Com a realização de produções de grande porte e aclamação crítica no cinema estadunidense, o cineasta, produtor e roteirista mexicano Guillermo del Toro é um dos mais bem-sucedidos cineastas de sua geração e um dos mais aclamados cineastas mexicanos a fazer sucesso fora de seu país. Seu primeiro trabalho se deu como diretor e roteirista da série televisiva mexicana La hora marcada (1986-1989), enquanto sua estreia como diretor cinematográfico ocorreu através do curta-metragem de terror Doña Lupe (1985), seguido por Geometria (1987).
No início da década de 1990, Toro continuou investindo em produções independentes de terror e drama de fantasia como Cronos (1993) e Mimic (1997), este último estrelado por Mira Sorvino e Josh Brolin. Em 2001, Toro realizou seu primeiro filme de grande aclamação crítica e repercussão internacional, o terror histórico El espinazo del diablo. Nos anos seguintes, o cineasta alcançou as grandes bilheterias mundiais com produções de aclamação popular mesclando fantasia e ficção científica, como Blade II (2002) - sequência do bem-sucedido Blade (1998) estrelado por Wesley Snipes - e a fantasia Hellboy (2004), que rendeu ainda mais uma sequências formando uma bem-sucedida franquia de mídia. Anos depois, Toro voltou ao destaque do cinema mundial com o drama de fantasia Pan's Labyrinth (2006), estrelado por Ivana Baquero e que rendeu-lhe várias indicações ao Oscar (nas categorias Melhor Roteiro Original e Melhor Filme Estrangeiro) e ao Globo de Ouro (na categoria Melhor Filme em Língua Estrangeira).
Na década de 2010, Toro consolidou sua carreira como um dos principais diretores de cinema dos gêneros ficção e fantasia, realizando produções como o ficção científica Pacific Rim (2013), que reuniu um elenco de renomados atores como Charlie Hunnam e Idris Elba. Em 2012, Toro assumiu produção da franquia The Hobbit que serve de prequela à renomada trilogia The Lord of the Rings (dirigida por Peter Jackson).[1][2] The Hobbit: An Unexpected Journey (2012) foi dirigido por Jackson e contou com Toro na produção executiva, feito repetido nas sequências The Hobbit: The Desolation of Smaug (2013) e The Hobbit: The Battle of the Five Armies (2014).[3] Nos anos seguintes, Toro realizou filmes de teor mais dramático e obscuro como Crimson Peak (2013), o premiado The Shape of Water (2017) e o terror Scary Stories to Tell in the Dark (2019).
Referências
- ↑ EFE (Maio de 2010). «Guillermo del Toro deixa a direção de 'O Hobbit'». G1
- ↑ Vary, Adam B. (31 de maio de 2010). «Why Guillermo del Toro left 'The Hobbit' direction». EW
- ↑ a b c Hanson, Elise (12 de dezembro de 2020). «What Guillermo del Toro's The Hobbit Movies Would've Looked Like». ScreenRant
- ↑ Freeman, Molly (7 de dezembro de 2014). «'Hobbit: The Battle of the Five Armies' Extended Cut Features 30 Extra Minutes». ScreenRant
- ↑ Mancuso, Winnie (17 de abril de 2021). «Why Guillermo del Toro's 'Crimson Peak' Is About the Horror and Ecstasy of Creating Art». Collider
- ↑ «Guillermo Del Toro Dances With Roald Dahl's Witches». gizmodo.com. 8 de maio de 2016
- ↑ Trumbore, Dave (6 de novembro de 2018). «Netflix Sets Guillermo del Toro's 'Pinocchio' and Henry Selick's 'Wendell & Wild' for 2021». Collider
- ↑ Chitwood, Adam (22 de janeiro de 2020). «'Nightmare Alley' Set Photo Reveals Filming Has Begun on Guillermo del Toro's Next Film». Collider
- ↑ McIntyre, Gina (12 de agosto de 2014). «Guillermo del Toro, Hideo Kojima team up for new 'Silent Hill' game». Los Angeles Times. Consultado em 13 de agosto de 2014
- ↑ Hideo Kojima [@HIDEO_KOJIMA_EN] (29 de maio de 2019). «I asked my bestie, Nicolas, to be "HEARTMAN" in DS as special guest. We 3D scanned his head, body, and facial expressions to make his 3D model, but his acting and voice are done by a different performer, same as with Guillermo.» (Tweet). Consultado em 30 de maio de 2019 – via Twitter