Fé bahá'í

fé monoteísta e abrahâmica
(Redirecionado de Fé Bahá'í)

Fé Bahá'í (em árabe: بهائية Baha'iyyah) /bəˈh/), também chamada de bahaísmo, é uma religião abraâmica monoteísta que enfatiza a união espiritual de toda a humanidade.[1] Três princípios básicos estabelecem a base para os ensinamentos bahá'ís: a unidade de Deus, que há apenas um Deus que é a fonte de toda a criação; a unidade da religião, que todas as maiores religiões têm a mesma fonte espiritual e partem do mesmo Deus; e a unidade da humanidade, que todos os seres humanos foram criados igualmente e que a diversidade racial e cultural deve ser apreciada e aceita.[2] Segundo os ensinamentos da fé bahá'i, o propósito humano é aprender a conhecer e a amar a Deus através de métodos como orações, reflexões e ajuda aos outros.

Fé bahá'í

Estrela de nove pontas, um dos símbolos da Fé bahá'í
Fé bahá'í
Casa Universal de Justiça, o corpo governante dos bahá'ís, no Centro Mundial Bahá'í, em Haifa, Israel.
Divindade Deus na Fé Bahá'í
Fundador(es) Bahá'u'lláh
Origem Século XIX, Pérsia
Tipo Monoteísta
Religiões relacionadas Abraâmica
Número de adeptos c. 5 milhões de pessoas
Membros Bahá'ís
Escrituras Kitáb-i-Aqdas, Palavras Ocultas, Kitáb-i-Íqán
Lugares sagrados Bagdá, Iraque
Xiraz, Irã
Edirna, Turquia
Acre e Haifa, Israel
Língua litúrgica Persa e árabe
Templos Casa de adoração

A Fé Bahá'i foi fundada por Bahá'u'lláh na Pérsia. Bahá'u'lláh foi exilado da Pérsia para o Império Otomano devido a seus ensinamentos, falecendo enquanto ainda era oficialmente um prisioneiro. Após a morte de Bahá'u'lláh, sob a liderança de seu filho, `Abdu'l-Bahá, a religião se expandiu de suas origens persa e otomana e ganhou espaço na Europa e nas Américas, além de ter se consolidado no Irã, onde sofre intensa perseguição.[3] Após a morte de `Abdu'l-Bahá, a liderança da comunidade bahá'i entrou numa nova fase, passando de um único líder para uma ordem administrativa com órgãos eleitos e indivíduos indicados.[4] Há mais de cinco milhões de bahá'ís espalhados por mais de 200 países e territórios.[2]

Na Fé Bahá'í, a história religiosa da humanidade é vista como tendo sido manifestada através de uma série de mensageiros divinos, cada um dos quais estabeleceu uma religião adequada às necessidades de seu tempo e à capacidade das pessoas de então. Esses mensageiros vão de figuras abraâmicas como Moisés, Jesus, Maomé às dármicas como Krishna e Buda. Para os bahá'is, os mensageiros mais recentes são o Báb e Bahá'u'lláh. Segundo os ensinamentos bahá'ís, cada mensageiro profetizou sobre os próximos, e a vida e os ensinamentos de Bahá'u'lláh completou as promessas escatológicas das escrituras anteriores. A humanidade é entendida como fazendo parte de um processo de evolução coletiva e a necessidade do tempo atual é o estabelecimento de paz, justiça e unidade a uma escala global.[5]

Etimologia

editar

A palavra Bahá'í é usada tanto quanto um adjetivo para se referir à Fé Bahá'í quanto um termo para se referir aos seguidores de Bahá'u'lláh.[6] A palavra não é um substantivo que significa a religião como um todo.[7] É derivada do árabe Bahá' (بهاء), que significa "glória" ou "esplendor".[6][8] O termo "bahaísmo"[9] (ou "baha'ísmo") também é usado, embora de maneira pejorativa.[10][11]

Crenças

editar

Três princípios básicos estabelecem a base da doutrina e dos ensinamentos bahá'í: a unidade de Deus, a unidade da religião e a unidade da humanidade.[2][6] Desses postulados se forma a crença de que Deus revela periodicamente sua vontade através de mensageiros divinos, cujo propósito é transformar o caráter da humanidade e desenvolver, entre aqueles que respondem ao chamado, qualidades morais e espirituais.[12] A religião é, então, vista como ordeira, unificada e gradual de época em época.[13]

 Ver artigo principal: Deus na Fé Bahá'í

Os textos da Fé Bahá'í descrevem um Deus único, pessoal, inacessível, onisciente, inextinguível e todo poderoso que é o criador de todas as coisas no universo.[14] A existência de Deus e do universo é considerada eterna, não tendo começo ou fim.[15] Apesar de ser diretamente inacessível, Deus é visto como consciente da criação e possui uma vontade e um propósito, manifestados através de mensageiros intitulados Manifestações de Deus.[16][17]

Os ensinamentos bahá'ís defendem que Deus é grandioso demais para os humanos compreenderem ou criarem uma imagem completa e precisa Dele por si próprios.[18] Assim sendo, o entendimento humano de Deus só é atingido através de Suas revelações a Suas Manifestações.[19][20] Na fé bahá'í, Deus é chamado por títulos e atributos (o Todo-Poderoso ou o Todo-Amoroso, por exemplo), e há uma ênfase substancial no monoteísmo; doutrinas tais quais a da Trindade são vistas como comprometedoras se não contraditórias à visão de que Deus é único e não possui equivalentes.[21] Os ensinamentos bahá'ís afirmam que os atributos que são imputados a Deus são usados para traduzir Sua palavra em termos humanos e também para ajudar as pessoas a se concentrarem em seus próprios atributos na adoração a Deus para desenvolver suas potencialidades em seu caminho espiritual.[19][20] Segundo os ensinamentos bahá'ís, o propósito humano é aprender a saber e amar a Deus através de métodos tais como oração, reflexão e ajuda aos outros.[19]

Religião

editar
 Ver artigo principal: Fé Bahá'í e as religiões
 
Símbolo de várias religiões em pilar da Casa de Adoração Bahá'í em Wilmette, Estados Unidos.

As noções bahá'ís da revelação religiosa gradual resulta na aceitação da validade das religiões mais bem conhecidas do mundo, cujos fundadores e figuras centrais são vistas como Manifestações de Deus.[6] A história religiosa é interpretada como uma série de dispensações, onde cada manifestação traz uma revelação mais ampla e avançada, adequada ao tempo e ao local no qual é expressada.[15] Ensinamentos religiosos específicos, tais como a direção das orações ou restrições dietárias, podem ser revogados por uma manifestação subsequente para que uma exigência mais apropriada para o tempo e local seja estabelecida.[22] Por outro lado, certos princípios gerais (por exemplo, companheirismo ou caridade) são vistos como universais e consistentes.[22] Na crença Bahá'í, este processo de revelação gradual não vai acabar; acredita-se que seja cíclico.[6] Os bahá'ís não esperam a aparição de uma nova manifestação de Deus nos próximos mil anos a partir da revelação de Bahá'u'lláh.[6][23]

As crenças bahá'ís são ocasionalmente descritas como combinações sincréticas das primeiras crenças religiosas.[24] Os bahá'ís, no entanto, asseguram que a sua religião é uma tradição distinta, com suas próprias escrituras, ensinamentos, leis e história.[15][25] Inicialmente a religião foi vista como uma seita do Islã, mas atualmente a maioria dos teólogos a vêem como uma religião independente que tem como pano de fundo o islamismo xiita e cuja origem é análoga ao contexto judaico em que o cristianismo foi estabelecido.[26] As instituições e o clero muçulmano, tanto sunita quanto xiita, consideram os bahá'ís como desertores ou apóstatas da fé islâmica, o que tem levado à perseguição de bahá'ís.[27][28] Os próprios bahá'ís atestam que sua fé é uma religião independente, que se difere das outras tradições no que diz respeito a sua idade e aos ensinamentos de Bahá'u'lláh num contexto moderno.[29] Acredita-se que Bahá'u'lláh tenha completado as expectativas messiânicas das fés precursoras.[30]

Humanidade

editar
 
O Símbolo da Pedra representa a união da humanidade a Deus.

Os bahá'ís acreditam que o ser humano possui uma "alma racional", que provê à espécie uma capacidade única de reconhecer a Deus e a relação da humanidade com seu criador.[31][32] Todo ser humano é considerado possuidor do dever de reconhecer a Deus através de seus Mensageiros e dos ensinamentos deles.[32][33] Através do reconhecimento e da obediência, serviço à humanidade e práticas espirituais, os bahá'ís acreditam que a alma pode se aproximar de Deus, o ideal da crença.[32] Quando um ser humano morre, a alma continua existindo no mundo espiritual, onde seu desenvolvimento espiritual no mundo físico torna-se base para julgamento e progresso no mundo espiritual.[6][32] O céu e o inferno são vistos como estados espirituais de proximidade ou distância de Deus, sendo indicadores da relação nesse mundo e no próximo, e não lugares físicos de recompensa e punição atingidos após a morte.[34]

Os textos bahá'ís enfatizam a igualdade essencial dos seres humanos e a abolição de todos os tipos de preconceito.[6] A humanidade é considerada essencialmente una, embora diversificada; esta diversidade de raça e cultura é considerada merecedora de apreciação e tolerância.[35] Doutrinas de racismo, nacionalismo, castas, e classes sociais são impedimentos artificiais da unidade.[2] Os ensinamentos bahá'ís declaram que a unificação da humanidade deve ser assunto principal sobre as condições religiosas e políticas no tempo presente.[15]

Ensinamentos

editar
 Ver artigo principal: Ensinamentos bahá'ís

Síntese

editar

Shoghi Effendi, nomeado o chefe da religião de 1921 a 1957, escreveu a seguinte síntese do que ele considerava ser os princípios distintivo dos ensinamentos de Bahá'u'lláh, a qual, segundo ele, constitui ao lado das leis e regulamentos do Kitáb-i-Aqdas o alicerce da fé bahá'í:

A busca independente pela verdade, desalgemada de superstição ou tradição; a unicidade de toda a raça humana, princípio essencial e doutrina fundamental da fé; a unidade basilar de todas as religiões; a condenação de todas as formas de preconceito, seja ele religioso, racial, de classe ou nacionalidade; a harmonia que deve existir entre a religião e a ciência; a igualdade de homens e mulheres, as duas asas com as quais o pássaro da espécie humana tem a capacidade de voar; a implementação do ensino obrigatório; a adoção de uma língua auxiliar universal; a abolição de extremos de riqueza e pobreza; a instituição de um tribunal mundial para a adjudicação de disputas entre nações; a exaltação do trabalho, realizado em espírito de serviço, ao posto da adoração; a glorificação da justiça como princípio governante na sociedade humana, e da religião como baluarte para a proteção de todos os povos e nações; e o estabelecimento de uma paz permanente e universal como a meta suprema de toda a humanidade — estes destacam-se como os elementos essenciais [que Bahá'u'lláh proclamou].[36]

