação Guilherme Giorgi é uma estação em obras do Metrô de São Paulo. Faz parte do projeto de expansão da Linha 2–Verde entre Vila Prudente e Dutra (Guarulhos), com previsão de inauguração para o segundo semestre de 2027.[2]

Guilherme Giorgi
Uso atual Estação de metrô
Proprietário Governo do Estado de São Paulo
Administração Metrô de São Paulo
Linha Verde
Posição Subterrânea
Tipo de estação VCA
Serviços Acesso à deficiente físico Táxi Escada rolante Bicicletário
Informações históricas
Nome antigo Nova Manchester
Inauguração Segundo semestre de 2027
Projeto arquitetônico Fernandes Arquitetos Associados (2013)[1]
Localização
Guilherme Giorgi está localizado em: Capital de São Paulo
Guilherme Giorgi
Localização da estação
23° 32' 47.868" S 46° 32' 28.140" O
Endereço Avenida Guilherme Giorgi x Avenida Conselheiro Carrão
Carrão
Município São Paulo
País Brasil
Próxima estação
Sentido Vila Madalena
Sentido Penha
Guilherme Giorgi

História

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O projeto da estação Vila Nova Manchester surgiu em 2009 após uma revisão do projeto de expansão da Linha 2 - Verde. Inicialmente a linha iria seguir de Vila Prudente para Tatuapé. A mudança de traçado para a Penha permitiu incluir a estação Nova Manchester, localizada na altura da Avenida Conselheiro Carrão (importante corredor perimetral da região). Em 2010 foi publicado o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), apresentando o local da futura estação.[3][4]

Após a consolidação do projeto, o governo do estado publicou o decreto estadual 59387 de 26 de julho de 2013, realizando a desapropriação de três áreas em um total de 6909,68 m2 necessárias para a construção da estação.[5]

Em setembro de 2014 a Companhia do Metropolitano revelou o resultado da licitação das obras e contratou a empresa Mendes Junior para a construção da estação:[6]

Lote/contrato Trecho Empresas Custo previsto Prazo
5 /
  • TC 4138221305 (2014)
Estação Santa Isabel; Estação Guilherme Giorgi; Mendes Junior R$ 432.780.772,39 meados de 2027

As obras deveriam ter sido iniciadas em dezembro de 2014, porém a crise político-econômica no Brasil de 2014 a 2018 fez com que a emissão da ordem de serviço fosse suspensa por período indeterminado. Apenas as obras de demolição de imóveis desapropriados e limpeza das áreas foram realizadas até janeiro de 2020 quando a ordem de serviço foi emitida, autorizando o início das obras. O prazo divulgado pelo estado para a conclusão das obras é meados de 2026 (embora a Pandemia de COVID-19 no estado de São Paulo tenha afetado a montagem dos canteiros de obras).[2][7]

Toponímia

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Em outubro de 2020, o nome da estação foi mudado para Estação Guilherme Giorgi.[8]

O imigrante italiano Guglielmo "Guilherme" Giorgi nasceu em 3 de abril de 1877 na cidade de Lucca (Toscana), filho de Mansueto Giorgi e Paradisa Domenici. Após imigrar para o Brasil junto de seus irmãos em 1879, Giorgi estudou em São Paulo e trabalhou com seu irmão Giovanni Giuseppe "José" Giorgi, um engenheiro ferroviário dono de uma construtora. A empresa de José Giorgi realizou inúmeras obras de expansão das ferrovias Sorocabana e Mogiana. Em 1911, Guilherme deixou a empresa familiar e fundou uma pequena empresa de comercialização de tecidos. Após angariar certo capital, reuniu seus empreendimentos têxteis na empresa "Cotonifício Guilherme Giorgi S/A" em 1920, no bairro do Brás. Giorgi faleceu em Milão, em 2 de julho de 1936, durante uma viagem de férias.[9][10]

