Gaya de Medeiros

bailarina, coreógrafa, diretora e produtora travesti brasileira baseada em Portugal

Gaya de Medeiros (Belo Horizonte, 1990) é uma bailarina, coreógrafa, diretora e produtora travesti brasileira baseada em Portugal.[1][2][3] É fundadora da plataforma BRABA, que visa apoiar, viabilizar e financiar iniciativas lideradas e voltadas para a comunidade trans e não binária.[2]

Gaya de Medeiros
Nascimento 1990
Belo Horizonte
Cidadania Brasil
Alma mater
Ocupação bailarina, coreógrafa, encenadora, produtora

Biografia

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Gaya estudou Cinema de Animação na Universidade Federal de Minas Gerais, ballet clássico, dança contemporânea, teatro e dramaturgia. Gaya trabalhou durante nove anos como bailarina e criadora na Companhia de Dança do Palácio das Artes, no Estado de Minas Gerais no Brasil.[2]

Gaya é o nome inspirado na deusa da terra nas mitologias grega e romana, surgida do caos e da escuridão, e que é a origem e a base de todas as coisas que vieram depois dela, passou a ser o seu nome e a sua identidade enquanto mulher ‘trans’.[1]

Em fevereiro de 2019 mudou-se para Portugal e trabalhou com vários encenadores como ustavo Ciríaco no Em deriva; com Tiago Cadete no espetáculo Brasa e com Sónia Baptista no WOW, que teve apresentação na Culturgest, em Lisboa.[4]

Como drag queen teve a sua participação com a personagem “Babaya” no Miss Drag Lisboa 2019 onde venceu o primeiro lugar do concurso. Em 2020 participou no programa televisivo Got Talent Portugal 2020, no canal televisivo RTP, atingindo as semi-finais da edição desse ano. No teatro representou a personagem travesti “Agrado” como parte do elenco da encenação teatral de Tudo sobre a minha mãe, nome homónimo do filme de Pedro Almodóvar, com a direção de Daniel Gorjão.[1]

Gaya de Medeiros fundou a Plataforma “BRABA” com o objetivo de apoiar, viabilizar e financiar criações protagonizadas e direcionadas para a comunidade trans e não binária. A partir de 2022 Gaya iniciou a pesquisa para um espetáculo intitulado "E se nós (três pontos)” onde, através da poesia e da dança, procura desconstruir os papeis de género.[1]

Teatro

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  • 2023, Pai para Jantar[5]
  • 2023, BAqUE [6]
  • 2022, After Party (solo)
  • 2022, Wow, de Sónia Baptista[7]
  • 2021, Atlas da Boca[8]
  • 2021, Em Deriva, de Gustavo Ciríaco[9]
  • 2021, Brasa, de Tiago Cadete[10]
  • É o amor outra vez (solo)
  • Proteína Desnaturada (solo)

Cinema

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  • 2023, Um caroço de abacate[11]

Reconhecimentos e prémios

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Referências

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  1. a b c d e f g h «Gaya de Medeiros: "Não quero ser reduzida a uma ferida ou a um estigma social. Quero trazer narrativas que promovam a empatia"». Expresso. 13 de maio de 2022. Consultado em 11 de julho de 2023 
  2. a b c Meneses, Joana (2 de fevereiro de 2023). «Gaya de Medeiros apresenta BAqUE esta noite: Um espetáculo-concerto e uma celebração». Mais Guimarães. Consultado em 11 de julho de 2023 
  3. «Quatro jovens coreógrafos a conhecer no DDD». www2.jn.pt. 18 de abril de 2022. Consultado em 11 de julho de 2023 
  4. «"Tornei-me quem sou pela relação de amor com a transgeneridade", entrevista a Gaya de Medeiros | BUALA». www.buala.org. Consultado em 11 de julho de 2023 
  5. Lusa, Agência. «Marco Mendonça e Gaya de Medeiros na programação do Festival Alkantara em novembro». Observador. Consultado em 14 de julho de 2023 
  6. Frota, Gonçalo (16 de dezembro de 2022). «Gaya de Medeiros e os corpos da utopia». PÚBLICO. Consultado em 14 de julho de 2023 
  7. Frota, Gonçalo (13 de janeiro de 2022). «Há uma mosca gigante na sala de Sónia Baptista». PÚBLICO. Consultado em 14 de julho de 2023 
  8. Balona, Alexandra (24 de novembro de 2021). «Das ondas que não vemos às bocas que dão fala: Nacera Belaza e Gaya de Medeiros no Alkantara». PÚBLICO. Consultado em 14 de julho de 2023 
  9. «Em deriva (2010)». Fundação Calouste Gulbenkian. Consultado em 14 de julho de 2023 
  10. «BRASA, de Tiago Cadete no Teatro das Figuras». A voz do Algarve. Consultado em 14 de julho de 2023 
  11. a b Portugal, Rádio e Televisão de (2 de fevereiro de 2023). «"Um caroço de abacate" de Ary Zara eleito melhor filme queer em Clermont-Ferrand». "Um caroço de abacate" de Ary Zara eleito melhor filme queer em Clermont-Ferrand. Consultado em 14 de julho de 2023