Princípios sociais

editar
 
Os jardins Bahá'í em Haifa

Os seguintes princípios são frequentemente listados como um breve resumo dos ensinamentos bahá'ís. São derivados de palestras e discursos de `Abdu'l-Bahá durante sua viagem pela Europa e pela América do Norte em 1912.[32][37][38] Esta lista não é definitiva e uma variedade de outras listas podem ser encontradas em circulação.[25][38][39]

Especificamente em relação à busca pela paz mundial, Bahá'u'lláh prescreveu um acordo de segurança coletiva de âmbito mundial como necessário para o estabelecimento de uma paz duradoura.[42]

Ensinamentos místicos

editar
 Ver artigo principal: Ensinamentos místicos

Embora os ensinamentos bahá'ís têm uma forte ênfase em questões sociais e éticas, existe uma série de textos fundacionais que foram descritos como místicos.[15] Os Sete Vales é considerada "a maior composição mística" de Bahá'u'lláh; foi escrito para um seguidor do sufismo, no estilo de Attar de Nixapur, um poeta muçulmano,[43] e estabelece os estágios da jornada da alma até chegar a Deus, que ele não confirma serem sete, apesar de ter dividido seu livro em sete capítulos.[44] Foi inicialmente traduzido para o francês em 1905 e para o inglês em 1906,[45] tornando-se um dos primeiros livros de Bahá'u'lláh disponíveis no Ocidente. As Palavras Ocultas é um outro livro escrito por Bahá'u'lláh durante o mesmo período, com 153 passagens curtas em que Bahá'u'lláh afirma ter pegado a essência básica de certas verdades espirituais e as escrito em forma breve.[46]

Convênio

editar
 Ver artigo principal: Convênio de Bahá'u'lláh

Os ensinamentos bahá'ís falam tanto de um "Grande Convênio" (ou aliança),[47] universal e infinito, e de um "Convênio Menor", único para cada dispensação religiosa. O Convênio Menor é visto como um acordo entre um mensageiro de Deus e seus seguidores e inclui práticas sociais e a continuação da autoridade da religião.[48] Atualmente os bahá'ís veem a revelação de Bahá'u'lláh como um convênio menor com seus seguidores; nos escritos bahá'ís ser firme no convênio é considerada uma virtude a ser atingida.[48] O Grande Convênio é visto como um acordo mais duradouro entre Deus e a humanidade, quando se espera que uma manifestação de Deus apareça de tempos em tempos, e implica a obrigatoriedade de reconhecer o sucessor do mensageiro atual.[49]

Sendo a unidade da religião um ensinamento essencial da fé, os bahá'ís seguem uma administração que acreditam ser ordenada divinamente e, portanto, veem tentativas de criar cismas e divisões como esforços contrários aos ensinamentos de Bahá'u'lláh.[48] Já ocorreram cismas, mas as divisões tiveram relativamente pouco sucesso e não conseguiram atrair um público considerável.[50] Os seguidores de tais divisões são considerados violadores do Convênio pela Casa Universal de Justiça e evitados pela comunidade bahá'í; no entanto, trata-se de uma medida extrema e rara,[51] aplicada somente àqueles que permanecem fiéis à causa bahá'í mas se opõem à administração ou que tentam criar cismas na comunidade; não é uma punição aplicada àqueles que perderam sua crença na fé ou que cometeram pequenas infrações da lei bahá'í.[48]

Textos canônicos

editar
 Ver artigo principal: Literatura Bahá'í

Os textos canônicos são os escritos do Báb, de Bahá'u'lláh, `Abdu'l-Bahá, Shoghi Effendi e da Casa Universal de Justiça, assim como as conversas autenticadas de `Abdu'l-Bahá.[52] Os escritos do Báb e de Bahá'u'lláh são considerados revelação divina,[52] os escritos e as palestras de `Abdu'l-Bahá e os escritos de Shoghi Effendi são considerados interpretação oficial e os textos da Casa Universal de Justiça são considerados legislação oficial e elucidação.[53] Supõe-se algum tipo de orientação divina para todos estes textos.[54] Dentre os principais escritos de Bahá'u'lláh estão o Kitáb-i-Aqdas, literalmente "O Mais Sagrado Livro ", que é seu livro de leis,[55] o Kitáb-i-Íqán, literalmente "O Livro da Certeza", que se tornou a base de grande parte da crença bahá'í,[56] As Joias dos Mistérios Divinos, que inclui novas bases doutrinais, e Os Sete Vales e Os Quatro Vales, que são tratados místicos a respeito da jornada da alma a caminho de Deus.[44][57]

História

editar
Cronologia da fé bahá'í[58]
1844 O Báb torna pública sua missão em Shiraz, Irã
1850 O Báb é executado em público em Tabriz, Irã
1852 Milhares de bábís são executados
Bahá'u'lláh é preso e forçado a se exilar
1863 Bahá'u'lláh anuncia ser "aquele que Deus tornará manifesto"
Ele é forçado a sair de Bagdá para Constantinopla e depois para Adrianópolis
1868 Bahá'u'lláh é submetido a um duro confinamento em `Akká, Palestina
1892 Bahá'u'lláh morre perto de `Akká
Seu testamento aponta `Abdu'l-Bahá como seu sucessor
1908 `Abdu'l-Bahá é libertado da prisão
1921 `Abdu'l-Bahá morre em Haifa
Seu testamento aponta Shoghi Effendi como Guardião
1957 Shoghi Effendi morre na Inglaterra
1963 A Casa Universal de Justiça é eleita pela primeira vez
 Ver artigo principal: História Bahá'í
 
Santuário do Báb em meio aos patamares e jardins do Centro Mundial Bahá'í, em Haifa, Israel

A história bahá'í segue a sequência de líderes da religião, começando com a declaração do Báb em Shiraz, no Irã em 23 de maio de 1844 até a ordem administrativa estabelecida pelas principais figuras da fé bahá'í. A comunidade bahá'í esteve confinada aos impérios persa e otomano até a morte de Bahá'u'lláh em 1892, possuindo então seguidores em 13 países da Ásia e da África.[59] Sob a liderança de seu filho, `Abdu'l-Bahá, a religião ganhou terreno na Europa e na América e se consolidou no Irã, onde ainda hoje sofre intensa perseguição.[3] Após a morte de `Abdu'l-Bahá em 1921, a liderança da comunidade bahá'í entrou numa nova fase, passando de um único indivíduo para uma ordem administrativa com órgãos eleitos e indivíduos indicados.[4]

O Báb

editar
 Ver artigo principal: O Báb

Na noite de 22 de maio de 1844, Siyyid `Alí-Muhammad de Shiraz, Irã proclamou ser "o Báb" (الباب "o Portão"), anunciando mais tarde ser o Mádi, o 12° ímã do islamismo xiita.[3] Seus seguidores ficaram conhecidos como bábís. Conforme os ensinamentos do Báb se espalharam, o que o clero islâmico via como uma ameaça, seus seguidores passaram a sofrer perseguições, linchamentos e torturas.[6][15] Os conflitos se agravaram a tal ponto que diversos locais foram cercados pelo Exército do xá.[60] O Báb foi preso em 1846 e mais tarde executado, em 1850.[6][61]

Os bahá'ís veem o Báb como precursor de sua fé, uma vez que os escritos do Báb introduziram o conceito de "aquele que Deus tornará manifesto", uma figura messiânica cuja vinda, segundo os bahá'ís, foi anunciada pelas escrituras de todas as grandes religiões do mundo, e quem Bahá'u'lláh, o fundador da fé bahá'í, afirmou ser em 1863.[15] O Santuário do Báb, localizado em Haifa, Israel, é um importante local de peregrinação para os bahá'ís.[62] Os restos mortais do Báb foram trazidos secretamente do Irã para a Terra Sagrada e depois enterrados na tumba construída para eles num local especificamente determinado por Bahá'u'lláh.[63] As principais obras escritas pelo Báb estão compiladas na Seleção dos Escritos do Báb, a partir de um total estimado de 135 obras.[64]

Bahá'u'lláh

editar
 Ver artigo principal: Bahá'u'lláh

Mírzá Husayn `Alí Núri foi um dos primeiros seguidores do Báb e, mas tarde, adotou o título de Bahá'u'lláh,[65] nome que significa "Glória de Deus".[66] Ele foi preso por seu envolvimento com o Báb em 1852.[65] Bahá'u'lláh relata que enquanto estava encarcerado no calabouço de Síyáh-Chál em Teerã, recebeu os primeiros sinais de que era "aquele que Deus tornará manifesto" previsto pelo Báb.[2][65]

Em 1853, ele foi expulso de Teerã para Bagdá, então no Império Otomano;[2] e depois para Constantinopla (atual Istambul) e depois para Adrianópolis (atual Edirne).[66] Em 1863, na época de seu banimento de Bagdá, Bahá'u'lláh declarou, num jardim de Bagdá, ser o missionário divino previsto pelo Báb.[6] Cresceram-se as tensões entre ele e Mírzá Yahyá, seu meio-irmão mais novo que, incitado por Siyyid Muhammad, tornou-se líder nomeado dos bábís que não reconheciam como verdadeira a declaração de Bahá'u'lláh.[65][67] Durante o resto de sua vida, porém, Bahá'u'lláh ganhou a lealdade da maioria dos bábís, que passaram a ser denominados bahá'ís.[67] A partir de 1886, ele começou a declarar sua missão enquanto mensageiro de Deus em cartas para os líderes religiosos e seculares do mundo, incluindo Papa Pio IX, Napoleão III e Rainha Vitória.[68]

Em 1868, Bahá'u'lláh foi banido de Constantinopla pelo sultão Abdulazize para a colônia penal otomana de `Akká, localizada no atual estado de Israel.[67][69] Perto do fim de sua vida, o severo e duro confinamento foi gradualmente relaxado, e lhe foi permitido morar numa casa perto de `Akká enquanto ele ainda era oficialmente um prisioneiro daquela cidade.[69] Ele morreu lá em 1892.[6] Os bahá'ís se viram para seu local de descanso na mansão de Bahjí, conforme determina o Qiblih, quando vão realizar suas orações diárias.[57]

Bahá'u'lláh escreveu muitas obras que são consideradas escrituras da fé bahá'í, das quais apenas uma fração foram traduzidas para o português.[70] Há cerca de 15 000 obras, tanto grandes quanto pequenas,[64] das quais as mais significativas são o Livro Mais Sagrado, o Livro da Certeza, as Palavras Ocultas[66] e Os Sete Vales. Há também uma série de compilações de obras menores, das quais a mais significativa é a Seleção dos Escritos de Bahá'u'lláh.

