Frederica Isabel de Saxe-Eisenach
Frederica Isabel de Saxe-Eisenach (5 de Maio de 1669 - 12 de Novembro de 1730), foi uma nobre alemã, membro da Casa de Wettin e, por casamento, duquesa de Saxe-Weissenfels.
Frederica Isabel | |
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Duquesa de Saxe-Weisselfels Princesa de Saxe-Eisenach | |
Duquesa de Saxe-Eisenach | |
Reinado | 1698-1712 |
Antecessor(a) | Joana Madalena de Saxe-Altemburgo |
Sucessor(a) | Luísa Cristina de Stolberg-Stolberg-Ortenberg |
Nascimento | 5 de maio de 1669 |
Altenkirchen, Sacro Império Romano-Germânico | |
Morte | 12 de novembro de 1730 (61 anos) |
Bad Langensalza, Ducado de Saxe-Weisselfels, Sacro Império Romano-Germânico | |
Marido | João Jorge, Duque de Saxe-Weissenfels |
Descendência | Frederica de Saxe-Weissenfels João Jorge, Príncipe-Herdeiro de Saxe-Weissenfels Joaneta Guilhermina de Saxe-Weissenfels Joaneta Amália de Saxe-Weissenfels Filho nadomorto Joana Madalena de Saxe-Weissenfels Frederica Amália de Saxe-Weissenfels |
Casa | Wettin |
Pai | João Jorge I, Duque de Saxe-Eisenach |
Mãe | Joaneta de Sayn-Wittgenstein |
Nascida em Altenkirchen, foi a sétima dos oito filhos nascidos do casamento de João Jorge I, Duque de Saxe-Eisenach e Joaneta, condessa de Sayn-Wittgenstein-Sayn-Altenkirchen. Entre os seus sete irmãos e irmãs, quatro chegaram à idade adulta: Leonor Edmunda, Frederico Augusto, duque hereditário de Saxe-Eisenach, João Jorge II, Duque de Saxe-Eisenach e João Guilherme, Duque de Saxe-Eisenach.
Casamento e descendência
editarAs boas relações entre os ramos Albertino e Ernestino da Casa de Wettin já se tinham reforçada em 1686 quando o duque João Jorge II de Saxe-Eisenach (do ramo Ernestino) arranjou o casamento da sua irmã mais velha, a marquesa-viúva de Brandemburgo-Ansbach com João Jorge IV, Eleitor da Saxónia (do ramo Albertino). No entanto, esta união acabaria por ser um grande fracasso e não nasceram descentes do mesmo. O noivo e a noiva morreram em 1694 e 1696, respectivamente.
Uma vez que o irmão e sucessor de João Jorge IV, Frederico Augusto I já se encontrava casado, o duque João Jorge II teve de procurar outro casamento para voltar a unir ambos os ramos da Casa de Wettin.
Assim, apenas dez meses antes da sua morte (10 de Novembro de 1698) o duque João Jorge II arranjou o casamento da sua irmã mais nova, Frederica Isabel, com João Jorge, Duque de Saxe-Weissenfels. O casamento realizou-se em Jena, a 7 de Janeiro de 1698. Juntos, tiveram sete filhos, dos quais apenas uma chegou à idade adulta:[1][2]
- Frederica de Saxe-Weissenfels (4 de Agosto de 1701 - 28 de Fevereiro de 1706), morreu aos quatro anos de idade.
- João Jorge, Príncipe-Herdeiro de Saxe-Weissenfels (20 de Outubro de 1702 - 5 de Março de 1703), morreu aos cinco meses de idade.
- Joaneta Guilhermina de Saxe-Weissenfels (31 de Maio de 1704 - 9 de Julho de 1704), morreu aos dois meses de idade.
- Joaneta Amália de Saxe-Weissenfels (8 de Setembro de 1705 - 7 de Fevereiro de 1706).
- Filho nadomorto (1706).
- Joana Madalena de Saxe-Weissenfels (17 de Março de 1708 - 25 de Janeiro de 1760), casada com Fernando Kettler, Duque da Curlândia e Semigallia; sem descendência.
