Geraldo José de Almeida
Geraldo José de Almeida (São Paulo, 12 de março de 1919 — 16 de agosto de 1976) foi um narrador esportivo e radialista brasileiro. Criador de um estilo próprio de locução esportiva, Geraldo José conquistou a fama entre os admiradores do gênero. A partir de 1954, acompanhou a Seleção Brasileira de Futebol em Copas do Mundo até 1974.
Geraldo José de Almeida | |
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Nascimento | 12 de março de 1919 São Paulo, São Paulo, SP |
Morte | 16 de agosto de 1976 (57 anos) São Paulo, Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | locutor |
Vida
editarComeçou sua carreira aos 17 anos na Rádio Record, ao vencer um concurso público realizado pela emissora, trabalhando junto com Murilo Antunes Alves, onde permaneceu vinte e oito anos na emissora.[1] Como era menor de idade, o contrato profissional foi assinado pelo pai.[2] Torcedor do São Paulo, Geraldo não escondia sua paixão durante as transmissões.[3]
Por um curto período, trabalhou na Rádio Panamericana e na Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Fez também duas radionovelas na Rádio São Paulo. Voltou para a Rádio Record.[1][2]
De 1954 até 1966, Geraldo José de Almeida transmitiu todas as Copas do Mundo por rádio. A partir de 1954, passou a apresentar ao lado de Raul Tabajara o programa Mesa Redonda, que marcou época na história esportiva de São Paulo. Em 1968, foi para a Rádio Excelsior, e logo em seguida para a TV Excelsior, iniciando ali sua carreira na televisão, onde fez dupla com o comentarista Mario Moraes.[2]
Dois anos depois, foi para a Rede Globo, onde passou a ser conhecido nacionalmente. Fazendo dupla com o comentarista João Saldanha, Geraldo marcou sua carreira com a atuação na Copa do México, criando expressões como "Linda! Linda! Linda!", "Que que é isso, minha gente"!, "Mata no peito e baixa na terra!", "Ponta de bota" e "Seleção Canarinho do Brasil". Também chamava os jogadores de maneira peculiar: Pelé era o "Craque Café", Rivelino o "Garoto do Parque" e Tostão de "Mineirinho de Ouro".[1][2][4] O duo Almeida-Saldanha se repetiu na Copa da Alemanha, em 1974, mas em seguida, Geraldo José de Alemida saiu da Rede Globo por discordâncias com a emissora carioca e ficou dois anos em Porto Alegre, onde trabalhou na Rádio Difusora e na TV Difusora.[1][2]
Foi ainda presidente da ACEESP. Sua gestão foi marcada pela criação do jantar comemorativo, logo em seu primeiro ano comandando a entidade.[1] Em 1976 voltou para São Paulo, para a TV Record, onde trabalhou de abril a julho. O último grande evento narrado por Geraldo José de Almeida foi os Jogos Olímpicos de Montreal naquele mesmo ano. Faleceu um mês depois, de colelitíase, aos 57 anos.[1][2]
Casado com Dona Consuelo, teve quatro filhos. Um deles, Luiz Alfredo, seguiu seus passos como narrador esportivo.[1]
Em homenagem ao narrador, o Ginásio do Ibirapuera leva o nome de "Ginásio Estadual Geraldo José de Almeida".[5]
Bordões
editar- Linda! Linda! Linda! (quando um goleiro defendia)
- Olha lá, olha lá, no placar! (dito na hora do gol)
- Mata no peito e baixa na terra! (quando um jogador colocava a bola no peito e depois no chão)
- Que que é isso, minha gente! (quando um lance inacreditável acontecia)
- Ponta de bota (quando ele falava de algum ponta)
- Seleção Canarinho do Brasil! (citação a Seleção Brasileira, criando assim o apelido da equipe)
- Por pouco pouco, muito pouco, pouco mesmo! (quando alguém perdia uma boa chance de gol)
Referências
- ↑ a b c d e f g Ex-presidentes - ACEESP
- ↑ a b c d e f Geraldo José de Almeida (ex-radialista e narrador esportivo) - Site Oficial do Milton Neves, 7 de janeiro de 2009
- ↑ A dança das palavras - Boris Fausto - Mais!, Folha de S.Paulo, 15 de abril de 2007
- ↑ Geraldo José de Almeida - Memorial da Fama
- ↑ «Governo do Estado de São Paulo». Consultado em 27 de janeiro de 2009. Arquivado do original em 24 de maio de 2010