`Abdu'l-Bahá

editar
 Ver artigo principal: `Abdu'l-Bahá

`Abbás Effendi era o filho mais velho de Bahá'u'lláh, conhecido pelo título de `Abdu'l-Bahá ("Servo de Bahá").[71] Seu pai deixou um testamento que nomeava `Abdu'l-Bahá como líder da comunidade bahá'í e o descrevia como "centro do Convênio", "líder da fé" e único intérprete autorizado de seus escritos.[6][63][72] `Abdu'l-Bahá esteve exilado e preso com seu pai, fato que continuou até a Revolução dos Jovens Turcos em 1908.[71] Após sua libertação pelos revolucionários, ele viveu uma vida de viagens e conferências e manteve contato, via correspondência, com comunidades de fiéis e indivíduos, expondo os princípios da fé bahá'í.[2] Ele morreu em 1921.[6]

Estima-se que `Abdu'l-Bahá escreveu mais de 27 000 obras, a maioria das quais no formato de cartas, sendo que apenas uma fração delas foi traduzida para o português.[64] Dentre suas obras conhecidas estão O Segredo da Civilização Divina, a Carta a Auguste-Henri Forel e o Esplendor da Verdade (anteriormente chamado Respostas a Algumas Perguntas). Além disso, transcrições de muitas de suas conferências durante sua jornada pelo Ocidente foram publicadas em vários volumes, tais como as Palestras de Paris que, embora não reconhecidas no cânone de suas obras, ganharam ampla aceitação entre os bahá'ís.[72]

Administração Bahá'í

editar
 Ver artigo principal: Administração Bahá'í
 
Sede da Casa Universal de Justiça em Haifa, corpo administrativo da comunidade internacional bahá'í

As obras Kitáb-i-Aqdas de Bahá'u'lláh e A Última Vontade e Testamento de `Abdu'l-Bahá são documentos fundacionais da ordem administrativa bahá'í.[73] Bahá'u'lláh estabeleceu a Casa Universal de Justiça, cujos membros são eleitos, e `Abdu'l-Bahá estabeleceu a Guardiania hereditária, cujos membros são nomeados, e esclareceu a relação entre as duas instituições.[63][74] Em seu testamento, `Abdu'l-Bahá nomeou seu neto mais velho, Shoghi Effendi, como primeiro guardião da fé bahá'í;[6] ele serviu como líder da religião por 36 anos até sua morte.[74]

Durante sua vida, Shoghi Effendi traduziu textos bahá'ís, desenvolveu planos para a expansão da comunidade bahá'í, desenvolveu o Centro Mundial Bahá'í, manteve uma volumosa troca de correspondências com comunidades e indivíduos ao redor do mundo e construiu a estrutura administrativa da religião, preparando a comunidade para a eleição da Casa Universal de Justiça.[2] Ele morreu em 1957 sob condições que não lhe permitiram nomear um sucessor.[75][76]

Em níveis local, regional e nacional, os bahá'ís elegem os 9 membros da Assembleia Espiritual, que governa os assuntos da religião.[77] Há também indivíduos nomeados que trabalham em vários níveis, incluindo localmente e internacionalmente, que desempenham a função de propagar os ensinamentos e proteger a comunidade.[77] Eles não atuam como clero, o que a fé bahá'í não possui.[15][78] A Casa Universal de Justiça, eleita pela primeira vez em 1963, continua sendo o sucessor e governante supremo da fé bahá'í, e seus 9 membros são eleitos a cada cinco anos pelos membros de todas as Assembleias Espirituais Nacionais.[79] Qualquer bahá'í do sexo masculino, com 21 anos de idade ou mais, é elegível para a Casa Universal de Justiça; todos os demais postos estão abertos para bahá'ís de ambos os sexos.[80] Nenhum indivíduo possui autoridade individual; as decisões são de caráter consultivo e são válidas apenas se o quórum das entidades bahá'ís estiver completo.[81]

Planos internacionais

editar
 
Templo em Kampala, Uganda.

Em 1937, Shoghi Effendi lançou um plano de sete anos para os bahá'ís da América do Norte, seguido por outro em 1946.[82] Em 1953, ele lançou o primeiro plano internacional, a Cruzada de Dez Anos.[83] Este plano trazia metas extremamente ambiciosas para a expansão da comunidade e instituições bahá'ís, a tradução de textos bahá'ís em línguas ainda inéditas e o envio de pioneiros bahá'ís para nações anteriormente não alcançadas.[84] Effendi anunciou, através de cartas escritas durante a Cruzada de Dez Anos, que outros planos seriam lançados sob a direção da Casa Universal de Justiça, eleita em 1963 no auge da Cruzada. Em 1964, a Casa de Justiça lançou um plano de nove anos e uma série de planos plurianuais subsequentes, de duração e objetivos diversos, foram lançados em seguida, guiando a direção da comunidade bahá'í internacional.[85]

Anualmente, em 21 de abril, a Cada Universal de Justiça envia uma mensagem de Ridván para a comunidade bahá'í em todo o mundo,[86] que geralmente oferece uma atualização sobre o progresso do plano atual e oferece orientações para o ano seguinte.[87] Os bahá'ís em todo o mundo estão sendo incentivados a se concentrar na construção de competências através de aulas para crianças, grupos de jovens, reuniões devocionais e estudo sistemático da religião através de círculos de estudo.[88][89] Outros focos são o envolvimento na ação social e participação nos debates predominantes da sociedade.[90][91] Os anos de 2001 até 2021 representam quatro planos sucessivos de cinco anos, culminando com o centenário da passagem de `Abdu'l-Bahá.[92]

Demografia

editar
 
Templo bahá'i em Wilmette, Illinois, Estados Unidos.
 
Templo em Sydney, Austrália.
 
Templo em Frankfurt, Alemanha.
 Ver artigo principal: Centro Mundial Bahá'í

Um documento de fonte bahá'í apontava a existência de 4 700 000 fiéis em 1986, crescendo a uma taxa de 4,4%.[93] Desde então, fontes bahá'í estimam o número de fiéis em torno de 5 milhões.[94] A Enciclopédia Cristã Mundial estimava a existência de 7,1 milhões de bahá'ís em 218 países em 2000[95] e de 7,3 milhões em 2010 no mesmo número de países.[96] Segundo esta fonte, "a fé bahá'í é a única religião que tem crescido mais do que a população geral em todas as regiões das Nações Unidas ao longo dos últimos 100 anos. A fé bahá'í foi, assim, a religião que mais cresceu entre 1910 e 2010, crescendo pelo menos duas vezes mais rápido do que a população de quase todas as regiões da ONU".[97] A única falha sistemática desta fonte é indicar uma estimativa mais elevada de cristãos do que o conjunto de outros dados disponíveis.[98]

A partir de sua origem nos Impérios Persa e Otomano, a religião conquistou fiéis no Sul e Sudeste Asiático, na Europa e na América do Norte até o início do século XX. Durante as décadas de 1950 e 1960, vastas viagens levaram a fé bahá'í para quase todos os países e territórios do mundo. Durante a década de 1990, os bahá'ís desenvolveram programas de consolidação sistemática em larga escala e o início do século XXI viu grandes influxos de novos fiéis ao redor do mundo. A fé bahá'í é, atualmente, a religião minoritária no Irã,[99] no Panamá[100] e em Belize;[101] é a segunda maior religião internacional na Bolívia,[102] na Zâmbia[103] e na Papua Nova-Guiné;[104] e a terceira maior religião internacional no Chade[105][106] e no Quênia.[107] Segundo o World Almanac and Book of Facts 2004:

A religião bahá'í é listada pelo The Britannica Book of the Year (1992–atualidade) como a segunda religião independente mais difundida no mundo em número de países alcançados. Segundo esta fonte, a fé bahá'í estava presente em 247 países e territórios em 2002; representando mais de 2 100 grupos étnicos, raciais e tribais; as escrituras bahá'ís foram traduzidas para mais de 800 línguas; possuindo 7 milhões de adeptos em todo o mundo.[109] Em 2007, a fé bahá'í foi apontada pela revista Foreign Policy como a segunda religião que mais cresce no mundo, tendo aumento seu número de fiéis em 1,7% em comparação ao ano anterior.[110]

Práticas sociais

editar
 Ver artigo principal: Leis bahá'ís
 
Sede da Casa Universal de Justiça, órgão administrativo dos bahá'is, em Haifa, Israel.

As leis da fé bahá'í têm sua origem principal na obra Kitáb-i-Aqdas, escrita por Bahá'u'lláh.[111] A seguir, alguns exemplos de leis básicas e hábitos religiosos.

  • A oração na fé bahá'í consiste de orações obrigatórias e devocionais (gerais). Todos os bahá'ís com mais de 15 anos de idade devem recitar individualmente uma oração obrigatória por dia, usando palavras e formato fixos. Além da oração obrigatória diária, os fiéis são orientados a oferecer diariamente uma oração devocional e um período de meditação e estudo das escrituras sagradas. Não há nenhum formato padrão para as devoções e meditações, embora as orações devocionais escritas por figuras centrais da fé bahá'í e apresentadas em livros de oração são tidos em alta consideração. Ler em voz alta as orações de livros de oração é uma característica típica de reuniões bahá'ís.
  • A maledicência e a fofoca são proibidas e denunciadas.[6]
  • Bahá'ís adultos com boa saúde devem realizar anualmente um jejum de 19 dias do nascer ao pôr-do-sol de 2 de março a 20 de março.
  • Os bahá'ís são proibidos de beber álcool ou usar drogas,[6] a menos que seja prescrito por um médico.[112]
  • A relação sexual só é permitida entre marido e mulher e, portanto, relações sexuais pré-maritais, extramaritais e homossexuais são proibidas (Ver também: Homossexualidade e a Fé Bahá'í).
  • A jogatina é proibida.[6]
  • O fanatismo é proibido.
  • O ritualismo é desencorajado, com a notável exceção das orações obrigatórias.
  • É necessário abster-se da política partidária.

