Folclore japonês
Folclore japonês é o folclore do Japão. É muito influenciado pelo Xintoísmo e pelo Budismo, as duas religiões primárias no Japão. Geralmente envolve personagens e situações engraçadas ou bizarras, e também inclui uma variedade de divindades, como bodisatva, kami (deuses e espíritos reverenciados), yōkai (espíritos que não tem conotação religiosa) (tais como oni, kappa, e tengu), yūrei (fantasmas), Dragões, e animas com poderes sobrenaturais, como a kitsune (raposa), o tanuki (cão-guaxinim), o inugami (deus-cachorro), a mujina (doninha), e o bakeneko (gato monstro).
O folclore japonês é normalmente dividido em várias categorias: "mukashibanashi", contos de antigamente; "namidabanashi", histórias tristes; "obakebanashi", histórias de fantasmas; "ongaeshibanashi", histórias de retribuição da bondade;"tonchibanashi", histórias de sabedoria; "waraibanashi", histórias engraçadas; e "yokubaribanashi", histórias de ganância.
Algumas lendas japonesas bem conhecidas são:
- A história de Kintarō, o Garoto Dourado superhumano.
- A história de Momotarō, o Garoto Pêssego matador de oni.
- A história de Urashima Tarō, que salvou uma tartaruga e visitou o fundo do mar.
- A história de Issun-bōshi, o garoto de uma polegada.
- Bunbuku Chagama, a história de uma chaleira que na verdade é um tanuki que muda de forma.
- Tamamo-no-Mae, a história da mulher-raposa má.
- Shita-kiri Suzume, a história do pardal da língua cortada.
- A história da vingativa Kiyohime, que se transformou em dragão.
- Banchō Sarayashiki, a história fantasma de Okiku e as Nove Placas.
- Yotsuya Kaidan, a história fantasma de Oiwa.
- Kachi-kachi Yama, a história de um Tanuki vilão e um coelho herói.
- Hanasaka Jiisan, a história do velho que fez as cerejeiras florescer.
- Taketori Monogatari, sobre uma garota misteriosa, chamada Kaguya-hime que diz ser da capital da lua.
O folclore do Japão foi influenciado pela literatura internacional. Algumas histórias da Índia foram influencias para modelar as histórias japonesas, provendo-lhes assuntos. Assuntos indianos foram grandemente modificados e adaptados à maneira que tocasse a sensibilidade das pessoas comuns do Japão em geral. [1][2]
As histórias de macacos do folclore japonês foram influenciadas tanto pelas poesias indianas em sânscrito, quanto pela literatura chinesa clássica.[3] As histórias mencionadas nos contos budistas Jataka aparecem em uma forma modificada através da coleção japonesa de histórias populares.[4][5] No século XX, contadores de historias viajavam de cidade a cidade freqüentemente, contando essas histórias com ilustrações em um papel especial chamado kamishibai.
Curiosidades
editarEm 2020, a Editora JBC publicou o livro ilustrado Turma da Mônica: Lendas Japonesas, com roteiro de André Kondo e desenhos dos Estúdios Mauricio de Sousa, a obra conta várias lendas tradicionais japonesas com ilustrações dos personagens da Turma da Mônica caracterizados como os personagens originais das lendas [6].
Ver também
editarNotas
editar- ↑ Miraculous Stories from the Japanese Buddhist Tradition: The Nihon Ryōiki of the Monk Kyōkai By Kyōkai. Published 1997. Routledge. ISBN 0700704493
- ↑ The Sanskrit Epics By John L Brockington. Published 1998. Brill Academic Publishers. ISBN 9004026428. pp514
- ↑ On the Road to Baghdad Or Traveling Biculturalism: Theorizing a Bicultural Approach to... By Gonul Pultar, ed., Gönül Pultar. Published 2005. New Academia Publishing, LLC. ISBN 0976704218. Page 193
- ↑ The Hindu World By Sushil Mittal. Published 2004. Routledge. ISBN 0415215277. pp93
- ↑ Discovering the Arts of Japan: A Historical Overview By Tsuneko S. Sadao, Stephanie Wada. Published 2003. Kodansha International. ISBN 477002939X. pp41
- ↑ «Turma da Mônica: Lendas Japonesas». Editora JBC. Consultado em 15 de agosto de 2020