Estrela de Istar
A Estrela de Istar ou Estrela de Inana é um símbolo da antiga deusa suméria Inana e sua semítica oriental equivalente, Istar. A coruja foi um dos principais símbolos de Istar. A deusa é geralmente associada com o planeta Vênus, que também é conhecido como a estrela da manhã.
História
editarA Estrela de Inana geralmente tinha oito pontas,[1] apesar do número exato variar.[2] Estrelas de seis pontas também ocorriam de forma frequente, mas seu significado simbólico é desconhecido.[3] Era o símbolo mais comum de Inana[1] e, posteriormente, tornou-se o símbolo mais comum de Istar, semítica oriental equivalente de Inana.[1] Também parece que originalmente possui-a uma associação geral com os céus,[1] mas, no Período Paleobabilônico, passou a ser especificamente associada com o planeta Vênus, com o qual Istar era identificada.[1] Começando no mesmo período, a Estrela de Istar era fechada dentro de um disco circular.[3]
Posteriormente, os escravos que trabalhavam nos templos de Istar eram marcados com o selo da estrela de oito pontas.[3] Em cudurrus e selos cilíndricos, a estrela de oito pontas geralmente é apresentada ao lado da Lua crescente, que era o símbolo de Sim, deus da Lua e um disco solar com raios, que era o símbolo de Samas, o deus do Sol.[4][2]
A roseta era outro símbolo importante de Istar que originalmente pertenceu à Inana.[5] Durante o Período Neoassírio, a roseta pode ter tomado o local da estrela de oito pontas como o símbolo principal de Istar.[6] O templo de Istar na cidade de Assur era adornado com diversas rosetas.[7]
Bandeira do Iraque
editarEm Árabe, o símbolo é conhecido como (em árabe: نجمة عشتار, translit. najmat eshtar). As estrelas de Istar e Samas foram apresentadas no brasão de armas do Reino do Iraque de 1932-1959.
Uma versão simplificada com raios vermelhos e um centro amarelo foi incorporada na bandeira do Iraque entre 1959-1963. Era também apresentada em combinação com o Sol de Samas no emblema nacional do Iraque entre 1959-1965.[8][9][10]
Ver também
editarReferências
- ↑ a b c d e Black & Green 1992, pp. 169-170.
- ↑ a b Liungman 2004, p. 228.
- ↑ a b c Black & Green 1992, p. 170.
- ↑ Gressman & Obermann 1928, p. 81.
- ↑ Black & Green 1992, p. 156.
- ↑ Black & Green 1992, p. 156-157.
- ↑ Black & Green 1992.
- ↑ Symes, Peter (março de 2005). «The First Banknotes of the Central Bank of Iraq». www.pjsymes.com.au. Consultado em 22 de dezembro de 2021
- ↑ Dawisha, Adeed (Janeiro de 2003). «Requiem for Arab Nationalism». Middle East Quarterly
- ↑ Amatzia Baram, "Mesopotamian Identity in Ba'thi Iraq," Middle Eastern Studies, Oct. 1983, p. 427.
Bibliografia
editar- Black, Jeremy; Green, Anthony (1992). Gods, Demons and Symbols of Ancient Mesopotamia: An Illustrated Dictionary. [S.l.]: The British Museum Press. ISBN 0-7141-1705-6
- Collins, Paul (1994). «The Sumerian Goddess Inanna (3400-2200 BC)». Papers of from the Institute of Archaeology. 5. [S.l.]: UCL
- Gressmann, Hugo; Obermann, Julian (1928). The Tower of Babel. [S.l.]: Jewish Institute of Religion Press. p. 81
- Liungman, Carl G. (2004). Symbols: Encyclopedia of Western Signs and Ideograms. Lidingö, Sweden: HME Publishing. ISBN 978-9197270502