Enquanto algumas das leis do Kitáb-i-Aqdas são aplicáveis na atualidade e podem ser impostas pelas instituições administrativas,[113] Bahá'u'lláh previu a aplicação progressiva de outras leis que dependem da existência de uma sociedade predominantemente bahá'í. As leis, quando não estão em conflito direto com as leis civis de determinado país, são obrigatórias para todos os bahá'ís,[113] e a observância de leis pessoais, como a prática de orações e jejum, é de responsabilidade exclusiva do indivíduo.[111][114]

Casamento

editar
 Ver artigo principal: Casamento Bahá'í

O propósito do casamento na fé bahá'í é, principalmente, promover a harmonia espiritual, a companhia e a unidade entre um homem e uma mulher e proporcionar um ambiente estável e carinhoso para a criação de crianças.[115] Os ensinamentos bahá'ís sobre o casamento chamam-no de fortaleza para o bem-estar e para a salvação e colocam o casamento e a família como base da estrutura da sociedade humana.[115] Bahá'u'lláh elogiava muito o casamento, desencorajando o divórcio e a homossexualidade, e exigindo castidade fora do casamento; Bahá'u'lláh ensinava que marido e mulher devem se esforçar para melhorar a vida espiritual um do outro.[116] O casamento interracial também é muito elogiado nas escrituras bahá'ís.[115]

Os bahá'ís que pretendem se casar são convidados a obter uma compreensão completa do caráter do outro antes de tomar uma decisão.[115] Embora os pais não devam escolher os noivos de seus filhos, após dois indivíduos decidirem se casar eles devem receber a aprovação de todos os pais biológicos vivos, mesmo que um dos noivos não seja um bahá'í.[6] A cerimônia de casamento bahá'í é simples; a única parte obrigatória do casamento é a leitura dos votos de casamento prescritos por Bahá'u'lláh que tanto o noivo quanto a noiva devem ler na presença de duas testemunhas.[115] Os votos são "Nós todos iremos, verdadeiramente, cumprir a vontade de Deus".[115]

Trabalho

editar

O monasticismo é proibido na fé e os bahá'ís tentam atingir sua espiritualidade na vida cotidiana. A realização de um trabalho útil, por exemplo, não é apenas necessário, mas também considerado uma forma de adoração.[15] Bahá'u'lláh proibiu um estilo de vida mendicante e ascético.[117] A importância do autoesforço e do serviço à humanidade na vida espiritual de alguém também são enfatizados nos escritos de Bahá'u'lláh, onde ele afirma que o trabalho feito com o espírito de serviço à humanidade é considerado por Deus semelhante à oração e à adoração.[15]

Casas de Adoração

editar
 Ver artigo principal: Casa de Adoração Bahá'í
 
Templo de Lótus em Nova Déli, Índia.

A maioria dos encontros de bahá'ís ocorrem em casas de fiéis, centros bahá'ís ou imóveis alugados, uma vez que não é permitido conversar dentro das Casas de Adoração.[6] Internacionalmente, existem atualmente sete Casas de Adoração Bahá'í, com uma oitava em construção no Chile[6][118] e a construção de mais sete sendo planejada em abril de 2012.[119] As escrituras bahá'ís se referem a uma instituição chamada Mashriqu'l-Adhkár (Local nascente da menção de Deus), um complexo de instituições que incluem um hospital, uma universidade, escolas, e assim por diante.[120] O primeiro Mashriqu'l-Adhkár, localizado em Asgabate, no Turcomenistão e demolido em 1963, foi a Casa de Adoração mais completa da história da fé bahá'í.[121]

Calendário

editar
 Ver artigo principal: Calendário bahá'í

O calendário bahá'í é baseado no calendário estabelecido pelo Báb. Os anos são compostos por 19 meses de 19 dias cada, com 4 ou 5 dias intercalares entre o 18° e o 19° mês para completar um ano solar.[2] O Ano Novo Bahá'í, chamado Naw Rúz, corresponde ao tradicional ano novo persa e ocorre no equinócio vernal, 21 de março, no final do mês de jejum. As comunidades bahá'ís se reúnem no início de cada mês numa reunião chamada de Festa de Dezenove Dias para adoração, consulta e socialização.[15] A palavra "festa" significa "festa espiritual" e não uma grande refeição.[6]

Cada um dos 19 meses possui um nome específico, simbolizando um dos atributos de Deus; alguns exemplos são Bahá' (Esplendor), 'Ilm (Conhecimento) e Jamál (Beleza).[122] A semana bahá'í é familiar ao calendário gregoriano, se consistindo de sete dias, com o nome de cada dia também sendo um atributo de Deus. Os bahá'ís observam 11 dias sagrados durante o ano, sendo que o trabalho deve ser suspenso em nove deles. Tais dias comemoram acontecimentos importantes na história da religião.[122]

Símbolos

editar
 Ver artigo principal: Simbolos bahá'ís

Os símbolos da religião são derivados da palavra árabe Bahá' (بهاء "esplendor" ou "glória"), de valor numérico 9, razão pela qual o símbolo mais comum da religião é a estrela de nove pontas.[123] O símbolo de pedra e caligrafia do grande nome também são frequentemente encontrados. O primeiro é composto por duas estrelas de cinco pontas intercaladas com um Bahá' estilizado, cuja forma se destina a relembrar as três unicidades da religião,[124] enquanto o último é uma representação caligráfica da frase Yá Bahá'u'l-Abhá (يا بهاء الأبهى "Ó Glória do Mais Glorioso!").

A estrela de cinco pontas é o símbolo da fé bahá'í.[125][126] Na religião, a estrela é conhecida como Haykal (em árabe: "templo") e foi iniciada e estabelecida pelo Báb. O Báb e Bahá'ú'lláh escreveram várias de suas obras no formato de pentagramas.[127]

Desenvolvimento socioeconômico

editar

Desde seu início, a fé bahá'í teve participação no desenvolvimento socioeconômico, primeiro através da luta pela liberdade das mulheres,[128] definindo a promoção da educação feminina como uma preocupação prioritária,[129] o que levou à criação de escolas, cooperativas agrícolas, e clínicas voltadas às mulheres.[128]

A religião entrou em uma nova fase quando uma mensagem da Casa Universal de Justiça foi lançada em 20 de outubro de 1983. Os bahá'ís foram instados a procurar maneiras, compatíveis com os ensinamentos da fé, através das quais poderiam ajudar no desenvolvimento social e econômico das comunidades em que viviam. Como resultado, o número de ações socioeconômicas bahá'ís oficialmente reconhecidas em todo o mundo saltou de 129 em 1979 para 1 482 em 1987.[130]

Organização das Nações Unidas

editar
 
Arquivos Internacionais

Bahá'u'lláh escreveu sobre a necessidade de um governo mundial nesta época da vida coletiva da humanidade. Por causa disso, a comunidade bahá'í internacional decidiu apoiar os esforços de melhoria das relações internacionais através de organismos como a Liga das Nações e a Organização das Nações Unidas, embora faça algumas reservas sobre a atual estrutura e constituição da ONU.[131] A Comunidade Internacional Bahá'í é uma agência sob a direção da Casa Universal de Justiça em Haifa e possui status consultivo nos seguintes organismos:[132][133]

A Comunidade Internacional Bahá'í possui escritórios na ONU em Nova Iorque e em Genebra e representações nas comissões regionais da ONU e outros escritórios em Addis Ababa, Bangkok, Nairóbi, Roma, Santiago e Viena.[133] Recentemente um escritório do Programa para o Meio Ambiente e outro para o Fundo de Desenvolvimento para a Mulher foram instituídos como parte do Escritório da ONU da fé baha'í. A Fé Bahá'í também empreendeu programas comuns de desenvolvimento em várias outras agências das Nações Unidas. No Fórum do Milênio, um bahá'í foi o único representante não governamental convidado a discursar.[134]

Perseguição

editar
 
Cemitério bahá'í em Yazd, destruído por autoridades do governo iraniano.

Os bahá'ís continuam sendo perseguidos em diversos países islâmicos, uma vez que os líderes islâmicos não reconhecem a Fé Bahá'í como uma religião independente, e sim como uma apostasia do islã.[65] As perseguições mais severas têm ocorrido no Irã, onde mais de 200 bahá'ís foram executados entre 1978 e 1998,[99] e no Egito.[6] Os direitos dos bahá'ís foram restringidos em vários outros países, incluindo Afeganistão,[6][135] Azerbaidjão,[6] Indonésia,[6][136][137] Iraque,[138] Marrocos,[6][139] Romênia[6] e boa parte da África subsaariana.[140]

A marginalização dos bahá'ís pelo governo do Irã tem seus laços nos esforços históricos do clero muçulmano em perseguir as minorias religiosas como forma de garantir e ampliar seu poder.[141] Quando o Báb começou a atrair um grande número de seguidores, o clero esperava parar o movimento através da difusão de que seus seguidores eram inimigos de Deus.[6] As diretivas clericais levaram a ataques de fiéis muçulmanos e execuções públicas.[3] No início do século XX, além da repressão que impactava indivíduos seguidores da fé bahá'í, foram iniciadas campanhas centralmente dirigidas que tinham como alvo a comunidade bahá'í como um todo e suas instituições.[142] Em um caso, em Yazd, em 1903, mais de 100 bahá'ís foram assassinados.[143] Escolas bahá'ís, como as escolas Tarbiyat para meninos e meninas em Teerã, foram fechadas nos anos 1930 e 1940, os casamentos entre bahá'ís não foram reconhecidos pelas autoridades do Estado iraniano e textos da literatura bahá'í foram censurados.[142][144]

Durante o reinado do xá Mohammad Reza Pahlavi uma campanha de perseguição contra os bahá'ís foi instituída como forma de desviar a atenção dos problemas econômicos do Irã e de um crescente movimento nacionalista.[145] Uma campanha antibahá'í começou em 1955 e incluía a divulgação de propaganda contra a religião em estações de rádio e jornais oficiais.[6][142] No final da década de 1970, o regime do xá perdeu legitimidade devido a sua postura pró-Ocidente, às suas arbitrariedades e à deterioração da economia iraniana.[146] Conforme o movimento antixá ganhava terreno e apoio, se espalhava a propaganda revolucionária alegando que alguns dos assessores do xá eram bahá'ís.[147] Eles eram retratados como ameaças econômicas e como apoiadores de Israel e do ocidente e as hostilidades contra eles aumentaram.[142][148]

