Eugénia Maximilianovna de Leuchtenberg
Eugénia Maximilianovna de Leuchtenberg, também conhecida por Evgenia Romanovskaya, (1 de abril de 1845 - 4 de maio de 1925) foi um membro da casa real francesa de Beauharnais, apesar de ter sido criada no país natal da sua mãe, a Rússia.
Eugénia Maximilianovna | |
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Duquesa de Oldemburgo Princesa de Leuchtenberg | |
Eugénia Maximilianovna em 1865 | |
Consorte | Alexandre de Oldemburgo |
Nascimento | 1 de abril de 1845 |
São Petersburgo, Império Russo | |
Morte | 4 de maio de 1925 (80 anos) |
Biarritz, França | |
Pai | Maximiliano de Leuchtenberg |
Mãe | Maria Nikolaevna da Rússia |
Filho(s) | Pedro Alexandrovich de Oldemburgo |
Brasão |
Eugénia e o seu marido, o duque Alexandre Petrovich de Oldemburgo, eram principalmente conhecidos pela extensa filantropia que espalharam por toda a Rússia, tanto que em 1914 um jornal afirmou que "provavelmente não existem duas pessoas que são tão adoradas como o duque a duquesa de Oldemburgo."
Família
editarEugénia foi a terceira criança e segunda filha a nascer do casamento entre Maximiliano, 3.º duque de Leuchtenberg e a grã-duquesa Maria Nikolaevna da Rússia. Os seus avós paternos eram o duque Eugénio de Beauharnais, enteado de Napoleão Bonaparte, e a princesa Augusta da Baviera. Os seus avós maternos eram o czar Nicolau I da Rússia e a princesa Carlota da Prússia.[1]
Primeiros anos
editarO pai de Eugénia apaixonou-se pela grã-duquesa Maria Nikolaevna quando viajou a São Petersburgo e acabou por conseguir casar com ela. Logo após o casamento, Maximiliano recebeu o tratamento de alteza imperial e o título de príncipe Romanovsky.[2] Como filha de uma grã-duquesa russa e um nobre francês elevado a russo, Eugénia e os seus irmãos sempre foram tratados como grão-duques e grã-duquesas, com o estilo de altezas imperiais.[3]
Após a morte do seu pai em 1852, a grã-duquesa Maria voltou a casar-se, desta vez morganaticamente com o conde Grigori Stroganov dois anos depois.[4] Como este casamento foi mantido em segredo do seu pai, o czar Nicolau I e como o seu irmão Alexandre II não podia autorizá-la, preferindo fingir que a desconhecia, Maria foi forçada a ir para o exílio no estrangeiro.[4] Contudo, Alexandre compreendia a irmã e tratou os seus sobrinhos, que ficaram a viver em São Petersburgo sem a mãe, o melhor que podia.
Devido à sua posição, Eugénia executava muitas funções da corte. Em 1860, acompanhou a sua avó materna, a czarina-viúva Alexandra Feodorovna, a França onde foram recebidas pelo imperador Napoleão III e pela imperatriz Eugénia.[5] Em 1866, a princesa, a grã-duquesa Maria e outras figuras reais proeminentes foram recebidas pelo embaixador dos Estados Unidos, Cassius Clay, e pelo secretário da marinha Gustavus Fox num banquete luxuoso. Clay teve a honra de se sentar entre Eugénia e a grã-duquesa Alexandra Iosifovna.[6] Clay e Fox já tinham ido ao palácio de verão da grã-duquesa Maria onde foram apresentados formalmente à princesa Eugénia num almoço depois do qual os dois voltaram a São Petersburgo para continuar com os seus deveres.[7]
Casamento
editarEnquanto jovem, Eugénia teve vários candidatos para marido incluindo o príncipe-herdeiro Humberto da Itália, um plano que não chegou a nada uma vez que este se casou com a princesa Margarida de Sabóia.[8]
No dia 19 de janeiro de 1868, Eugénia casou-se com o duque Alexandre Petrovich de Oldemburgo, filho do duque Pedro Georgievich de Oldemburgo. O avô de Alexandre tinha-se casado com a grã-duquesa Catarina Pavlovna, filha do czar Paulo I da Rússia e os seus descendentes foram criados na Rússia, tal como a família de Eugénia. Assim, apesar do seu título alemão, o duque Alexandre, tal como o seu pai, tinha crescido na Rússia, prestando serviço militar para os czares e sempre foi considerado um membro da família imperial russa.[9]
O casal teve apenas um filho, o duque Pedro Alexandrovich de Oldemburgo. Eugénia era muito amiga da czarina Maria Feodorovna e as duas arranjaram o casamento de Pedro com a filha mais nova de Maria, a grã-duquesa Olga Alexandrovna da Rússia.[10]
Morte
editarEugénia morreu no exílio, devido à Revolução Russa de 1917, no dia 4 de maio de 1925 em Biarritz, na França. O seu marido morreu sete anos depois.
Referências
- ↑ C. Arnold McNaughton, The Book of Kings: A Royal Genealogy, in 3 volumes (London, U.K.: Garnstone Press, 1973), volume 1, page 214.
- ↑ "The Czar's New Brother-In-Law", The Washington Post, 6 de Abril de 1901
- ↑ Radziwill, Catherine (1915). Memories of Forty Years. London: Funk & Wagnalls Company. p. 235. http://books.google.com/books?id=uiwNAAAAYAAJ&pg=PA235&dq=Leuchtenberg+princess+grand+duchess&hl=en&ei=O8C4TOGnBMm6ngfVh-HSDQ&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=2&ved=0CC4Q6AEwAQ#v=snippet&q=Leuchtenberg&f=false
- ↑ a b Radzinsky, Edvard (2005). Alexander II, The Last Great Tsar. New York: Free Press. p. 177. ISBN 0743273329.
- ↑ von Grimm, August Theodor (1870). Alexandra Feodorowna, empress of Russia, Volume 2. Edinburgh: Edmonston and Douglas. p. 414. http://books.google.com/books?hl=en&lr=&id=2KEEAAAAYAAJ&oi=fnd&pg=PA1&dq=russia+leuchtenberg+oldenburg+duke&ots=R6AejLPYBr&sig=-eAO8EE6IrBBjPjC4a_aaEs0K9k#v=onepage&q=Leuchtenberg&f=false.
- ↑ Florimond Loubat, p. 205.
- ↑ Florimond Loubat, Joseph (1878). Narrative of the mission to Russia, in 1866, of the Hon. Gustavus Vasa Fox. New York: D. Appleton & Company. p. 189. http://books.google.com/books?id=Sn1BAAAAYAAJ&pg=PA10&dq=Leuchtenberg+princess+grand+duchess&hl=en&ei=O8C4TOGnBMm6ngfVh-HSDQ&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=3&ved=0CDMQ6AEwAg#v=onepage&q=Leuchtenberg&f=false.
- ↑ "The Yelverton Case", The Manchester Guardian, 6 de Dezembro de 1865
- ↑ "Duke Victim of Auto Wreck", The Washington Post, 9 de Julho de 1914
- ↑ Vassili, Paul. Behind the Veil at the Russian Court. p. 246. http://books.google.com/books?hl=en&lr=&id=KoOHT68PYMkC&oi=fnd&pg=PR5&dq=Leuchtenberg+princess+grand+duchess+maria&ots=nVW2nQKjYJ&sig=qxAno3KeKBODQdal1fvXPViBb0Q#v=onepage&q=Leuchtenberg&f=false.