Gerald Mayr
Gerald Mayr é um pesquisador alemão especializado em paleontologia e ornitologia. Mayr adquiriu seu doutorado em 1997 pela Universidade Humboldt de Berlim, por seu trabalho sobre coraciiformes, piciformes e aves de pequeno porte datadas do Eoceno Médio.[1] É membro da curadoria do Museu de História Natural de Senckenberg, em Frankfurt am Main, estado de Hesse, onde trabalha desde 1997 aos dias atuais.
Gerald Mayr | |
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Nascimento | Século XX Alemanha |
Nacionalidade | alemão |
Alma mater | Universidade Humboldt de Berlim |
Ocupação | paleontólogo, ornitólogo |
Empregador(a) | Museu de História Natural de Senckenberg |
Trabalho
editarDesde sua graduação na Universidade de Berlim, Gerald Mayr publicou uma série extensa de trabalhos sobre filogenética molecular e sobre os fósseis de aves do Paleogeno, principalmente no Rupeliano e Oligoceno, da Europa, encontrando e descrevendo uma quantidade significativa de espécies paleogénicas. É um especialista na avifauna pré-histórica do sítio fossilífero de Messel.[2] Em 1997, defendeu sua tese de doutorado sobre "Pequenos pássaros semelhantes a tarambolas e pica-paus do Eoceno Médio em Messel (Hesse, Alemanha)", estudo que seria publicado formalmente um ano depois, em 1998.[3]
Entre suas descrições de destaque estão, entre 1999 e 2014, as espécies Pumiliornis tessellatus,[4] que se destaca por ser um fóssil da primeira ave nectarívora conhecida; Eurotrochilus inexpectantus,[5] uma ave descoberta no final da década de 2000, sendo um dos primeiros beija-flores conhecidos, assim como o primeiro espécime de um troquilídeo de distribuição geográfica na Europa Central.[6] Uma outra descoberta de destaque seria a pseudodentada Pelagornis chilensis, conhecida por ser um dos maiores fósseis de aves existentes. Ainda, foi um dos responsáveis pela descoberta do décimo primeiro espécime de Archaeopteryx, encontrando evidências empíricas do relacionamento destas aves com os terópodes (como Deinonychosauria ou Dromaeosauridae).[7] Além disso, a descoberta também carecia de uma característica clara de ave que anteriormente era negligenciada nos outros espécimes ou não era tão claramente visível: o dedo traseiro não está apontando para trás, mas aberto para o lado.
Gerald Mayr publicou seus estudos em uma série de publicações periódicas especializadas de grande importância, como a revista The Auk,[8] publicada pela American Ornithologists' Union, sua correspondente anglo-saxônica publicada pela British Ornithologists' Union, The Ibis,[9] assim como publicações as especializadas em paleontologia, Naturwissenschaften e Paleontology, assim como o Journal of Zoological Systematics and Evolutionary Research.[10][11][12]
Publicações
editar- Mayr, Gerald (2009). Paleogene Fossil Birds. Berlin: Springer Science & Business Media. p. 115. ISBN 978-3540896272. OCLC 405547688
- Mayr, Gerald (dezembro de 2007). «Paläogene Vögel. Die Vogelschar vor Fink und Star». Biologie in unserer Zeit (6): 376–382. ISSN 0045-205X. doi:10.1002/biuz.200610353. Consultado em 20 de janeiro de 2023
- Peters, D. Stefan; Mayr, Gerald; Böhm, Karin (2004). «Ausgestorbene und gefährdete Vögel in den Sammlungen des Forschungsinstitutes und Naturmuseums Senckenberg. Ernst Mayr zum hundertsten Geburtstag gewidmet». Abhandlungen der Senckenbergischen Naturforschenden Gesellschaft. 560. Consultado em 20 de janeiro de 2023
Ver também
editarReferências
- ↑ «Team: Ornithologie». Senckenberg Gesellschaft für Naturforschung (em alemão). Consultado em 20 de janeiro de 2023
- ↑ «Ornithology Research Department Staff». Senckenbergische Naturforschende Gesellschaft. 30 de outubro de 2005. Consultado em 20 de janeiro de 2023. Arquivado do original em 30 de outubro de 2005
- ↑ Mayr, Gerald (1998). «"Coraciiforme" und "piciforme" Kleinvögel aus dem Mittel-Eozän der Grube Messel (Hessen, Deutschland)». Courier Forschungsinstitut Senckenberg (em alemão). 205. 101 páginas. ISBN 978-3-510-61068-6. Consultado em 19 de janeiro de 2023
- ↑ Mayr, Gerald (setembro de 2008). «Pumiliornis tessellatus Mayr, 1999 revisited — new data on the osteology and possible phylogenetic affinities of an enigmatic Middle Eocene bird». Paläontologische Zeitschrift (em inglês) (3): 247–253. ISSN 0031-0220. doi:10.1007/BF02988891. Consultado em 20 de janeiro de 2023
- ↑ Mayr, Gerald (7 de maio de 2004). «Old World Fossil Record of Modern-Type Hummingbirds». Science (em inglês) (5672): 861–864. Bibcode:2004Sci...304..861M. ISSN 0036-8075. JSTOR 3836924. PMID 15131303. doi:10.1126/science.1096856. Consultado em 20 de janeiro de 2023
- ↑ Perkins, Sid (8 de maio de 2004). «Ancient Buzzing». Science News (19). 292 páginas. JSTOR 4015151. doi:10.2307/4015151. Consultado em 20 de janeiro de 2023
- ↑ Mayr, Gerald (setembro de 2008). «A Skull of the Giant Bony-toothed Bird Dasornis (Aves: Pelagornithidae) from the Lower Eocene of the Isle of Sheppey». Palaeontology (em inglês) (5): 1107–1116. doi:10.1111/j.1475-4983.2008.00798.x. Consultado em 20 de janeiro de 2023
- ↑ Mayr, Gerald (abril de 1999). «A New Trogon from the Middle Oligocene of Céreste, France». The Auk (2): 427–434. doi:10.2307/4089376. Consultado em 20 de janeiro de 2023
- ↑ Mayr, Gerald (30 de junho de 2005). «New trogons from the early Tertiary of Germany: New trogons from the early Tertiary of Germany». Ibis (em inglês) (3): 512–518. doi:10.1111/j.1474-919x.2005.00421.x. Consultado em 20 de janeiro de 2023
- ↑ Mayr, Gerald; Zvonok, Evgenij (novembro de 2011). «Middle Eocene Pelagornithidae and Gaviiformes (Aves) from the Ukrainian Paratethys: Middle Eocene Birds from Ukraine». Palaeontology (em inglês) (6): 1347–1359. doi:10.1111/j.1475-4983.2011.01109.x. Consultado em 20 de janeiro de 2023
- ↑ Mayr, Gerald; Alvarenga, Herculano; Mourer-Chauviré, Cécile (novembro de 2011). «Out of Africa: Fossils shed light on the origin of the hoatzin, an iconic Neotropic bird». Naturwissenschaften (em inglês) (11): 961–966. ISSN 0028-1042. doi:10.1007/s00114-011-0849-1. Consultado em 20 de janeiro de 2023
- ↑ Mayr, Gerald (maio de 2010). «Phylogenetic relationships of the paraphyletic 'caprimulgiform' birds (nightjars and allies)». Journal of Zoological Systematics and Evolutionary Research (em inglês) (2): 126–137. doi:10.1111/j.1439-0469.2009.00552.x. Consultado em 20 de janeiro de 2023