Desde a Revolução Islâmica de 1979, os bahá'ís iranianos têm tido suas casas frequentemente saqueadas e são banidos de ingressar em universidades[149] e no serviço público e centenas deles foram presos por causa de suas crenças religiosas, a maioria dos quais por participar de círculos de estudo.[99] Cemitérios bahá'ís foram demolidos, assim como alguns locais que possuem significado especial para os fiéis, como a casa de Mírzá Buzurg, o pai de Bahá'u'lláh.[3] A casa do Báb em Shiraz, um dos três locais de peregrinação dos bahá'ís, foi destruída duas vezes.[3][150][151] De 1979 a 1983, 72 bahá'ís foram presos e executados.[6]

De acordo com um grupo de estudo norte-americano, os ataques contra os bahá'ís no Irã aumentaram durante a presidência de Mahmoud Ahmadinejad.[152][153] A Comissão das Nações Unidas para os Direitos Humanos revelou uma correspondência confidencial do comando das forças armadas do Irã de outubro de 2005 que orienta seus membros a identificar os bahá'ís e monitorar suas atividades.[154] Devido a essas ações, a Relatora Especial da Comissão das Nações Unidas para os Direitos Humanos afirmou, em 20 de março de 2006, que ela "também expressa preocupação que essas informações adquiridas como resultado do monitoramento serão usadas como base para aumentar a perseguição e a discriminação contra os membros da fé bahá'í, em violação aos códigos internacionais".[154] Ainda segundo a instituição, os últimos acontecimentos indicam que a situação em relação às minorias religiosas no Irã está deteriorando.[154]

Em 14 de maio de 2008, membros de um órgão informal conhecido como "Amigos" que supervisionavam as necessidades da comunidade bahá'í no Irã foram presos e levados para a prisão de Evin.[152][155] O processo judicial dos Amigos foi adiado várias vezes, mas foi finalmente levado ao tribunal em 12 de janeiro de 2010.[156] A entrada de observadores no tribunal não foi autorizada e até mesmo os advogados de defesa, que durante dois anos tiveram acesso mínimo aos réus, tiveram dificuldade em entrar no tribunal.[156] O presidente da Comissão dos EUA sobre Liberdade Religiosa Internacional disse que parece que o governo já predeterminou o resultado do caso e está violando a lei internacional de direitos humanos.[156] As sessões foram realizadas em 7 de fevereiro de 2010,[157] 12 de abril de 2010[158] e 12 de junho de 2010.[159] Em 11 de agosto de 2010, soube-se que a sentença judicial foi de 20 anos de prisão para cada um dos sete acusados,[160] que foi posteriormente reduzida para 10 anos.[161] Após a sentença, eles foram transferidos para a prisão de Gohardasht.[162] Em março de 2011, as sentenças foram revertidas para os 20 anos originais.[163] Em 3 de janeiro de 2010, as autoridades iranianas detiveram mais dez membros da minoria bahá'í, incluindo Leva Khanjani, neta de Jamaloddin Khanjani, um dos sete líderes bahá'ís presos em 2008 e, em fevereiro, eles prenderam seu filho, Niki Khanjani.[164]

O governo iraniano afirma que a fé bahá'í não é uma religião, e sim uma organização política e, portanto, se recusa a reconhecê-la como uma religião minoritária.[165] No entanto, o governo nunca apresentou provas convincentes que dessem apoio à sua caracterização da comunidade bahá'í enquanto organização política.[166] Além disso, as declarações do governo de que os bahá'ís que se converterem terão seus seus direitos restaurados comprovam que os bahá'ís são perseguidos unicamente por sua filiação religiosa.[167] O governo iraniano também acusa a fé bahá'í de estar associada ao sionismo pelo fato do Centro Mundial Bahá'í estar localizado em Haifa, Israel.[168] Estas acusações contra os bahá'ís não têm nenhuma base na realidade histórica,[169][170][171] e são feitas pelo governo iraniano para usar os bahá'ís como "bodes expiatórios".[172] Na verdade, foi o líder iraniano Naceradim Xá Cajar que expulsou Bahá'u'lláh da Pérsia para o Império Otomano e Bahá'u'lláh foi posteriormente exilado pelo sultão otomano, a pedido do xá persa, a territórios mais longe do Irã, sendo finalmente exilado na cidade de Acre, na Síria, que só um século mais tarde foi incorporada ao estado de Israel.[173]

A comunidade e as instituições bahá'ís foram banidas do Egito em 1960.[174][175] Todas as propriedades da comunidade bahá'í, incluindo centros, bibliotecas e cemitérios, foram confiscados pelo governo e, desde então, fatwas foram emitidas pelo clero acusando os bahá'ís de apostasia.[174]

A controvérsia das cédulas de identidade começou em 1995, quando o governo egípcio introduziu o processamento eletrônico de documentos de identidade, introduzindo a exigência de que os documentos listem a religião do indivíduo como "muçulmana", "cristã" ou "judaica" (as três únicas religiões reconhecidas oficialmente pelo governo).[176] Anteriormente, os oficiais do governo preenchiam os documentos a mão e escreviam "outra religião" nos documentos de bahá'ís.[176] Após a introdução do sistema computadorizado, que não permite a inclusão de qualquer outro termo que não seja "muçulmano", "cristão" ou "judeu" nos documentos,[176] os bahá'ís ficaram impedidos de obter documentos oficiais como carteira de identidade, certidão de nascimento, certidão de óbito, certidão de casamento ou divórcio ou passaporte, necessários para o exercício de seus direitos no país, a não ser que mintam sobre sua afiliação religiosa, o que entra em confronto com o princípio religioso da fé bahá'í.[177] Sem os documentos, não é possível conseguir emprego, vaga em escolas públicas, atendimento em hospitais, viajar para o exterior ou sequer votar, dentre outras inconveniências.[177] Após um prolongado processo legal que culminou com uma decisão judicial favorável aos bahá'ís, o ministro do Interior do Egito divulgou um decreto, em 14 de abril de 2009, que altera a lei para permitir que os egípcios que não sejam muçulmanos, cristãos ou judeus obtenham documentos de identificação que tragam um traço no lugar de uma das três religiões reconhecidas.[178] Os primeiros cartões de identificação sob o novo decreto foram emitidos a dois bahá'ís em 8 de agosto de 2009.[179]

