Fortim da Baía de Cumã
Este artigo ou secção contém uma lista de referências no fim do texto, mas as suas fontes não são claras porque não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das informações. (Dezembro de 2021) |
O Fortim da baía de Cumã localizou-se em posição dominante na baía de Cumã, atual município de Guimarães, no litoral do estado brasileiro do Maranhão.
História
editarA baía de Cumã, após a baía de São Marcos, seguindo a costa do Maranhão para o norte, abrigava um importante aglomerado de aldéias Tupinambás.
No contexto da Dinastia Filipina (1580-1640), após a conquista de São Luís no Maranhão em Novembro de 1615, o Capitão-mor Martim Soares Moreno foi nomeado capitão dos aldeamentos de Cumã, como Matias de Albuquerque (c. 1590-1648) o foi para os de Tapuytapera, ficando ambos sujeitos ao governo da nova Capitania do Maranhão.
Nesse cenário, por determinação do Capitão-mor da Conquista do Maranhão, Alexandre de Moura, o Capitão-mor da Capitania do Rio Grande do Norte, Francisco Caldeira de Castelo Branco, partiu de São Luís, para a conquista da boca do rio Amazonas (25 de Dezembro de 1615), com o título de "Descobridor e Primeiro Conquistador do Rio das Amazonas".
Com três embarcações - o patacho Santa Maria da Candelária, o caravelão Santa Maria das Graças e a lancha grande Assunção -, e cerca de duzentos homens, entre Dezembro de 1615 e Janeiro de 1616 fez escala na baía de Cumã, erguendo um fortim (BARRETTO, 1958:33-35, 79). Certamente uma simples estacada de faxina e terra, com alguma artilharia e pequena guarnição, destinava-se a servir como base de apoio e proteção daquele ancoradouro, bem como da autoridade portuguesa no seio daqueles tradicionais aliados dos franceses.
O levante dos Tupinambá (1617-1621) iniciou-se nesta aldeia, onde todos os europeus foram mortos. Sob o comando do chefe Guaimiaba ("cabelo de velha", em língua tupi), morto em combate, atacaram o Forte do Castelo de Belém (1619). Foram derrotados pela Coroa Portuguesa, quando vítimas de uma epidemia de varíola.
Bibliografia
editar- BARRETO, Aníbal (Cel.). Fortificações no Brasil (Resumo Histórico). Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Editora, 1958. 368p.
- GARRIDO, Carlos Miguez. Fortificações do Brasil. Separata do Vol. III dos Subsídios para a História Marítima do Brasil. Rio de Janeiro: Imprensa Naval, 1940.
- SOUSA, Augusto Fausto de. Fortificações no Brazil. RIHGB. Rio de Janeiro: Tomo XLVIII, Parte II, 1885. p. 5-140.