Anzevaci (em armênio: Անձևացի; romaniz.: Anjewacʼi) foi uma família nobre armênia (nacarar) da Antiguidade e Idade Média.

História

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Segundo Moisés de Corene, os Anzevacis receberam do mítico Valarsaces I (século III a.C.) o distrito de Anzevácia, na Vaspuracânia, como seu principado.[1][2] Segundo Cyril Toumanoff, essa apresentação estilizada reforma a origem dinástica dos Anzevacis, que provavelmente são uma reminiscência dos príncipes medo-carducos que reinavam em Macerta.[3] A Lista de Trono (Գահնամակ, gahnamak) os menciona em 10.ª (linhagem principal) e 18.ª (linhagem cadete) posições entre as casas nobres.[4] A Lista Militar (Զորնամակ, Zōrnamak), o documento que indica a quantidade de cavaleiros que cada uma das famílias nobres devia ceder ao exército real em caso de convocação, afirma que podiam arregimentar mil cavaleiros (500 cada linhagem).[5] A família alcançou seu zênite sob comando de Tazates, um general do Império Bizantino que desertou ao Califado Abássida e foi recompensando com a posição de príncipe presidente do Emirado da Armênia em 780-782/5. Em 867, quando Musel faleceu, os Anzevacis foram reduzidos a vassalos da família Arzerúnio, que obtiveram Anzevácia.[6]

Referências

  1. Toumanoff 1963, p. 132.
  2. Moisés de Corene 1978, p. 142-143.
  3. Toumanoff 1963, p. 110, nota 173; 197, nota 222.
  4. Toumanoff 1963, p. 252.
  5. Toumanoff 1963, p. 135, 240.
  6. Toumanoff 1963, p. 199.

Bibliografia

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  • Moisés de Corene (1978). Thomson, Robert W., ed. History of the Armenians. Cambrígia, Massachussetes; Londres: Harvard University Press 
  • Toumanoff, Cyril (1963). Studies in Christian Caucasian History. Washington: Georgetown University Press