Ver também

editar

Referências

  1. Houghton (2004). "Bahaism". The American Heritage Dictionary of the English Language (4a. ed.). Houghton Mifflin Company. ISBN 0-395-71146-0.
  2. a b c d e f g h i Hutter, Manfred (2005). "Bahā'īs". In: Jones, Lindsay. Encyclopedia of Religion 2 (2a. ed.). Detroit: Macmillan Reference US. pp. 737–740. ISBN 0-02-865733-0.
  3. a b c d e f Affolter, Friedrich W. (Janeiro de 2005). «The Specter of Ideological Genocide: The Bahá'ís of Iran» (PDF). War Crimes, Genocide, & Crimes against Humanity. 1 (1): 75–114. Consultado em 14 de dezembro de 2014. Cópia arquivada (PDF) em 22 de julho de 2012 
  4. a b Smith, Peter (2008). An Introduction to the Baha'i Faith. Cambridge: Cambridge University Press. p. 56. ISBN 0-521-86251-5
  5. Smith, Peter (2008). An Introduction to the Baha'i Faith. Cambridge: Cambridge University Press. p.107-9. ISBN 0-521-86251-5
  6. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z aa ab ac ad ae af ag ah LeBron, Robyn. Searching for Spiritual Unity...Can There Be Common Ground?. Nashvill: CrossBooks. 2012. p. 290-303. Página visitada em 20 de dezembro de 2014.
  7. Stockman, Robert H. (2006). "The Baha'is of the United States". In Gallagher, Eugene V.; Ashcraft, W. Michael.Introduction to New and Alternative Religions in America: Asian Traditions.4. Westport: Greenwood Press. p. 209. ISBN 0-275-98712-4.
  8. Os bahá'ís preferem as ortografias Bahá'í, Bahá'ís, o Báb, Bahá'u'lláh e `Abdu'l-Bahá, utilizando uma transcrição das línguas árabe e persa em publicações. "Bahai", "Bahais", "Baha'i", "o Bab", "Bahaullah" e "Baha'u'llah" são normalmente utilizados quando os diacríticos não estão disponíveis.
  9. Infopédia. «bahaísmo | Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». infopedia.pt - Porto Editora. Consultado em 21 de março de 2023 
  10. Hatcher, W.S.; Martin, J.D. (1998). The Bahá'í Faith: The Emerging Global Religion. Nova York: Harper & Row. p. xiii. ISBN 0-06-065441-4.
  11. Centre for Faith and the Media. A Journalist's Guide to the Baha'i Faith (PDF). Calgary, Alberta: Centre for Faith and the Media. p. 3. Cópia arquivada (PDF) em 25 de abril de 2012 
  12. "Bahá'u'lláh: His Teachings" Arquivado em 13 de março de 2009, no Wayback Machine.. Bahá'í Topics. s/d. Página visitada em 20 de dezembro de 2014.
  13. Smith, Peter (2008). An Introduction to the Baha'i Faith. Cambridge: Cambridge University Press. p. 108-109. ISBN 0-521-86251-5
  14. Smith, Peter (2008). An Introduction to the Baha'i Faith. Cambridge: Cambridge University Press. p. 106. ISBN 0-521-86251-5
  15. a b c d e f g h i j k Daphne Daume, Louise Watson. (1992). "The Bahá'í Faith". Britannica Book of the Year. Chicago: Encyclopædia Britannica. ISBN 0-85229-486-7.
  16. Smith, Peter (2008). An Introduction to the Baha'i Faith. Cambridge: Cambridge University Press. p. 106-7. ISBN 0-521-86251-5
  17. Smith, Peter (2008). An Introduction to the Baha'i Faith. Cambridge: Cambridge University Press. p. 111-2. ISBN 0-521-86251-5
  18. "The Bahá'í Concept of God" Arquivado em 5 de outubro de 2009, no Wayback Machine.. Bahá'í Topics. s/d. Página visitada em 20 de dezembro de 2014.
  19. a b c Hatcher, John S. (2005). Unveiling the Hurí of Love. Journal of Bahá'í Studies 15 (1). pp. 1–38.
  20. a b Cole, Juan (1982). The Concept of Manifestation in the Bahá'í Writings. Bahá'í Studies. monografia 9. pp. 1–38.
  21. Stockman, Robert. «Jesus Christ in the Baha'i Writings». Baha'i Studies Review. 2 (1) 
  22. a b Albin, Barry. A Spiritual History of the Western Tradition. Lulu.com. 2008. p. 143.
  23. McMullen, Michael D. (2000). The Baha'i: The Religious Construction of a Global Identity. Atlanta, Georgia: Rutgers University Press. p.7 ISBN 0-8135-2836-4.
  24. Stockman, Robert (1997). «The Baha'i Faith and Syncretism». A Resource Guide for the Scholarly Study of the Bahá'í Faith. [S.l.: s.n.] 
  25. a b «Bahais». Encyclopaedia of Islam Online. Consultado em 3 de maio de 2007. Cópia arquivada em 7 de maio de 2007 
  26. Van der Vyer, J.D. (1996). Religious human rights in global perspective: religious perspectives. [S.l.]: Martinus Nijhoff Publishers. p. 449. ISBN 90-411-0176-4 
  27. Boyle, Kevin; Sheen, Juliet (1997). Freedom of religion and belief: a world report. [S.l.]: Routledge. p. 29. ISBN 0-415-15978-4 
  28. Afshari, Reza (2001). Human rights in Iran: the abuse of cultural relativism. [S.l.]: University of Pennsylvania Press. p. 119–120. ISBN 0-8122-3605-X 
  29. Lundberg, Zaid (1996–2005). «The Concept of Progressive Revelation». Baha'i Apocalypticism: The Concept of Progressive Revelation. [S.l.]: Department of History of Religion at the Faculty of Theology, Lund University. Consultado em 1 de maio de 2007 
  30. Buck, Christopher (2004). «The eschatology of Globalization: The multiple-messiahship of Bahā'u'llāh revisited». In: Sharon, Moshe. Studies in Modern Religions, Religious Movements and the Bābī-Bahā'ī Faiths. Boston: Brill. p. 143–178. ISBN 90-04-13904-4 
  31. "SOUL, SPIRIT AND MIND". Bahá'í Reference Library. s/d. Página visitada em 20 de dezembro de 2014.
  32. a b c d e "O que é a Religião Bahá'í?" Arquivado em 24 de dezembro de 2014, no Wayback Machine.. Comunidade Bahá'í de Portugal. 2010. Página visitada em 21 de dezembro de 2014.
  33. McMullen, Michael D. (2000). The Baha'i: The Religious Construction of a Global Identity. Atlanta: Rutgers University Press. p. 57–58. ISBN 0-8135-2836-4 
  34. Masumian, Farnaz (1995). Life After Death: A study of the afterlife in world religions. Oxford: Oneworld Publications. ISBN 1-85168-074-8 
  35. "Abandoning Prejudice" Arquivado em 29 de novembro de 2014, no Wayback Machine.. Bahá'í Topics. s/d. Página visitada em 20 de dezembro de 2014.
  36. Effendi, Shoghi (1944). God Passes By. Wilmette, Illinois: Bahá'í Publishing Trust. pp. 281–2. ISBN 0-87743-020-9 
  37. Smith, Peter (2008). An Introduction to the Baha'i Faith. Cambridge: Cambridge University Press. p. 52-3. ISBN 0-521-86251-5
  38. a b «Principles of the Bahá'í Faith». bahai.com. 26 de março de 2006. Consultado em 14 de dezembro de 2014. Cópia arquivada em 14 de dezembro de 2014 
  39. Cole, Juan (1989). «Bahai Faith». Encyclopædia Iranica. Cópia arquivada em 17 de março de 2008 
  40. Meyjes, Gregory Paul P. (2006). «Language and world order: A new paradigm revealed». In: T. Omoniyi, J.A. Fishman. Explorations in the Sociology of Language And Religion. Volume 20 of Discourse Approaches to Politics, Society, and Culture. Amsterdã: John Benjamins. pp. 26–41. ISBN 9789027227102 
  41. Veja como exemplo: Political Non-involvement and Obedience to Government – A compilation of some of the Messages of the Guardian and the Universal House of Justice
  42. Smith, Peter (2000). «peace». A concise encyclopedia of the Bahá'í Faith. Oxford: Oneworld Publications. pp. 266–267. ISBN 1-85168-184-1 
  43. Smith, Peter (2000). «Seven Valleys». A concise encyclopedia of the Bahá'í Faith. Oxford: Oneworld Publications. 311 páginas. ISBN 1-85168-184-1 
  44. a b Wiegley, John. "Introducing the Seven Valleys" Arquivado em 3 de março de 2016, no Wayback Machine.. What Thoughts May Come. 9 de abril de 2005. Página visitada em 21 de dezembro de 2014.
  45. Lambden, Stephen. "THE SEVEN VALLEYS OF BAHĀ'-ALLĀH" Arquivado em 24 de setembro de 2015, no Wayback Machine.. Hurqalya. Janeiro de 2006. Página visitada em 21 de dezembro de 2014.
  46. Smith, Peter (2000). «Hidden Words». A concise encyclopedia of the Bahá'í Faith. Oxford: Oneworld Publications. 181 páginas. ISBN 1-85168-184-1 
  47. Taherzadeh, Adib (1972). The Covenant of Bahá'u'lláh. Oxford: George Ronald. ISBN 0-85398-344-5 
  48. a b c d Momen, Moojan. «Covenant, The, and Covenant-breaker». Consultado em 14 de junho de 2006 
  49. Smith, Peter (2008). An Introduction to the Baha'i Faith. Cambridge: Cambridge University Press. p. 109. ISBN 0-521-86251-5
  50. MacEoin, Denis (1989). «Bahai Faith». Encyclopædia Iranica. 448 páginas 
  51. Smith, Peter (2008). An Introduction to the Baha'i Faith. Cambridge: Cambridge University Press. p. 173. ISBN 0-521-86251-5
  52. a b Stockman, Robert. "Scripture in the Perspective of Comparative Religion and the Bahá'i Faith". Irfan Colloquia Session #14. 4-6 de julho de 1997. Página visitada em 21 de dezembro de 2014.
  53. Stockman, Robert. "Scripture". Bahá'í Library Online. 1995. Página visitada em 21 de dezembro de 2014.
  54. Smith, Peter (2000). «canonical texts». A concise encyclopedia of the Bahá'í Faith. Oxford: Oneworld Publications. pp. 100–101. ISBN 1-85168-184-1 
  55. Hatcher, W.S.; Martin, J.D. (1998). The Bahá'í Faith: The Emerging Global Religion. NovaYork, NY: Harper & Row. p. 46. ISBN 0-06-065441-4.
  56. Hatcher, W.S.; Martin, J.D. (1998). The Bahá'í Faith: The Emerging Global Religion. New York, NY: Harper & Row. p. 137. ISBN 0-06-065441-4.
  57. a b Smith, Peter (2008). An Introduction to the Baha'i Faith. Cambridge: Cambridge University Press. p. 20-21, 28. ISBN 0-521-86251-5
  58. "BAHA’I HISTORY" Arquivado em 21 de dezembro de 2014, no Wayback Machine.. Duke Bahá'í Club. 2007. Página visitada em 21 de dezembro de 2014.
  59. Taherzadeh, Adib (1987). The Revelation of Bahá'u'lláh, Volume 4: Mazra'ih & Bahji 1877–92. Oxford: George Ronald. p. 125. ISBN 0-85398-270-8 
  60. "The Báb". Meta Religion. 2001. Página visitada em 21 de dezembro de 2014.
  61. Winter, Jonah (17 de setembro de 1997). «Dying for God: Martyrdom in the Shii and Babi Religions». Master of Arts Thesis, University of Toronto 
  62. "THE SHRINE OF THE BAB". Pilgrimsfriend. s/d. Página visitada em 21 de dezembro de 2014.
  63. a b c Balyuzi, Hasan (2001). `Abdu'l-Bahá: The Centre of the Covenant of Bahá'u'lláh. Oxford: George Ronald. ISBN 0-85398-043-8 
  64. a b c Universal House of Justice (Setembro de 2002). «Numbers and Classifications of Sacred Writings texts». Consultado em 14 de dezembro de 2014 
  65. a b c d e Jones, Lindsay (ed.). "An Introduction to Baha'i faith". Encyclopedia of Religion. 2a. ed. Islam Awareness. Página visitada em 20 de dezembro de 2014.
