Freddie Oversteegen
Freddie Oversteegen (Haarlem, 6 de setembro de 1925 — 5 de setembro de 2018)[1] foi uma combatente da resistência holandesa durante a Segunda Guerra Mundial, considerada heroína nacional. Ficou conhecida por seduzir nazistas em bares e depois assassiná-los.[2]
Freddie Oversteegen | |
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Freddie Dekker-Oversteegen (à esquerda) e Truus Menger-Oversteegen com o primeiro-ministro holandês Mark Rutte | |
Conhecido(a) por | membro da resistência holandesa que seduzia e assassinava nazistas |
Nascimento | 6 de setembro de 1925 Haarlem, Holanda |
Morte | 5 de setembro de 2018 (92 anos) Driehuis, Holanda |
Nacionalidade | neerlandesa |
Biografia
editarFreddie nasceu em Haarlem, perto de Amsterdã, em 1925. Ela e a família viviam em uma barcaça e eram pobres. Antes da guerra, a família chegou a dar abrigo para lituanos e a escondê-los das autoridades.[1] Depois do divórcio dos pais, Freddie foi criada pela mãe, que a educou tendo como base os princípios comunistas.[1] A família se mudou da barcaça para um pequeno apartamento. Posteriormente, sua mãe casou-se de novo e lhe deu um meio-irmão.[1]
Segunda Guerra Mundial
editarA família continuou as atividades subversivas durante a guerra, escondendo um casal judeu em seu apartamento. Freddie e a irmã mais velha, Truuss, começaram a distribuir panfletos anti-nazistas, o que acabou atraindo a atenção do conselho de resistência de Haarlem e seu comandante, Frans van der Wiel.[1][2]
Com a permissão da mãe, as garotas se juntaram à resistência; Freddie tinha apenas 14 anos na época.[3] Com a irmã e uma amiga, Hannie Schaft, Freddie começou a trabalhar em ações de sabotagem na presença militar nazista no país. Usando dinamite, elas explodiam pontes e linhas de trem.[4] Aliadas às ações de sabotagem, elas ajudavam crianças judias, contrabandeando-as para fora do país e ajudando-as a escapar dos campos de concentração.[1][4]
Juntas, Freddie, a irmã e a amiga Hannie também matavam soldados nazistas.[5] Elas atiravam nos soldados enquanto passavam de bicicleta. Em bares da cidade, elas os seduziam, prometendo uma aventura romântica, os atraíam para um local isolado na floresta e então os matavam.[1][4]
Em março de 1945, Hannie foi presa por soldados alemães enquanto contrabandeava documentos da resistência e armas em sua bicicleta. Ela foi interrogada, torturada e depois executada.[5]
Pós-guerra
editarFreddie trabalhou como membro do conselho da National Hannie Schaft Foundation, que fundou com sua irmã, Truus.[1] Em 2014, as irmãs ganharam a Mobilisation War Cross das mãos do primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, por seus atos de resistência durante o conflito.[6] Uma rua em Haarlem leva o seu nome.[7]
Vida pessoal
editarFreddie casou-se com Jan Dekker, com quem teve três filhos.[1][5]
Morte
editarFreddie morreu aos 92 anos, em 5 de setembro de 2018, em uma casa de repouso em Driehuis.[1][2][5]
Referências
- ↑ a b c d e f g h i j «Freddie Oversteegen, Dutch resistance fighter who killed Nazis through seduction, dies at 92» (em inglês). Washington Post. 16 de setembro de 2018. Consultado em 18 de setembro de 2018
- ↑ a b c «Morre holandesa que seduzia nazistas em bares para depois assassiná-los». Revista Marie Claire. Globo.com. Consultado em 18 de setembro de 2018
- ↑ Noor Spanjer (ed.). «This 90-Year-Old Lady Seduced and Killed Nazis as a Teenager». Vice. Consultado em 16 de setembro de 2018
- ↑ a b c Atwood, Kathryn (2011). Women Heroes of World War II: 26 Stories of Espionage, Sabotage, Resistance, and Rescue. [S.l.]: Chicago Review Press. 305 páginas. ISBN 978-1-56976-852-5
- ↑ a b c d «Freddie Oversteegen, Teenage Resistance Fighter Who Assassinated Nazis, Has Died at 92». Smithsonian Mag. Consultado em 18 de setembro de 2018
- ↑ «Resistance sisters honoured almost 70 years after the end of WWII». DutchNews. Consultado em 16 de setembro de 2018
- ↑ Buchheim, E.; Futselaar, R., eds. (2014). Under Fire: Women and World War II: Yearbook of Women’s History/Jaarboek voor Vrouwengeschiedenis 34. [S.l.]: Uitgeverij Verloren. ISBN 9789087044756