Etienne Stawiarski
Etienne Gaudenty Stawiarski (Częstochowa, 27 de janeiro de 1856 — Paraná, 1945) foi um engenheiro polonês radicado no Brasil.
Etienne Stawiarski | |
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Nascimento | 27 de janeiro de 1856 Częstochowa |
Morte | 1945 (89 anos) Paraná |
Nacionalidade | Polonês |
Campo(s) | Engenharia |
Vida
editarFoi engenheiro agrimensor formado em Paris. Instalou-se na Colônia Grão Pará, em 16 de junho de 1884.[1] Casou com Úrsula Bussolo, filha de Pio Bussolo.[2] No recenseamento de 1896 consta ter Etienne 39 anos de idade, com as filhas Ursula (25 anos) e Thereza (30 dias).[3]
"Era um sábio vivendo em meio à floresta. Gastava fortunas adquirindo os últimos lançamentos científicos da Academia de Ciências da França. Interessava-se por astronomia, física, química, matemática e psicologia. Entre seus documentos há um longo manuscrito sobre assuntos de matemática, talvez com teorias próprias. Sua biblioteca, de mais de 600 volumes ricamente encadernados, dá a medida do saber deste sábio perdido no fundo da selva, medindo terrenos or pirambeiras e grotões. Essa biblioteca foi doada pelos netos ao Museu Conde d'Eu, onde pode ser consultada. Quanta pestana terá queimado à luz do candieiro, debruçado sobre as últimas teorias dos sábios da época!"[4]
Em anotação de 1901 registra, dirigindo-se a Antunes Braga: "Fico-lhe muito grato por tantos incômodos que V. Exa. passou por minha causa. Me desculpe, porém considerando que neste sertão, a vida para qualquer homem civilizado seria insuportável sem alguma distração intelectual. Não tomará por mal se ainda procuro aproveitar-me de sua bondade, pedindo outra encomenda de livros conforme a lista que ajunto..."[5]
Também ajudou os colonos em problemas de saúde, servindo como farmacêutico prático. João Leonir Dall'Alba registra: "Drogas encomendadas pelo Stawiarski:
- À farmácia Rodrigues de Laguna: Ácido cítrico, subcarbonato, magnésio, estracto etéreo de feto macho, em pó (para solitária), goma-guta, colomelanos, éter sulfúrico, iodureto, bromureto, ventosas, sifão de lavagem do estômago, escarificador, supositórios de cacau, cafeína pura, emulsão de scott, pincel curvo para garganta, beladona, cânfora, láudano, essências.
- À farmácia Bragança, Cid e Cia, RJ (Rio de Janeiro): Maçarico de latão, forno de barro refratário, forno para tubos, fogareiro, retortas, pinças, balão de vidro, cadinhos, balança.
- À farmácia e drogaria de Raulino Horn e Oliveira, FL (Florianópolis): ácido, éter, essências, alóes, ártaro,pedra hume, ópio em pó, silicatos, nitratos, bicarbonatos, óleo de rícino (tomar com cerveja preta), cocaína".[6]
Carreira
editarFoi diretor da Colônia Imperial Grão Pará, de 1895 a 1942, quando a mesma foi extinta.
Referências
- ↑ Jucely Lottin, Colônia Imperial de Grão-Pará. 120 anos. Florianópolis : Elbert, 2002. Página 145.
- ↑ João Leonir Dall'Alba. Colonos e Mineiros no Grande Orleans, 1986. Página 21.
- ↑ Jucely Lottin, Recenseamento 1896. Orleans: Coan Gráfica e Editora, 2007. Página 83, erroneamente escrito Etiane Starviascki.
- ↑ João Leonir Dall'Alba. Colonos e Mineiros no Grande Orleans, 1986. Página 23.
- ↑ João Leonir Dall'Alba. Colonos e Mineiros no Grande Orleans, 1986. Página 53.
- ↑ João Leonir Dall'Alba. Colonos e Mineiros no Grande Orleans, 1986. Página 55.
Bibliografia
editar- Jucely Lottin, Colônia Imperial de Grão-Pará. 120 anos. Florianópolis : Elbert, 2002.