Eurico de Sousa Leão
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Eurico de Sousa Leão (Engenho Laranjeiras (Vicência), 17 de fevereiro de 1889 — Rio de Janeiro, 10 de maio de 1960) foi um advogado e político brasileiro.
Eurico de Sousa Leão | |
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Eurico de Sousa Leão | |
Deputado Federal por Pernambuco | |
Período | 1927/1930/1936/1946 |
Dados pessoais | |
Nascimento | 17 de fevereiro de 1889 Engenho Laranjeiras, Pernambuco |
Morte | 10 de maio de 1960 (71 anos) Rio de Janeiro (cidade), Rio de Janeiro |
Profissão | Advogado |
Destacou-se pela atuação junto ao governo do Estado na luta contra as investidas do cangaceiro Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião.
Biografia
editarNascido em Engenho Laranjeiras, interior pernambucano, Eurico de Sousa Leão é filho de família ligada à aristocracia da Zona da Mata do estado. Formou-se advogado pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, colando grau no dia 23 de dezembro de 1921. Foi chefe da Repartição Central de Polícia e deputado federal por Pernambuco.
A carta de Lampião
editarEm 1926 o cangaceiro Lampião enviou uma carta ao governador de Pernambuco, Júlio de Melo, sugerindo a divisão do estado em duas partes: uma ficaria com ele e a outra com o governo. Na época, o chefe de polícia Antônio Guimarães foi o responsável por levar a notícia da atitude audaciosa ao conhecimento do governador.
Ainda em 1926, no dia 12 de dezembro, Júlio de Melo foi substituído no governo por Estácio Coimbra, a quem caberia tomar atitude com relação à carta de Lampião. O novo governador nomeou como chefe de polícia o jovem advogado Eurico de Sousa Leão.
Com Leão à frente da Repartição Central de Polícia, começou uma ação organizada do estado contra o cangaço. Em princípio, Leão substituiu os soldados do litoral (chamados de "pés-de-barro") por sertanejos com hábitos e resistência física semelhantes às dos cangaceiros, reorganizando o serviço policial volante.
Ele levou para a polícia sertanejos da própria região, o vale do rio Pajeú, de onde os bandidos eram originários, ampliando uma política iniciada no governo anterior. A partir de então eram homens de maior resistência, acostumados a enfrentar a caatinga e suas dificuldades, que davam combate.
Os resultados dessa mudança de estratégia não demoraram a aparecer. Lampião logo teria no seu encalço homens como os nazarenos, naturais da cidade de Nazaré (hoje Carqueja - PE), que se tornariam seus piores inimigos.
Além dessas medidas, Leão começou a prender e processar os coiteiros, pessoas que ajudavam a encobrir os integrantes do cangaço. A ação ajudou a quebrar a condescendência e até mesmo a cumplicidade dos poderosos chefes do interior com Lampião e seus seguidores. Por fim, promoveu convênios com os estados vizinhos para enfrentar os bandoleiros.
Leão teve como um dos principais agentes ao seu lado o militar Teófanes Ferraz Torres, com quem divide os méritos da introdução em Pernambuco da polícia científica e da moderna administração da defesa social.
As medidas aplicadas provocaram a derrota de Lampião em menos de um ano e meio, conquistando também a opinião pública.
Deputado federal
editarEurico de Sousa Leão elegeu-se deputado federal por Pernambuco em 1927 e 1930. Foi preso durante a Revolução de 1930, por ter ligações com o governador deposto Estácio Coimbra. Respondeu ao processo e foi absolvido.
Participou do Movimento Constitucionalista de 1932. Nesse mesmo ano, filiou-se ao Partido Republicano Social (PRS), pelo qual se elegeu deputado federal, no pleito de 1936. Com o fim do Estado Novo, integrou a formação da União Democrática Nacional (UDN), mas dela afastou-se, juntamente com outros republicanos, para criar o Partido Republicano (PR). Nessa legenda elegeu-se constituinte e deputado federal em 1946, quando concorreu também ao Governo do Estado.
Referência
editarLigações externas
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