Felipe Arizmendi Esquivel
Felipe Arizmendi Esquivel (Coatepec Harinas, 1 de maio de 1940) é um cardeal da Igreja Católica mexicano, bispo-emérito da diocese de San Cristóbal de Las Casas.
Felipe Arizmendi Esquivel | |
---|---|
Cardeal da Santa Igreja Romana | |
Bispo-emérito de San Cristóbal de Las Casas | |
em 2016 | |
Hierarquia | |
Papa | Francisco |
Arcebispo metropolita | Fabio Martínez Castilla |
Atividade eclesiástica | |
Diocese | Diocese de San Cristóbal de Las Casas |
Nomeação | 31 de março de 2000 |
Entrada solene | 1 de maio de 2000 |
Predecessor | Dom Samuel Ruiz García |
Sucessor | Dom Rodrigo Aguilar Martínez |
Mandato | 2000 - 2017 |
Ordenação e nomeação | |
Ordenação presbiteral | 25 de agosto de 1963 Toluca |
Nomeação episcopal | 7 de fevereiro de 1991 |
Ordenação episcopal | 7 de março de 1991 Catedral de Tapachula por Girolamo Prigione |
Cardinalato | |
Criação | 28 de novembro de 2020 por Papa Francisco |
Ordem | Cardeal-presbítero |
Título | São Luís Maria Grignion de Montfort |
Brasão | |
Lema | Cristo unico camino |
Dados pessoais | |
Nascimento | Coatepec Harinas 1 de maio de 1940 (84 anos) |
Nacionalidade | mexicano |
Funções exercidas | -Bispo de Tapachula (1991-2000) -Secretário-geral do Conselho Episcopal Latino-Americano (1999-2000) |
dados em catholic-hierarchy.org Cardeais Categoria:Hierarquia católica Projeto Catolicismo |
Biografia
editarConcluiu os estudos de humanidades e filosofia no seminário de Toluca e os de teologia na Universidade Pontifícia de Salamanca (Espanha), onde obteve a licenciatura em teologia dogmática, posteriormente especializando-se também em liturgia.[1]
Foi ordenado padre em 25 de agosto de 1963,[2] em Toluca, ocupou os seguintes cargos, entre outros: vigário cooperador em três paróquias (1963, 1964-1966, 1966-1967), prefeito de filósofos e professor do seminário (1963-1964), pároco (1967-1969), diretor espiritual e professor no seminário menor (1969-1981), responsável pela pastoral vocacional, reitor do seminário (1981-1991), professor de liturgia e teologia pastoral.[1]
Foi também membro da Comissão Diocesana de Liturgia (1967-1979), Diretor do Gabinete Catequético Diocesano (1968-1969), membro do Equipo de Pastoral Juvenil (1968-1978), secretário (1970-1973) e Presidente do Conselho Presbiteral (1976-1979), Coordenador da Comissão Diocesana para as Comunicações Sociais (1982-1984) e vigário-geral (1989-1991).[1] Em nível nacional foi membro do Equipo Nacional de Pastoral Vocacional e da Organización de Seminarios de México, da qual também foi presidente por algum tempo. Ele também foi membro do Equipo de Asesores de la Conferencia del Episcopado Mexicano Interdisciplinar. No triênio 1986-1989 presidiu a Organización de Seminarios de América Latina e posteriormente trabalhou como perito no Departamento de Vocações da CELAM.[1]
Em 7 de fevereiro de 1991, o Papa João Paulo II o nomeou Bispo de Tapachula.[3] Ele recebeu sua consagração episcopal em 7 de março pelo arcebispo Girolamo Prigione, núncio apostólico do México, assistido por Adolfo Antonio Suárez Rivera, arcebispo de Monterrey e Bartolomé Carrasco Briseño, arcebispo de Antequera.[4]
Em 31 de março de 2000, o Papa João Paulo II o transferiu para a Sé de San Cristobal de Las Casas.[5] Ele sucedeu ao bispo Samuel Ruiz García, um progressista social que defendeu os direitos dos povos indígenas e dos rebeldes zapatistas. Arizmendi defendeu Ruiz consistentemente contra seus muitos críticos. Arizmendi tem a reputação de ser teologicamente conservador, mas socialmente progressista.[6]
Em 2012, ele anunciou que organizaria esforços para traduzir a missa católica e a Bíblia para a língua indígena nahuatl.[7]
Em 1 de maio de 2015, Arizmendi apresentou sua renúncia ao Papa Francisco, mas foi convidado a permanecer.[8] Sua renúncia foi aceita em 3 de novembro de 2017.[9]
Em 25 de outubro de 2020, o Papa Francisco anunciou a sua criação como cardeal no consistório programado para 28 de novembro.[1] Segundo Arizmendi, sua nomeação "mais do que um título pessoal, é um reconhecimento aos povos indígenas".[10] Recebeu o anel cardinalício, o barrete vermelho e o título de cardeal-presbítero de São Luís Maria Grignion de Montfort.[11]
Referências
- ↑ a b c d e «Annuncio di Concistoro il 28 novembre per la creazione di nuovi Cardinali, 25.10.2020» (em italiano). Sala de Imprensa da Santa Sé
- ↑ «Obispo Felipe Arizmendi Esquivel cumple bodas de oro sacerdotales Chiapasparalelo» (em espanhol). chiapasparalelo.com. Consultado em 12 de junho de 2014
- ↑ Acta Apostolicae Sedis (PDF). LXXXIII. [S.l.: s.n.] 1991. p. 245. Consultado em 25 de outubro de 2020
- ↑ Catholic Hierarchy
- ↑ «Rinnunce e Nomine, 31.03.2000» (Nota de imprensa) (em italiano). Sala de Imprensa da Santa Sé. 31 de março de 2000. Consultado em 25 de outubro de 2020
- ↑ «Bishop to continue Ruiz's work». natcath.org. Consultado em 12 de junho de 2014
- ↑ «La Iglesia católica traducirá la Biblia al náhuatl | El Observador Mexico» (em espanhol). elobservadormexico.com. Consultado em 12 de junho de 2014. Cópia arquivada em 19 de outubro de 2013
- ↑ Henriquez, Elio (1 de maio de 2015). «Obispo Felipe Arizmendi presenta su renuncia al Papa». La Jornada (em espanhol). Consultado em 11 de agosto de 2015
- ↑ «Rinuncia del Vescovo di San Cristóbal de Las Casas (Messico) e nomina del successore» (em italiano). Sala de Imprensa da Santa Sé
- ↑ Bruno Desidera (27 de outubro de 2020). «Mons. Felipe Arizmendi Esquivel: "La mia nomina a cardinale, un riconoscimento ai popoli indigeni"». Servizio Informazione Religiosa (em italiano)
- ↑ «Assegnazione dei Titoli e delle Diaconie ai nuovi Cardinali» (em italiano). Sala de Imprensa da Santa Sé
Ligações externas
editar- «The Cardinals of the Holy Roman Church» (em inglês)
- «GCatholic» (em inglês)
- «Catholic Hierarchy» (em inglês)
Precedido por Luis Miguel Cantón Marín |
Bispo de Tapachula 1991 — 2000 |
Sucedido por Rogelio Cabrera López |
Precedido por Samuel Ruiz García |
Bispo de San Cristóbal de Las Casas 2000 — 2017 |
Sucedido por Rodrigo Aguilar Martínez |
Precedido por Serafim Fernandes de Araújo |
Cardeal-presbítero de São Luís Maria Grignion de Montfort 2020 — |
Sucedido por incumbente |