  66. a b c "Bahá'u'lláh Arquivado em 24 de dezembro de 2014, no Wayback Machine.". Comunidade Bahá'í de Portugal. 2010. Página visitada em 21 de dezembro de 2014.
  67. a b c Momen, Moojan. "Yahyá, Mírzá (c. 1831–1912)". The Bahá'í Encyclopedia Project. 2009. Página visitada em 21 de dezembro de 2014.
  68. "Summons to the Kings" Arquivado em 3 de fevereiro de 2015, no Wayback Machine.. Bahaullah.com. 2006. Página visitada em 20 de dezembro de 2014.
  69. a b Cole, Juan (1989). «Baha'-allah». Encyclopædia Iranica. Cópia arquivada em 16 de novembro de 2007 
  70. Smith, Peter (2000). «Bahá'u'lláh, writings of». A concise encyclopedia of the Bahá'í Faith. Oxford: Oneworld Publications. pp. 79–80. ISBN 1-85168-184-1 
  71. a b Kazemzadeh, Firuz. "`Abdu´l-Bahá `Abbás". The Bahá'í Encyclopedia Project. 2009. Página visitada em 21 de dezembro de 2014.
  72. a b Smith, Peter (2008). An Introduction to the Baha'i Faith. Cambridge: Cambridge University Press. p. 47. ISBN 0-521-86251-5
  73. "A Casa Universal de Justiça" Arquivado em 24 de dezembro de 2014, no Wayback Machine.. Comunidade Bahá'í de Portugal. 2010. Página visitada em 21 de dezembro de 2014.
  74. a b Smith, Peter (2008). An Introduction to the Baha'i Faith. Cambridge: Cambridge University Press. p. 55-57. ISBN 0-521-86251-5
  75. Taherzadeh, A. (2000). The Child of the Covenant. Oxford: George Ronald. pp. 347–363. ISBN 0-85398-439-5 
  76. Smith, Peter (2008). An Introduction to the Baha'i Faith. Cambridge: Cambridge University Press. p. 58-69. ISBN 0-521-86251-5
  77. a b "Administração Bahá’í". s/d. Página visitada em 21 de dezembro de 2014.
  78. Smith, Peter (2008). An Introduction to the Baha'i Faith. Cambridge: Cambridge University Press. p. 160. ISBN 0-521-86251-5
  79. Stockman, Robert (1995). «Bahá'í Faith: A portrait». In: Joel Beversluis (ed). A Source Book for Earth's Community of Religions. Grand Rapids: CoNexus Press. ISBN 978-1-57731-121-8 
  80. Smith, Peter (2008). An Introduction to the Baha'i Faith. Cambridge: Cambridge University Press. p. 205. ISBN 0-521-86251-5
  81. "The Local Spiritual Assembly". Bahá'í World, Vol. 18 (1979-1983), pags 554-567. Haifa: Bahá’í World Centre, 1986. Página visitada em 21 de dezembro de 2014.
  82. Danesh, Helen; Danesh, John; Danesh, Amelia (1991). «The Life of Shoghi Effendi». In: M. Bergsmo (Ed.). Studying the Writings of Shoghi Effendi. [S.l.]: George Ronald. ISBN 0-85398-336-4 
  83. Smith, Peter. Bahá'ís in the West. Kalimat Press, 2004. p. 186. Página visitada em 21 de dezembro de 2014.
  84. Hassal, Graham (1996). «Baha'i History in the Formative Age» (PDF). Journal of Bahá'í Studies. 6 (4): 1–21. Consultado em 2 de dezembro de 2014. Arquivado do original (PDF) em 22 de março de 2012 
  85. Momen, Moojan; Momen, Moojan (1989). «The Baha'i Faith 1957–1988: A Survey of Contemporary Developments». Religion. 19 (1): 63–91. doi:10.1016/0048-721X(89)90077-8 
  86. Smith, Peter (2000). «ridván». A concise encyclopedia of the Bahá'í Faith. Oxford: Oneworld Publications. 297 páginas. ISBN 1-85168-184-1 
  87. Todas as mensagens de Ridván podem ser encontradas na Bahá'í Library Online.
  88. Gervais, Marie (8 de fevereiro de 2008). «Baha'i Faith and Peace Education» (PDF). University of Alberta Canada. Consultado em 14 de dezembro de 2014. Arquivado do original (PDF) em 28 de setembro de 2013 
  89. Universal House of Justice (17 de janeiro de 2003). «17 January 2003 letter». bahai-library.org. Consultado em 14 de dezembro de 2014. Cópia arquivada em 17 de maio de 2006 
  90. Bodakowski, Michael (2 de março de 2011). «A Discussion with Farida Vahedi, Executive Director of the Department of External Affairs, National Spiritual Assembly of the Bahá'ís of India». Interviews. Berkley Center for Religion, Peace & World Affairs at Georgetown University. Consultado em 9 de agosto de 2011. Cópia arquivada em 12 de novembro de 2011 
  91. Universal House of Justice (21 de abril de 2010). «Ridván message 2010». bahai.org. Consultado em 31 de março de 2014 
  92. Universal House Of Justice (2006). Five Year Plan 2006–2011 (PDF). West Palm Beach, Florida: Palabra Publications. Cópia arquivada em 4 de setembro de 2011 
  93. Dr. Rabbani, Ahang; Department of Statistics at the Bahá'í World Centre in Haifa, Israel (Julho de 1987). «Achievements of the Seven Year Plan» (PDF). Bahá'í News. Bahá'í World Center, Haifa: Bahá'í International Community. pp. 2–7. Consultado em 14 de dezembro de 2014 
  94. Bahá'í International Community (2010). «Statistics». Bahá'í International Community. Consultado em 5 de março de 2010 
  95. Barrett, David A. (2001). World Christian Encyclopedia. [S.l.: s.n.] p. 4 
  96. «Most Baha'i Nations (2010)». QuickLists > Compare Nations > Religions. The Association of Religion Data Archives. 2010. Consultado em 20 de agosto de 2013 
  97. Johnson, Todd M.; Brian J. Grim (26 de março de 2013). «Global Religious Populations, 1910–2010». The World's Religions in Figures: An Introduction to International Religious Demography. [S.l.]: John Wiley & Sons. pp. 59–62. ISBN 9781118555767. doi:10.1002/9781118555767.ch1 
  98. Hsu, Becky; Amy Reynolds, Conrad Hackett, James Gibbon (2008). «Estimating the Religious Composition of All Nations: An Empirical Assessment of the World Christian Database» (PDF). Journal for the Scientific Study of Religion. 47 (4): 691–692. doi:10.1111/j.1468-5906.2008.00435.x. Consultado em 14 de dezembro de 2014 
  99. a b c International Federation for Human Rights (1 de agosto de 2003). «Discrimination against religious minorities in Iran» (PDF). fdih.org. Consultado em 20 de outubro de 2006. Cópia arquivada (PDF) em 31 de outubro de 2006 
  100. «Panama». National Profiles > > Regions > Central America >. Association of Religion Data Archives. 2010. Consultado em 21 de setembro de 2012 
  101. «Belize». National Profiles > > Regions > Central America >. Association of Religion Data Archives. 2010. Consultado em 21 de setembro de 2012 
  102. «Bolivia». National Profiles > > Regions > Central America >. Association of Religion Data Archives. 2010. Consultado em 21 de setembro de 2012 
  103. «Zambia». National Profiles > > Regions > Eastern Africa >. Association of Religion Data Archives. 2010. Consultado em 21 de setembro de 2012 
  104. «Papua New Guinea». National Profiles > > Regions > Melanesia >. Association of Religion Data Archives. 2010. Consultado em 21 de outubro de 2012 
  105. «Country Profile: Chad». Religious Intelligence. Religious Intelligence. Consultado em 17 de novembro de 2008. Cópia arquivada em 13 de outubro de 2007 
  106. «Most Baha'i Nations (2005)». QuickLists > Compare Nations > Religions >. The Association of Religion Data Archives. 2005. Consultado em 4 de julho de 2009 
  107. «Kenya». National Profiles > > Regions > Eastern Africa >. Association of Religion Data Archives. 2010. Consultado em 21 de setembro de 2012 
  108. editado por Ken Park. (2004). World Almanac and Book of Facts. Nova York: World Almanac Books. ISBN 0-88687-910-8 
  109. Encyclopædia Britannica (2002). «Worldwide Adherents of All Religions by Six Continental Areas, Mid-2002». Encyclopædia Britannica. Consultado em 31 de maio de 2006. Cópia arquivada em 12 de dezembro de 2007 
  110. FP Magazine (1 de maio de 2007). «The List: The World's Fastest-Growing Religions». FP. Consultado em 5 de maio de 2008. Cópia arquivada em 1 de maio de 2008 
  111. a b Smith, Peter (2000). «Law». A concise encyclopedia of the Bahá'í Faith. Oxford: Oneworld Publications. pp. 223–225. ISBN 1-85168-184-1 
  112. Weinberg, Robert. "Faithandfood Fact Files - Bahá’í" Arquivado em 28 de dezembro de 2014, no Wayback Machine.. Faith and Food. 2009. Página visitada em 20 de dezembro de 2014.
  113. a b Smith, Peter (2008). An Introduction to the Baha'i Faith. Cambridge: Cambridge University Press. p. 158-161. ISBN 0-521-86251-5
  114. Walbridge, John (23 de março de 2006). «Prayer and Worship». bahai-library.org. Consultado em 11 de julho de 2006 
  115. a b c d e f Smith, Peter (2008). An Introduction to the Baha'i Faith. Cambridge: Cambridge University Press. p. 164-165. ISBN 0-521-86251-5
  116. Local Spiritual Assembly of the Baha'is of Warwick (12 de outubro de 2003). «Baha'i Marriage». Bahá'ís of Warwick. Consultado em 14 de junho de 2006. Cópia arquivada em 28 de maio de 2006 
  117. Smith, Peter (2008). An Introduction to the Baha'i Faith. Cambridge: Cambridge University Press. p. 154-155. ISBN 0-521-86251-5
  118. adherents.com (Maio de 2001). «Baha'i Houses of Worship». adherents.com. Consultado em 14 de junho de 2006. Cópia arquivada em 17 de junho de 2006 
  119. «Plans to build new Houses of Worship announced». Bahá'í World News Service. Bahá’í International Community. 22 de abril de 2012. Consultado em 22 de abril de 2012 
  120. Smith, Peter (2008). An Introduction to the Baha'i Faith. Cambridge: Cambridge University Press. p. 194. ISBN 0-521-86251-5
  121. Smith, Peter (2000). «Mashriqu'l-Adkhar». A concise encyclopedia of the Bahá'í Faith. Oxford: Oneworld Publications. p. 236. ISBN 1-85168-184-1 
  122. a b Smith, Peter (2008). An Introduction to the Baha'i Faith. Cambridge: Cambridge University Press. p. 188-190. ISBN 0-521-86251-5
  123. Smith, Peter (2000). «greatest name». A concise encyclopedia of the Bahá'í Faith. Oxford: Oneworld Publications. pp. 167–168. ISBN 1-85168-184-1 
  124. Faizi, Abu'l-Qasim (1968). Explanation of the Symbol of the Greatest Name. Nova Déli: Bahá'í Publishing Trust 
  125. «Bahá'í Reference Library – Directives from the Guardian, Pages 51–52». Reference.bahai.org. 31 de dezembro de 2010. Consultado em 23 de fevereiro de 2012 
  126. «Nine-Pointed Star, The:History and Symbolism by Universal House of Justice 1999-01-24». Bahai-library.com. Consultado em 23 de fevereiro de 2012 
  127. «Haykal – Baha'i Five Pointed Star Symbol». Altreligion.about.com. 14 de novembro de 2011. Consultado em 23 de fevereiro de 2012 
