Forte de São Jorge de Oitavos
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O Forte de São Jorge de Oitavos, também referido como Forte de Oitavos, localiza-se na EN 247, junto à Duna Grande de Oitavos, na freguesia de Cascais e Estoril, município de Cascais, distrito de Lisboa, em Portugal.[1]
Forte de São Jorge de Oitavos | |
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Forte de São Jorge de Oitavos | |
Informações gerais | |
Estilo dominante | Abaluartado |
Construção | 1641 |
Promotor | João IV de Portugal |
Aberto ao público | |
Património de Portugal | |
Classificação | Imóvel de Interesse Público [♦] |
DGPC | 74725 |
SIPA | 6068 |
Geografia | |
País | Portugal |
Localização | Cascais |
Coordenadas | 38° 41′ 59″ N, 9° 28′ 06″ O |
Localização em mapa dinâmico | |
[♦] ^ DL 735/74 de 21 de dezembro de 1974 |
Encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público pelo Decreto nº 735, publicado no DG em 21 de dezembro de 1974.[1]
História
editarFoi erguido no contexto da Guerra da Restauração da independência portuguesa, para para complemento da defesa da barra do rio Tejo, sob a direção de D. António Luís de Meneses, 1.º Marquês de Marialva. Destinava-se especificamente ao abrigo de pequena guarnição, com a função de prevenir desembarques no litoral entre a praia do Guincho e a praia da Guia. Embora a inscrição epigráfica sobre o Portão de Armas especifique as datas de início e conclusão respectivamente como 4 de Maio de 1642 e 1648, os estudiosos compreendem que uma periodização mais correcta seria a de início em 1641 e a de término em 1643. Cruzava fogos com o Forte de Nossa Senhora da Guia e com o Forte de São Brás de Sanxete.
Era normalmente guarnecido por um cabo, três artilheiros e dezoito soldados, estando artilhada por quatro peças, o que se manteve até ao século XIX.
As vésperas do século XXI, em Dezembro de 2000, foi reinaugurado como Museu histórico-militar e espaço cultural sob a responsabilidade da Câmara Municipal de Cascais, reconstituindo a vida quotidiana da guarnição de uma fortificação marítima ao final do século XVIII.
Características
editarFortificação marítima de pequenas dimensões, apresenta planta retangular orgânica, adaptada ao relevo da falésia onde se ergue.
O desenho mais antigo identificado sobre este forte (1796), mostra, além da bateria na esplanada e da cisterna, quatro dependências: a do Quartel da Tropa, a da cozinha, refeitório e dormitórios, o paiol e a Casa do Comando.
A sua defesa é complementada por guaritas cobertas nos ângulos salientes e por uma linha de mosqueteria.
A inscrição epigráfica sobre o portão de Armas, reza:
- "O MUITO ALTO E MUITO PODEROZO / REY D JOÃO O IIII DE PORTUGAL NO / SO SENHOR Q[UE] DEUS GUARDE MAN / DOU FAZER ESTA FORTIFICAÇÃO SEN / DO GOVERNADOR DAS ARMAS REAIS / D ANº [ANTÓNIO] LUIS DE MENEZES Q[UE] SE PRINSI / PIOU EM 9 DE M[A]IO DE 1642 E SE ACA / BOU EM A ERA DE 1648"
Galeria de imagens
editarForte de São Jorge de Oitavos | |||||||||
Bibliografia
editar- RAMALHO, Maria Margarida Marques, BARROS, Maria de Fátima Rombouts, BOIÇA, Joaquim Manuel Ferreira. As fortificações marítimas da costa de Cascais. Lisboa: 2001.