Ribeirinho

ator português (1911-1984)
 Nota: Para outros significados, veja Ribeirinho (desambiguação).

Francisco Ribeiro, o Ribeirinho (Lapa, Lisboa, 21 de Setembro de 1911Mercês, Lisboa, 7 de Fevereiro de 1984) foi um actor, realizador e encenador português. Como encenador recebeu o Prémio Eduardo Brazão (1959) e como actor o Prémio Bordalo (1969), na categoria "Teatro de Revista".

Ribeirinho
Outros nomes Francisco Ribeiro
Nascimento 21 de setembro de 1911
Lapa, Lisboa, Portugal
Nacionalidade português
Morte 7 de fevereiro de 1984 (72 anos)
Mercês, Lisboa, Portugal
Ocupação actor, realizador e encenador
Outros prémios
Prémio Eduardo Brazão (1959) do SNI
Prémio Bordalo (1969) Teatro de Revista

Biografia

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Francisco Ribeiro, o Ribeirinho nasceu em 21 de Setembro de 1911, no 3.º andar do n.º 29 da Calçada da Estrela, na freguesia da Lapa, em Lisboa.[1] Era filho de Manuel Henrique Correia da Silva Ribeiro, empregado no comércio, e de sua mulher Esther Nazareth Walbeehm Lopes Ribeiro, ambos naturais de Lisboa (ele da freguesia de Santa Isabel e ela da freguesia das Mercês).[2]

Estreando-se no teatro com o apoio de Chaby Pinheiro, trabalhou em várias companhias no país inteiro. Em 1935 dirigiu o seu primeiro espectáculo. Mais tarde, formou, juntamente com o seu irmão António Lopes Ribeiro, «Os Comediantes de Lisboa», onde reuniu as mais famosas figuras do teatro. Foi também o director da companhia «Teatro do Povo». Ligado à direcção de artistas, preocupou-se principalmente em descobrir novos valores, ao mesmo tempo que se afirmava como encenador de muito mérito.

Foi o responsável pelo lançamento de nomes como os de Ruy de Carvalho, Armando Cortez, Canto e Castro, Manuela Maria e Francisco Nicholson. De entre as dezenas de peças que encenou, destaca-se pelo seu tremendo sucesso de público, O Impostor-Geral (1965) de Raul Solnado e Carlos Wallenstein, protagonizada pelo próprio Solnado, por Armando Cortez e Barroso Lopes.

Trabalhou também no cinema, onde foi dirigido pelo irmão em A Revolução de Maio (1937) e O Feitiço do Império (1940) e encarnou um inesquecível Chico Mega em O Pai Tirano (1941).

Da sua filmografia, destacam-se ainda O Pátio das Cantigas (1942) que também realizou, A Menina da Rádio (1944), A Vizinha do Lado (1945), Três Espelhos (1947), O Grande Elias (1950), O Costa d'África (1954), O Primo Basílio (1959), Aqui Há Fantasmas (1964) ou O Diabo Desceu à Vila (1979).[3]

Em 1959 Francisco Lopes Ribeiro foi feito Cavaleiro da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, a 11 de Julho.[1][4]

Ainda em 1959 recebeu o Prémio Eduardo Brazão, atribuído pelo Secretariado Nacional de Informação (SNI) para a melhor encenação de teatro declamado por À Espera de Godot (Beckett).[5]

Francisco Ribeiro recebeu o Prémio Bordalo (1969), ou Prémio da Imprensa, na categoria "Teatro de Revista", como actor na peça Ena Já Fala, entregue pela Casa da Imprensa em 1970, que também distinguiu a actriz Mariema e como "melhor corista" Lina Morgado.[6]

Teve uma filha, Maria Manuela Lalande Lopes Ribeiro, do relacionamento com Maria Lalande. A 12 de outubro de 1981, casou civilmente em Lisboa com Maria de Lourdes Carvalho Lima, também atriz.[2]

Francisco Ribeiro morreu vítima de neoplasia maligna da sigmoide metastasada em 7 de Fevereiro de 1984, na freguesia das Mercês, em Lisboa, onde residia. Encontra-se sepultado no Cemitério dos Prazeres.[1][7]

Referências

  1. a b c «Ficha de Pessoa : Francisco Ribeiro». Centro de Estudos de Teatro & Tiago Certal. 27 de Outubro de 2011. Consultado em 7 de outubro de 2017 
  2. a b «Livro de registo de nascimentos da 4.ª Conservatória do Registo Civil de Lisboa (18-07-1911 a 21-09-1911)». digitarq.arquivos.pt. Arquivo Nacional da Torre do Tombo. p. assento 689 
  3. «Pessoa : Francisco Ribeiro - Ribeirinho». CinePT - Cinema Português (Universidade da Beira Interior). Consultado em 5 de janeiro de 2019 
  4. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Francisco Lopes Ribeiro". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 7 de outubro de 2017 
  5. Moura, Nuno Costa (2007). «Apêndice 7 : Prémios Artísticos (entre 1959 e 1973)». "Indispensável dirigismo equilibrado" : O Fundo de Teatro entre 1950 e 1974 : (Volume II) (PDF) (Tese de Mestrado). Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. p. 48. Consultado em 7 de outubro de 2017 
  6. «Prémios Bordalo». Em 1970 denominado "Prémio da Imprensa". Sindicato dos Jornalistas. 22 de janeiro de 2002. Consultado em 7 de outubro de 2017 
  7. «Livro de registo de óbitos da 6.ª Conservatória do Registo Civil de Lisboa (03-01-1984 a 30-03-1984)». digitarq.arquivos.pt. Arquivo Nacional da Torre do Tombo. p. 62, assento 123 

Ligações externas

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