- Frederica Amália de Saxe-Weissenfels (1 de Março de 1712 - 31 de Janeiro de 1714), morreu aos catorze meses de idade.
Vida posterior
editarAlém das reformas políticas que o seu marido levou a cabo no pequeno ducado de Querfurt-Weissenfels, Frederica Isabel trouxe consigo um impulso social considerável. O casal esforçou-se por criar uma ordem caritativa em 1700 e, em 1710, no aniversário de Frederica, abriram um orfanato em Langendorf, que a duquesa apoiou financeiramente até morrer.
Frederica gostava particularmente do chamado jardin à la française. O duque João Jorge ofereceu-lhe o chamado Hermitage entre Weissenfels e Langendorf, o Klein-Friedenthal (um palácio de verão), um zoo no Castelo de Neuenburg (Freyburg) e o jardim de Leisslinger Wiese.
O seu marido também gostava de promover o luxo na corte e foi por isso que, em 1710, ordenou a construção de um pequeno e dispendioso porto fluvial para uso exclusivo de Frederica Isabel em Weissenfels. Com uma pequena flotilha de 15 navios, eram organizados cruzeiros recreativos no rio Saale.
Após a morte do seu marido e a subida ao trono do seu cunhado Cristiano, em 1712, Frederica Isabel recebeu o Castelo de Dryburg em Langensalza como Wittum (herança de viuvez, que já tinha sido definida em 1695), no qual ordenou a construção de um parque real antes de se mudar para o mesmo em 1717. Além do parque, Frederica também ordenou a realização de obras para mudar várias estruturas do Castelo e da aldeia próxima ao mesmo.
Frederica Isabel morreu no Castelo de Dryburg aos sessenta-e-um anos de idade e foi sepultada na Schlosskirche, em Weissenfels.[3] Uma vez que o seu corpo teve de ser embalsamado para aguentar a longa viagem ate Weissenfels, as estranhas que lhe foram extraídas foram sepultadas numa urna em separado.
Genealogia
editarLeonor Edmunda de Saxe-Eisenach | Pai: João Jorge I, Duque de Saxe-Eisenach |
Avô paterno: Guilherme, Duque de Saxe-Weimar |
Bisavô paterno: João II, Duque de Saxe-Weimar |
Bisavó paterna: Doroteia Maria de Anhalt | |||
Avó paterna: Leonor Doroteia de Anhalt-Dessau |
Bisavô paterno: João Jorge I, Príncipe de Anhalt-Dessau | ||
Bisavó paterna: Doroteia do Palatinado-Simmern | |||
Mãe: Joaneta de Sayn-Wittgenstein |
Avô materno: Ernesto, Conde de Sayn-Wittgenstein-Sayn |
Bisavô materno: Guilherme III, Conde de Sayn-Wittgenstein-Sayn | |
Bisavó materna: Ana Isabel de Sayn Wittgenstein | |||
Avó materna: Luísa Juliana de Erbach |
Bisavô materno: Jorge III, Conde de Erbach-Breuberg | ||
Bisavó materna: Maria de Barby-Mühlingen |
Notas
editar- ↑ «Friederike Elisabeth Herzogin v.». Consultado em 14 de setembro de 2016. Arquivado do original em 15 de outubro de 2014
- ↑ Note: not named the stillborn son.
- ↑ Saxe-Weimar-Eisenach line in: Royaltyguide.nl [retrieved 10 October 2014].
Referências
editar- 300 Jahre Schloss Neu-Augustusburg, 1660-1694 - Residenz der Herzöge von Sachsen-Weißenfels: Festschrift, Weissenfels, 1994, pp. 38–39.
- Friedrich Gerhardt: Schloss und Schlosskirche zu Weißenfels, Weissenfels, 1898, pp. 55–56.
- Johann Christoph Dreyhaupt: Beschreibung des … Saal-Creyses, insonderheit der Städte Halle. Halle, 1749/1751 (d.i. "Dreyhaupt-Chronik").