Apesar da morte de seu fundador, o Cotonifício Giorgi continuou crescendo e acabou transferido do Brás para um grande loteamento de 570 mil metros quadrados, localizado na avenida recém-batizada Guilherme Giorgi no Carrão, em 1940. Batizado Jardim Têxtil, o loteamento ao redor da fábrica possuía uma vila operária que ampliou a urbanização daquela região. Por conta da fábrica, equipamentos públicos foram instalados ao seu redor pelo poder público e ou patrocinado pelo Cotonifício.[11] Posteriormente o cotonifício acabou incorporado ao Grupo Guilherme Giorgi se expandiu em diversos ramos de atuação no país, tornando-se um dos grandes conglomerados nacionais até a década de 1980.[12] A fábrica funcionou até a década de 1990 quando acabou fechada. Durante a década de 2000 até meados de 2012, a antiga fábrica abrigou um campus da extinta Universidade Bandeirante de São Paulo e de sua sucessora Anhanguera Educacional.[13] Grande parte da antiga fábrica foi vendida e demolida para a implantação de um condomínio imobiliário residencial. Parte de sua área acabou desapropriada para a implantação da estação do metrô, batizada Guilherme Giorgi.[14]

Referências

  1. «Estação Nova Manchester – Metrô de SP Linha 2 (Verde)». Fernandes Arquitetos Associados. 2013. Consultado em 6 de agosto de 2020 
  2. a b Willian Moreira, Willian (11 de agosto de 2023). «Nova estação da Linha 11-Coral será entregue em 2027.». Diário dos Trilhos. Consultado em 12 de agosto de 2023. Cópia arquivada em |arquivourl= requer |arquivodata= (ajuda) 🔗 
  3. «6-As alternativas tecnológicas e locacionais estudadas» (PDF). EIA-RIMA da Linha 15 - Branca, página 11. 10 de setembro de 2012. Consultado em 6 de agosto de 2020 
  4. Walm Engenharia (10 de setembro de 2012). «Estação Nova Manchester» (PDF). EIA-RIMA da Linha 15 - Branca, página 106. Consultado em 6 de agosto de 2020 
  5. Governo do Estado de São Paulo (27 de julho de 2013). «Decreto Nº 59387». Companhia do Metropolitano de São Paulo. Consultado em 7 de junho de 2020 
  6. e-negociospublicos (27 de setembro de 2014). «Extrato dos Contratos». Imprensa Oficial do estado de São Paulo. Consultado em 6 de agosto de 2020 
  7. Ricardo Meier (5 de abril de 2020). «Canteiros de obras começam a surgir na extensão da Linha 2-Verde do Metrô». Metrô-CPTM. Consultado em 7 de junho de 2020 
  8. Renato Lobo (2 de outubro de 2020). «Três estações da expansão da Linha 2-Verde até a Penha têm nomes alterados». Via Trolebus. Consultado em 3 de outubro de 2020 
  9. LuizCarlosde Barros (Fevereiro de 2016). «José Giorgi:história e memória». Calaméo. Consultado em 9 de junho de 2020 
  10. «Guilherme Giorgi». Correio Paulistano, ano LXXXIII, edição 24631, página 9 /republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 2 de julho de 1936. Consultado em 9 de junho de 2020 
  11. «Cotonifício Guilherme Giorgi S/A». Gazeta do Tatuapé. 6 de maio de 2014. Consultado em 9 de junho de 2020 
  12. Eva Alterman Blay (1985). Eu não tenho onde morar: vilas operárias na cidade de São Paulo. [S.l.]: Nobel. pp. 297–305. ISBN 978-8521302988 
  13. Alphabeth Inc. (fevereiro de 2010). «Uniban-Avenida Guilherme Giorgi 1245». Google street view. Consultado em 9 de junho de 2020 
  14. Alphabeth Inc. (fevereiro de 2010). «Imagem de satélite da antiga Fábrica Giorgi-Avenida Guilherme Giorgi 1245». Google street view. Consultado em 9 de junho de 2020 
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