Forças de Defesa da Ambazônia

Forças de Defesa da Ambazônia (em inglês: Ambazonia Defense Forces, ADF) é uma organização militar que luta pela independência da Ambazônia, um Estado autodeclarado independente na região anglófona dos Camarões, ex-colônia britânica dos Camarões do Sul. Foi formalmente estabelecida pelo Conselho Governante da Ambazônia em 9 de setembro de 2017, no mesmo dia em que a organização declarou uma guerra de independência. [1]

As Forças de Defesa da Ambazônia vem travando uma guerra de guerrilha contra as Forças Armadas dos Camarões na parte anglófona do país desde setembro de 2017. [2] Em junho de 2018, afirmou ter 1.500 soldados sob seu comando, espalhados por vinte bases nessa região. [1] Numerosa e materialmente inferior ao seu adversário, dependem de ataques rápidos, emboscadas e incursões, aproveitando-se de sua familiaridade com o terreno. As Forças de Defesa da Ambazônia visam aumentar o custo da presença militar camaronesa na região de maneira superior aos lucros que o país obtêm de lá. [3] As autoridades camaronesas reconheceram que têm pouco controle fora das cidades;[4] de acordo com um jornalista estrangeiro que passou algum tempo com as Forças de Defesa da Ambazônia, isso deve-se em parte à infraestrutura precária na região, tornando difícil para o exército perseguir os guerrilheiros. [1]

As Forças de Defesa da Ambazônia são leais ao Conselho Governante da Ambazônia, que não faz parte do Governo Interino da Ambazônia. Isso levou a um relacionamento complicado, embora não hostil, com o Governo Interino. O grupo recusou ofertas para ser integrada no Conselho de Autodefesa da Ambazônia, uma organização estabelecida pelo Governo Interino para unir todas as milícias separatistas sob uma única bandeira. Após a morte do general Ivo Mbah em dezembro de 2018, o presidente Samuel Ikome Sako instou todas as milícias separatistas a "ignorar nossas pequenas diferenças" e unirem-se. [5]

Em março de 2019, um líder das Forças de Defesa da Ambazônia anunciou que levaria a guerra para as regiões francófonas dos Camarões. Uma semana depois, separatistas - possivelmente do grupo - invadiram Penda Mboko, Região Litoral, e feriram três gendarmes. [6] Isto estava em desrespeito aberto a política do Governo Interino, que enfatizava que a guerra deveria ocorrer somente dentro das fronteiras da Ambazônia. [7]

Referências