  128. a b Momen, Moojan. «History of the Baha'i Faith in Iran». "A Short Encyclopedia of the Baha'i Faith". Bahai-library.com. Consultado em 16 de outubro de 2009 
  129. Kingdon, Geeta Gandhi (1997). «Education of women and socio-economic development». Baha'i Studies Review. 7 (1) 
  130. Momen, Moojan; Smith, Peter (1989). «The Baha'i Faith 1957–1988: A Survey of Contemporary Developments». Religion. 19 (1): 63–91. doi:10.1016/0048-721X(89)90077-8 
  131. Momen, Moojan (2007). "The Bahá'í Faith". In: Partridge, Christopher H. New Lion Handbook: The World's Religions (3a. ed.). Oxford: Lion Hudson Plc. ISBN 0-7459-5266-6.
  132. McMullen, Michael (2000). The Baha'i: The religious Construction of a Global Identity. New Brunswick: Rutgers University Press. 39 páginas. ISBN 0-8135-2836-4 
  133. a b Bahá'í International Community (2000). «History of Active Cooperation with the United Nations». bahai.org. Consultado em 25 de setembro de 2013 
  134. Bahá'í World News Service (8 de setembro de 2000). «Bahá'í United Nations Representative Addresses World Leaders at the Millennium Summit». Bahá'í International Community. Consultado em 1 de junho de 2006. Cópia arquivada em 22 de abril de 2006 
  135. United States Bureau of Democracy, Human Rights, and Labor (26 de outubro de 2009). «Afghanistan: International Religious Freedom Report». U.S. State Department. Consultado em 20 de abril de 2010. Cópia arquivada em 31 de março de 2010 
  136. United States Bureau of Democracy, Human Rights, and Labor (26 de outubro de 2001). «Indonesia: International Religious Freedom Report». U.S. State Department. Consultado em 3 de março de 2007. Cópia arquivada em 16 de março de 2007 
  137. United States Bureau of Democracy, Human Rights, and Labor (26 de outubro de 2009). «Indonesia: International Religious Freedom Report». U.S. State Department. Consultado em 19 de abril de 2010. Cópia arquivada em 19 de abril de 2010 
  138. United States Bureau of Democracy, Human Rights, and Labor (26 de outubro de 2009). «Iraq: International Religious Freedom Report». U.S. State Department. Consultado em 20 de abril de 2010. Cópia arquivada em 31 de março de 2010 
  139. Committee on the Elimination of Racial Discrimination (3 de abril de 1994). «Concluding observations of the Committee on the Elimination of Racial Discrimination: Morocco». Office of the High Commissioner for Human Rights. Consultado em 3 de março de 2007  ver parágrafos 215 e 220.
  140. Smith, Peter; Momen, Moojan (1989). «The Bahá'í Faith 1957–1988: A Survey of Contemporary Developments». Religion. 19 (1): 63–91. doi:10.1016/0048-721X(89)90077-8 
  141. Saiedi, Nader. "Forgetting they are human". Iranian.com. 24 de fevereiro de 2009. Página visitada em 20 de dezembro de 2014.
  142. a b c d Iran Human Rights Documentation Center (2007). «A Faith Denied: The Persecution of the Baha'is of Iran» (PDF). Iran Human Rights Documentation Center. Consultado em 1 de maio de 2007. Cópia arquivada (PDF) em 2 de setembro de 2010 
  143. Nash, Geoffrey (1982). Iran's secret pogrom: The conspiracy to wipe out the Bahaʼis. Sudbury, Suffolk: Neville Spearman Limited. ISBN 0-85435-005-5 
  144. Sanasarian, Eliz (2000). Religious Minorities in Iran. Cambridge: Cambridge University Press. pp. 52–53. ISBN 0-521-77073-4 
  145. Akhavi, Shahrough (1980). Religion and Politics in Contemporary Iran: clergy-state relations in the Pahlavi period. Albany: SUNY Press. pp. 76–78. ISBN 0-87395-408-4 
  146. "iran Hostage Crisis". History. 2010. Página visitada em 20 de dezembro de 2014.
  147. Abrahamian, Ervand (1982). Iran Between Two Revolutions. [S.l.]: Princeton Book Company Publishers. 432 páginas. ISBN 0-691-10134-5 
  148. Simpson, John; Shubart, Tira (1995). Lifting the Veil. Londres: Hodder & Stoughton General Division. 223 páginas. ISBN 0-340-62814-6 
  149. Portas Fechadas Arquivado em 23 de fevereiro de 2007, no Wayback Machine., Matéria sobre campanha no Irã para negar educação superior aos bahá'ís (visitado a 26/12/2006)
  150. Netherlands Institute of Human Rights (8 de março de 2006). «Iran, Islamic Republic of». Netherlands Institute of Human Rights. Consultado em 31 de maio de 2006. Cópia arquivada em 2 de maio de 2006 
  151. Bahá'í International Community (14 de abril de 2005). «Bahá'í International Community dismayed at lack of Human Rights Resolution on Iran». NewsWire. Consultado em 25 de setembro de 2013. Arquivado do original em 10 de dezembro de 2014 
  152. a b CNN (16 de maio de 2008). «Iran's arrest of Baha'is condemned». CNN. Consultado em 17 de maio de 2008. Cópia arquivada em 19 de maio de 2008 
  153. Sullivan, Amy (8 de dezembro de 2009). «Banning the Baha'i». Time. Consultado em 23 de fevereiro de 2012 
  154. a b c Asma Jahangir (20 de março de 2006). «Special Rapporteur on Freedom of religion or belief concerned about treatment of followers of Bahá'í Faith in Iran». United Nations. Consultado em 1 de junho de 2006. Cópia arquivada em 25 de setembro de 2013 
  155. Iran Human Rights Documentation Center (14 de maio de 2008). «IHRDC Condemns the Arrest of Leading Bahá'ís» (PDF). Iran Human Rights Documentation Center. Consultado em 17 de maio de 2008. Arquivado do original (PDF) em 2 de setembro de 2010 
  156. a b c «Trial underway for Baha'i leaders in Iran». CNN. 12 de janeiro de 2010. Consultado em 12 de janeiro de 2010. Cópia arquivada em 15 de janeiro de 2010 
  157. WashingtonTV (20 de janeiro de 2010). «Date set for second court session for seven Baha'is in Iran». WashingtonTV. Consultado em 21 de janeiro de 2010 
  158. Radio Free Europe/Radio Liberty: A Trial In Tehran: Their Only 'Crime' – Their Faith. 8 de abril de 2010. Página visitada em 14 de dezembro de 2014.
  159. Radio Free Europe/Radio Liberty: Iran Baha'i Leaders Scheduled In Court On Election Anniversary, 3 de junho de 2010. Página visitada em 14 de dezembro de 2014.
  160. Siegal, Daniel (11 de agosto de 2010). "IRAN: Court sentences leaders of Bahai faith to 20 years in prison". Los Angeles Times. Página visitada em 14 de dezembro de 2014
  161. «Sentences for Iran's Baha'i leaders reportedly reduced». CNN. 16 de setembro de 2010. Consultado em 25 de setembro de 2013 
  162. AFP. Families fear for Bahais jailed in Iran. 16 de fevereiro de 2011. Página visitada em 14 de dezembro de 2014.
  163. AFP. US 'troubled' by Bahai reports from Iran. 31 de março de 2011. Página visitada em 14 de dezembro de 2014.
  164. «Iran detains 5 more Baha'i». The Jerusalem Post. 14 de fevereiro de 2010. Consultado em 25 de setembro de 2013 
  165. Kravetz, Marc (1982). Irano nox (em francês). Paris: Grasset. 237 páginas. ISBN 2-246-24851-5 
  166. Iran Human Rights Documentation Center. Crimes Against Humanity: The Islamic Republic's Attacks on the Bahá'ís (PDF). New Haven: Iran Human Rights Documentation Center. 5 páginas. Cópia arquivada (PDF) em 2 de setembro de 2010 
  167. Iran Human Rights Documentation Center. Community Under Siege: The Ordeal of the Bahá'ís of Shiraz (PDF). New Haven: Iran Human Rights Documentation Center. p. 9. Cópia arquivada (PDF) em 2 de setembro de 2010 
  168. Statement of the Embassy of the Islamic Republic of Iran, Buenos Aires, 26 September 1979, cited in Iran Human Rights Documentation Center (2007). «A Faith Denied: The Persecution of the Baha'is of Iran» (PDF). Iran Human Rights Documentation Center. Consultado em 3 de março de 2007 
  169. Cooper, Roger (1993). «Death Plus 10 years». HarperCollins. 20 páginas. ISBN 0-00-255045-8 
  170. Simpson, John; Shubart, Tira (1995). «Lifting the Veil». Hodder & Stoughton Ltd. 223 páginas. ISBN 0-340-62814-6 
  171. Tavakoli-Targhi, Mohamad (2008). «Anti-Baha'ism and Islamism in Iran». The Baha'is of Iran: Socio-historical studies. Nova York: Routledge. 200 páginas. ISBN 0-203-00280-6 
  172. Freedman, Samuel G. (26 de junho de 2009). «For Bahais, a Crackdown Is Old News». The New York Times 
  173. Momen, Moojan (2004). «Conspiracies and Forgeries: the attack upon the Baha'i community in Iran». Persian Heritage. 9 (35): 27–29 
  174. a b U.S. Department of State (15 de setembro de 2004). «Egypt: International Religious Freedom Report». Bureau of Democracy, Human Rights, and Labor. Consultado em 20 de outubro de 2006. Cópia arquivada em 18 de outubro de 2006 
  175. U.S. Department of State (26 de outubro de 2001). «Egypt: International Religious Freedom Report». Bureau of Democracy, Human Rights, and Labor. Consultado em 28 de dezembro de 2006. Cópia arquivada em 27 de dezembro de 2006 
  176. a b c "Religious and National Identity in Egypt: Identity Documents and Religion". Human Rights Watch. Novembro de 2007. Página acessada em 20 de dezembro de 2014.
  177. a b «Congressional Human Rights Caucus, House of Representatives». 16 de novembro de 2005. Consultado em 29 de dezembro de 2006. Arquivado do original em 27 de dezembro de 2006 
  178. Editors of Bahá'í News Service (17 de abril de 2009). «Egypt officially changes rules for ID cards». Bahá'í News Service. Consultado em 16 de junho de 2009 
  179. Editors of Bahá'í News Service (14 de agosto de 2009). «First identification cards issued to Egyptian Bahá'ís using a "dash" instead of religion». Bahá'í News Service. Consultado em 16 de agosto de 2009 

Bibliografia

editar
  • ´Abdu'l-Bahá (2003). O Segredo da Civilização Divina 1 ed. [S.l.]: Editora Bahá'í do Brasil. 137 páginas. ISBN 85-320-0079-7 
  • Esslemont, John E. (1928). Bahá'u'lláh e a nova era 7 ed. São Paulo, SP: Editora Bahá'í do Brasil. 290 páginas. ISBN 85-320-0022-3 
  • Bahá'u'lláh (1983). Epístolas de Bahá'u'lláh. Reveladas após o Kitáb-i-Aqdas 2 ed. [S.l.]: Editora Bahá'í do Brasil. 301 páginas 
  • ´Abdu'l-Bahá (2001). Respostas a Algumas Perguntas. [S.l.]: Editora Bahá'í do Brasil. ISBN 85-320-0063-0 
  • Sears, William. Quando o Coração Grita. O Genocídio dos Bahá'ís no Irã. [S.l.]: Editora Bahá'í do Brasil. 234 páginas 

Ligações externas

editar
 
Wikiquote
O Wikiquote possui citações de ou sobre: Fé bahá'í
 
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Fé bahá'í