Forte de Albarquel
O Forte de Albarquel localiza-se sobre a praia de mesmo nome, na barra norte do rio Sado, no município e no Distrito de Setúbal, em Portugal.[1]
Forte de Albarquel | |
---|---|
Forte de Albarquel, Portugal. | |
Informações gerais | |
Construção | 1643 |
Promotor | D. João IV |
Aberto ao público | |
Estado de conservação | Bom |
Património de Portugal | |
SIPA | 20088 |
Geografia | |
País | Portugal |
Localização | Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça) |
Coordenadas | 38° 30′ 40″ N, 8° 54′ 48″ O |
Localização em mapa dinâmico |
História
editarO forte seiscentista
editarIntegrou, no passado, a linha defensiva do trecho do litoral denominado hoje, em termos de turismo, como Costa Azul, e que, no século XVII, se estendia de Albarquel a Sesimbra, complementando a defesa da importante povoação marítima de Setúbal.
No âmbito da completa remodelação da estratégia defensiva do reino implementada sob o reinado de D. João IV (1640-1656), compreendida na defesa da barra de Setúbal, esta fortificação marítima foi iniciada, como a do Forte de Santiago do Outão, em 1643.
Tinha como objectivo reforçar o poder de fogo do vizinho Forte de São Filipe de Setúbal.
Contribuíram para as obras desta barra, à época, os proprietários das marinhas de sal e os navegantes da Casa do Corpo Santo, tendo as obras deste forte, como as do Outão, sido concluídas sob o reinado de D. Pedro II (1667-1706).
O Governador do Forte de Albarquel, era por inerência o Guarda-Mor do Sal de Setúbal, cargo de "Jure e Herdade", pertencente à família Botelho de Moraes Sarmento. O titulo de "Guarda Mor do Sal de Setúbal", foi concedido pelo Rei Filipe III de Portugal e IV de Espanha,e rectificado por D. João IV,a Diogo Botelho de Moraes Sarmento, 1º Guarda Mor do Sal de Setúbal, tendo sido o ultimo Governador do Forte de Albarquel, nesta família, António Manoel Botelho de Moraes Sarmento, 6º Guarda-Mor do sal de Setúbal.
Do século XX aos nossos dias
editarDe propriedade do Ministério da Defesa, até recentemente estava integrado no Regimento de Artilharia de Costa, entretanto extinto, do Exército português, com a designação de 8ª Bataria.
Na primeira metade do século XX foi erguida, no morro por detrás do forte, uma fortificação subterrânea, artilhada por três canhões Krupp de 150 mm, e guarnecida por cerca de 30 homens. As novas instalações compreendiam dependências como casernas, refeitório e armazéns.
Em 2001, por Comunicado do Conselho de Ministros datado de 21 de Junho, o terreno deveria passar para a Câmara Municipal de Setúbal. No início de 2004 encontrava-se abandonado, cogitando-se a sua requalificação como unidade hoteleira.
Em janeiro de 2015, foi anunciado na imprensa que o forte vai ser transformado num centro de cultura, com exposições e espetáculos.
A fortificação foi gratuitamente cedida pelo Governo à Câmara de Setúbal em janeiro de 2015, mas a sua requalificação, orçada em cerca de 2 milhões de euros, vai ser assumida pela fundação da inglesa Helen Hamlyn.
O imóvel fica na posse do município por 32 anos.
A Fundação Buehler-Brockhaus, constituída por um casal alemão radicado em Setúbal, vai construir de um passadiço destinado a ligar o Parque Urbano de Albarquela à praia.
Características
editarO forte apresenta planta no formato trapezoidal, com um pequeno baluarte no vértice Sudeste e uma guarita no Sul, ambos voltados para o mar. No lado Nordeste da praça de armas ergue-se a edificação com as dependências de serviço.
O portão de armas abre-se no vértice a norte.