Forte de Santo Antônio do Monte Frio

O Forte de Santo Antônio do Monte Frio localizava-se ao sul da foz do rio Macaé, na ponta de terra entre a praia de Imbetiba e a praia das Conchas, fronteira ao Arquipélago de Sant'Anna (ilhas de Santana, do Francês, do Papagaio e ilhote Sul), na cidade (e município) de Macaé, no litoral norte do estado brasileiro do Rio de Janeiro.

Forte de Santo Antônio do Monte Frio
Construção Filipe III de Espanha (1613)
Estilo Abaluartado

História

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Este forte foi erguido por determinação do governador e Capitão-mor da Capitania do Rio de Janeiro, Constantino de Menelau (1615-1617) a partir de 1613 (1615?) (LISBOA, Balthazar. Annaes do Rio de Janeiro (vol. 1º, cap. 8º). apud SOUZA, 1885:111), e constituiu-se no núcleo da povoação de Macaé, cujo ancoradouro defendia.

O governador Francisco de Castro Morais (1699-1702) reforçou-lhe a artilharia com mais cinco peças de diferentes calibres (SOUZA, 1885:111), após procedidos reparos (GARRIDO, 1940:101).

Monsenhor Pizarro atribui a sua construção (restauração cf. GARRIDO, 1940:101-102) ao governo do Vice-rei D. Antônio Álvares da Cunha (1763-1767), que o artilhou com sete peças ("Memória Histórica do Rio de Janeiro (vol. 2º)". apud SOUZA, 1885:111) de calibre 16 libras. À época, o forte era guarnecido por milicianos da Comarca de Macaé, que se revezavam por milicianos de Campos dos Goitacazes. Encontra-se relacionado no "Mapa das Fortificações da cidade do Rio de Janeiro e suas vizinhanças", que integra as "Memórias Públicas e Econômicas da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro para uso do Vice-Rei Luiz de Vasconcellos, por observações curiosas dos anos de 1779 até o de 1789" (RIHGB, Tomo XLVII, partes I e II, 1884. p. 34).

O Relatório do General Antônio Eliziário (Tenente-general graduado Antônio Elzeário de Miranda e Brito) de 1841, dá esta fortificação como em ruínas (SOUZA, 1885:111), tendo participado como mera espectadora no incidente com o vapor inglês HMS Sharpshooter, a 23 de Junho de 1850 (op. cit., p. 111), que aprisionou e incendiou um navio negreiro, naquele trecho do litoral fluminense (GARRIDO, 1940:102).

Desarmado pelo Aviso do Ministério da Guerra de 19 de Novembro de 1859 (SOUZA, 1885:111), recolheu-se-lhe o material transportável (artilharia, munições e demais petrechos), sendo o imóvel confiado à guarda do Governo da Província do Rio de Janeiro (GARRIDO; 1940:102).

Foi sucedido, ao final do século XIX, pelo Forte Marechal Hermes.

Bibliografia

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  • BARRETO, Aníbal (Cel.). Fortificações no Brasil (Resumo Histórico). Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Editora, 1958. 368 p.
  • GARRIDO, Carlos Miguez. Fortificações do Brasil. Separata do Vol. III dos Subsídios para a História Marítima do Brasil. Rio de Janeiro: Imprensa Naval, 1940.
  • SOUSA, Augusto Fausto de. Fortificações no Brazil. RIHGB. Rio de Janeiro: Tomo XLVIII, Parte II, 1885. p. 5-140.

Ver também

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Ligações externas

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