Farol do Cabo de São Vicente
Número nacional |
436 |
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Coordenadas | |
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Banhado por | |
Localização | |
Localização | |
Altitude |
86 m |
Período de construção |
século XVI (1.ª instalação) |
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Inauguração |
1846 (torre actual) |
Entrada em serviço | |
Automatização |
1982 |
Estatuto patrimonial |
Altura |
28 |
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Material | |
Altura focal |
86 m |
Material |
Ótica | |
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Alcance luz | |
Luz característica |
№ Faróis de Portugal |
436 |
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№ internacional |
D-2168 |
№ da ARLHS |
POR-012 |
№ GeoNames |
9855568 |
№ da NGA |
113-3616[1] |
MarineTraffic |
Farol do Cabo de São Vicente é um farol português que se localiza no Cabo de São Vicente, na fortaleza de mesmo nome, freguesia de Sagres, município de Vila do Bispo, Algarve.
Trata-se de uma torre cilíndrica em cantaria, com edifício anexo, tem 28 metros de altura. Lanterna e varandim vermelhos.
O Farol do Cabo de São Vicente está integrado na Fortaleza de São Vicente que se encontra classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1961.[2]
História
editarO farol do Cabo São Vicente ou Farol de D. Fernando, foi mandado erigir por D. Maria II, tendo entrado em funcionamento em Outubro de 1846. Era iluminado a azeite e o carácter da luz era de dois clarões de dois segundos a cada dois minutos de período, sendo que o alcance luminoso rondava as seis milhas náuticas.
O farol foi, depois, votado ao abandono por vários anos, atingindo um estado de quase ruína.
Em 1897, devido ao estado precário do farol e do pouco rendimento da sua luz, iniciaram-se os trabalhos de remodelação. Assim, a torre foi aumentada em 5,70 metros e o aparelho óptico inicial foi substituído por um novo, mais avançado.[carece de fontes]
No jornal O Heraldo de 10 de Março de 1906, foi noticiado que já estava pronto a funcionar o novo farol hiper-radiante, sendo então considerado como um dos melhores do país.[3] Este dispositivo era alimentado a petróleo, e tinha uma luz com uma intensidade de 115:000 bicos coral, mostrando um clarão branco com cinco segundos de intervalo, tendo sido fabricado pela companhia Barbier, Benard et Turenne, de Paris.[3] Também já tinha chegado a Lagos um aparelho de aviso em caso de nevoeiro, que iria ser instalado junto ao farol, e que tinha como finalidade prevenir os naufrágios que se davam com frequência no cabo durante os períodos de intenso nevoeiro.[3]
As obras duraram 11 anos e em 1908 o farol começou a trabalhar com o aparelho hiper-radiante. «Com efeito, foi instalado um aparelho lenticular de Fresnel de 1330 milímetros de distância focal – o que lhe confere a categoria de hiper-radiante, actualmente a maior óptica que existe nos faróis portugueses e um dos dez maiores do mundo, consistindo em três painéis ópticos de oito metros quadrados com 3,58 metros de altura, flutuando em 313 quilogramas de mercúrio. A fonte luminosa instalada, era um candeeiro de nível constante de cinco torcidas, passando, anos mais tarde, a funcionar com a incandescência pelo vapor de petróleo. A rotação da óptica era conseguida através de um mecanismo de relojoaria.» O farol passou então a ter um período de 15 segundos e 5 relâmpagos. O alcance luminoso rondava as 33 milhas.[carece de fontes]
Em 1914 foi instalado um sinal sonoro e em 1926 foram instalados motores-geradores para permitir a substituição da lanterna a vapor de petróleo por uma lâmpada eléctrica. Dadas as exigências da Segunda Guerra Mundial, em 1947 foram-lhe instalados painéis deflectores, tornando-se, assim, num farol aeromarítimo e em 1948 foi ligado à rede pública de energia eléctrica. Um ano depois, foi instalado em rádio farol que funcionou até 2001. Em 1982 foi automatizado e tornou-se controlador do Farol de Sagres.
Cronologia
editar- 1520 - Indícios da existência de um farol rudimentar numa torre especial do convento existente no Cabo de São Vicente.
- 1521-1557 - Ordenada a construção de torre mais avantajada por D. João III, para defesa de ataques de soldados e marujos luteranos.
- 1587 - Destruição da torre no ataque do corsário Francis Drake.
- 1606 - Reacendimento do farol, após restauração da torre, ordenada por D. Filipe II de Portugal.
- 1835 - Ordenada a reconstrução por D. Maria II.
- 1846 - Inauguração do actual Farol de D. Fernando.
- 1865 - Registo do estado deplorável do farol.
- 1897 - Inicio de obras de beneficiação, com o alteamento da torre em 5,7 metros.
- 1908 - Reacendimento do farol tendo instalado um aparelho lenticular de Fresnel hiper-radiante com 1330 mm de distância focal.
- 1914 - Instalação de sinal sonoro.
- 1926 - Electrificação, com alimentação por geradores.
- 1947 - Passou a farol aeromarítimo com a aplicação de painéis deflectores.
- 1948 - Alimentação com energia da rede pública.
- 1949 - Instalado um radiofarol, activo até 2001.
- 1982 - Automatização e telecontrolo do Farol de Sagres.
- 2001 - Instalação de autómato programável para rotação da óptica.
Informações
editar- Aberto ao público: Sim, todas as quartas-feiras das 14H00 às 17H00[4]
Galeria
editarVer também
editarReferências
- ↑ «Cabo De Sao Vicente». NGA List of Lights - Pub. 113 - Aid No. 3616 (em inglês). NGA - National Geospatial-Intelligence Agency. 26 de setembro de 2009. Consultado em 31 de agosto de 2010
- ↑ Ficha na base de dados SIPA
- ↑ a b c «Pharol de S. Vicente» (PDF). O Heraldo. Ano 24 (1234). Tavira. 10 de Março de 1906. p. 1. Consultado em 26 de Setembro de 2022 – via Hemeroteca Digital do Algarve
- ↑ «Faróis abrem ao público todas as quartas-feiras». Marinha. 19 de novembro de 2011. Consultado em 23 de julho de 2012. Arquivado do original em 3 de fevereiro de 2013
- «O Aparelho Óptico do Farol do Cabo de S. Vicente». Revista da Armada. Marinha de Guerra Portuguesa. Novembro de 2002. Consultado em 14 de novembro de 2009
- «Farol do Cabo de São Vicente». Revista da Armada. Marinha de Guerra Portuguesa. Abril de 2004. Consultado em 14 de novembro de 2009
- «Lista de Faróis (Continente)». Faróis de Portugal. A.N.C.- Associação Nacional de Cruzeiros. 2 de outubro de 1997. Consultado em 8 de Dezembro de 2013