Francisco Libório da Silveira
Francisco Libório da Silveira (Cabo Frio, 1866 — Araruama, 11 de outubro de 1941) foi um político, juiz e empresário brasileiro. Foi o terceiro prefeito de Araruama.[2]
Francisco Libório da Silveira | |
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Francisco Libório da Silveira | |
Prefeito de Araruama | |
Período | 4 de dezembro de 1927 até 31 de dezembro de 1927 |
Vereador de Araruama | |
Período | 1904 até 3 de dezembro de 1927 1 de janeiro de 1928 até 31 de dezembro de 1931 |
Dados pessoais | |
Nascimento | 1866 Cabo Frio |
Morte | 11 de outubro de 1941 (77 anos)[1] Araruama |
Nacionalidade | brasileiro |
Progenitores | Mãe: Ana Francisca de Madureira Pai: José Libório da Silveira Terra |
Primeira-dama | Joaquina Rodrigues Godinho |
Partido | PRF |
Profissão | Juiz de Paz Lavrador |
Biografia
editarEm 1905, exercia a função de Juiz de Direito da 1.ª vara, e inventariante oficial de justiça.[3]
Entre 1904 e 1927, exerceu a função de vereador. Em 1924, é eleito novamente vereador com a maior quantidade de votos registrados na história deste município.[4]
No dia 28 de outubro de 1924, pouco após sua eleição, seu filho, José Godinho da Silveira, senador constituinte pelo Estado do Rio de Janeiro, foi condenado em São Gonçalo a 21 anos e meio de prisão por crime de sedução.[5] Francisco Libório alegou que a prisão de José seja por perseguição política aos dois.[5] Antes de ser preso, José foi espancado por três homens como retaliação em Itaipu.[5] Ele teria sido ainda espancado pela polícia.[5] Foi solto após pagar fiança de 500$.[5]
Curto mandato de Prefeito
editarEm 4 de dezembro de 1927, Uma comitiva do Rio de Janeiro chegou de trem para legitimar a ação, sendo recebida com festa.[4] Estavam presentes Feliciano Pires de Abreu Sodré (governador), Manuel Duarte (governador eleito), José Maria Castanho, Norival de Freitas (Deputado Federal) e Alves Silva.[4]
Foram recebidos para a "Festa promovida pela posse dos membros da câmara e prefeitura".[4] Com isso, todos foram confirmados no edifício da Câmara, e Francisco Libório da Silveira assumiu o cargo de prefeito até que os eleitos pudessem assumir definitivamente em 1º de janeiro do ano seguinte.[4]
João Joaquim de Carvalho Vasconcellos foi declarado impedido do cargo, já que assumira o posto de Deputado Estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, em Niterói, e teve de se mudar de Araruama.[6] O presidente da Câmera de Vereadores de Araruama também foi impedido, pois não estava na cidade. Com isso assume a presidência da Câmera de Vereadores, e consequentemente a prefeitura, o vereador mais votado nas eleições de 1924.[4]
A noite, foi realizado um grande baile em homenagem à comitiva. Não era comum receber políticos tão ilustres nesse município.[4] Foi convidada uma banda do Patronato de São Gonçalo para tocar.[4]
Permaneceu no cargo por menos de um mês, considerando que quando assumiu, já era vereador eleito, retornando à função em 1º de janeiro de 1928.
Em 1932, assumiu novamente a função de juiz, após ter sido um dos vereadores mais longevos da história do município.[7]
No período de sua morte, era lavrador e grande proprietário de terras na região.[1]
Vida Pessoal
editarFaleceu em 11 de outubro de 1941, em São Vicente de Paulo, distrito de Araruama.[1] Em sua nota de falecimento, mencionou que morreu de forma rápida e que foi realizado luto na cidade, por ser "uma figura muito benquista no meio local" e que "sua morte foi muito sentida pela população local".[1]
Precedido por Carvalho Vasconcellos |
Prefeito de Araruama 1927 — 1927 |
Sucedido por Lamas Rabello |
Referências
- ↑ a b c d «Falecimento». Rio de Janeiro. O Jornal (06854): 5. 11 de outubro de 1941
- ↑ «Prefeitura de Araruama». Prefeitura de Araruama. Consultado em 31 de julho de 2020
- ↑ «Araruama». Rio de Janeiro. O Fluminense (05794): 3. 12 de janeiro de 1905
- ↑ a b c d e f g h «Rio de Janeiro». Rio de Janeiro. O Paiz (15790): 8. 4 de dezembro de 1927
- ↑ a b c d e «Comndenado por supposto crime de sedução». Niterói. O Fluminense (12743): 1. 8 de novembro de 1924
- ↑ Heraldo Victer. «Cadeira nº 57 - João Joaquim Carvalho de Vasconcellos». Academia de Medicina do Estado do Rio de Janeiro - ACAMERJ. Consultado em 2 de agosto de 2020
- ↑ «Despachos do Juiz da 1a vara». Rio de Janeiro. O Fluminense (15072): 1. 13 de maio de 1932