Confederação Brasileira de Remo

Confederação Brasileira de Remo
Fundação 20 de novembro de 1977 (47 anos)
Filiação à FISA 01/10/1931
Sede Rio de Janeiro, RJ
Presidente Edson Altino Pereira Junior
Ouro em Pan Lucas Verthein, skiff simples Santiago 2023
Mundiais Fabiana Beltrame, skiff simples leve Bled 2011

Confederação Brasileira de Remo (CBR) é o órgão responsável pela organização dos eventos e representação dos atletas de remo no Brasil.

A Confederação Brasileira de Remo (CBR) é o órgão responsável pela organização do desporto remo no Brasil, bem como sua difusão e incentivo. Compete ainda a CBR a organização de campeonatos nacionais e representação do remo brasileiro frente a instituições internacionais, celebrando acordos, convênios e tratados.

Histórico

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A história da CBR tem suas raízes na criação de uma entidade para representar os clubes de remo do Rio de Janeiro. Aconteceu em 1895, quando o Club de Regatas Botafogo (F: 1894), a Union de Canotiers (F: 1892), e Club de Regatas Luiz Caldas (F: 1894), do Rio de Janeiro, e Grupo de Regatas Gragoatá (F: 1895) e Club de Regatas Icarahy (F: 1895), de Niterói, fundaram a União de Regatas Fluminense.

 
Documento da entidade em 1926.

Esta entidade começou a funcionar efetivamente em 31 de julho de 1897, graças ao esforço conjunto de Botafogo, Gragoatá, Icarahy, além do Club de Regatas do Flamengo (F: 1895), Grupo de Regatas Praia Vermelha (F: 1896) e Veteranos do Remo (F: 1894).

Segundo Alberto de Mendonça (1) "o trabalho desse grêmio director concentrava-se todo em angariar o domínio completo de todas as sociedades de regatas, a fim de que dispersos não ficassem elementos de valia". A expressão "domínio completo", usada pelo autor, importante dirigente da época, era bastante significativa das intenções da entidade no sentido de controlar o remo.

Em 2 de março de 1900, a União mudou seu nome para Conselho Superior de Regatas, em assembléia de que participaram Botafogo, Gragoatá, Icarahy, Flamengo, Club de Natação e Regatas (F: 1896),Club de Regatas Boqueirão do Passeio (F: 1897), Club de Regatas Vasco da Gama (F: 1898), Club de Regatas Guanabara (F: 1899) e Club de Regatas Cajuense (F: 1885).

O Código do Conselho Superior de Regatas deixava claro o seu objetivo: "representar o sport náutico brasileiro, promover e auxiliar o seu engrandecimento, e organizar a defesa de seus interesses geraes". E para alcançar esse fim, "os effeitos do presente Código poderão estender-se aos clubes de regatas fundados nos Estados Brazileiros, desde que sejam aceitas integralmente todas as suas disposições" (2).

Ao se auto-intitular representante do remo brasileiro, o Conselho deixava transparente sua intenção de controlar não somente o remo carioca, mas de todo o Brasil. "Esquecia-se", porém, de perguntar aos clubes de outros Estados, e até mesmo do Rio de Janeiro, se era isso que queriam. Ignorava, inclusive, a existência do Comitê de Regatas do Rio Grande do Sul, criado em 1894, portanto a primeira entidade do remo organizado do Brasil, anterior mesmo à fundação da própria União de Regatas Fluminense.

Em 1902, o Conselho Superior de Regatas foi convidado a participar de uma regata internacional na Argentina, organizada pela Comision de la Regata Internacional del Tigre. Mas, a despeito de suas intenções de representar o remo brasileiro, não foi a única instituição brasileira a ser convidada, já que também o foi o Comitê de Regatas do Rio Grande do Sul.


"Não por acaso, ainda em 1902, ocorreu mais uma mudança de nome: o Conselho passa a se chamar Federação Brazileira de Sociedades de Remo, o que deixava ainda mais claro o projeto de controle nacional, não só pelo termo "Brazileira", como pelo significado de "Federação": uma junção de clubes" (3).

Embora uns poucos clubes de outros Estados a ela tenham aderido, a Federação nunca pode concretizar sua ambição de controlar o remo a nível nacional. Os clubes, em sua grande maioria, não tinham nenhum interesse em ser controlados por uma entidade de fora de seu Estado e começaram a criar entidades de direção estadual. A União Paulista das Sociedades de Remo (1904), depois sucedida pela Federação Paulista das Sociedades de Remo (1907) foi uma dessas "respostas" à tentativa de controle vinda "de fora". A Federação Brazileira de Sociedades de Remo encontrou resistência inclusive dentro do próprio Rio de Janeiro, onde, em 1903, o Grupo de Regatas da União Náutica (uma dissidência do Club de Regatas São Cristóvão), o Rowing Club (F: 1902) e o Club de Regatas Fluminense (F: 1892) criaram o Conselho Nacional de Remo, por discordarem dos rumos da FBSR. Porém a nova entidade encerrou as atividades após realizar três regatas. A despeito de realmente apenas representar o remo do Rio de Janeiro, a FBSR conseguiu, ainda em 1903, ser reconhecida pela FISA como representante legitima do remo brasileiro.

O remo ficou sob a responsabilidade do Departamento de Desportos Aquáticos da Confederação Brasileira de Desportos até 1977, quando uma portaria do Ministério da Educação liberou a fundação de organizações para cada esporte, levando à criação da Confederação Brasileira de Remo.[1]

Ver também

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Ligações externas

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