Ganda Iso
Histórico
editarGanda Izo foi formado em 2009 por ex-membros do Ganda Koy durante a rebelião tuaregue de 2007-2009.[1] O grupo foi fundado por Seydou Cissé, que assume a liderança na ala política, enquanto o sargento Amadou Diallo, um sub-oficial do exército maliano, é encarregado do comando do ramo militar.[1] No entanto, tensões opõem os dois homens em 2010, o primeiro acusando o segundo de ter cometido execuções sumárias contra civis.[1]
Durante a Guerra do Mali, a milícia Ganda Izo montou um acampamento perto de Sévaré em março de 2012 e rapidamente reuniu 1.500 voluntários.[2] Em 21 de julho, reagrupa-se com o Ganda Koy para formar a Coordenação dos Movimentos e Frente Patriótica de Resistência (CM-FPR).[2]
De acordo com um relatório publicado em 30 de janeiro de 2013 pelo Gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, o número de membros da milícia é estimado em 1 337, mal equipados, porém muito organizados. A presença de jovens menores de 18 anos no Ganda Izo também é relatada.[3]
O movimento é particularmente hostil aos rebeldes tuaregues independentistas do Movimento Nacional de Libertação do Azauade (MNLA), porém é mais conciliatório em relação aos jihadistas. Em 2012, o líder do Ganda Izo, Ibrahim Dicko, disse: "Nosso problema era o MNLA, que queria criar um Estado no qual nós não reconhecemos. Os islamistas, por outro lado, são muçulmanos, como nós".[2]
Referências
- ↑ a b c Seydou Cissé père fondateur du Ganda-Iso révèle: Le sergent Amadou Diallo n'a pas compris notre combat, L'Indépendant, 12 de agosto de 2010.
- ↑ a b c Ahmed Baba, Mali : aux armes les citoyens !, Jeune Afrique, 8 de agosto de 2012.
- ↑ «Rapport de la Haut-Commissaire des Nations Unies aux droits de l'homme sur la situation des droits de l'homme au Mali» (PDF). Haut-Commissariat aux droits de l'homme. 30 de janeiro de 2013