Gigantopithecus
Gigantopithecus (do grego gigas = gigante "γίγας", e pithecus = macaco "πίθηκος") é um gênero extinto de primata, que viveu no Pleistoceno – aproximadamente entre 5 milhões e 100 mil anos atrás[1] – na China, na Índia e no Vietnã, habitando região e época similares às dos primeiros hominídeos,[2] como, por exemplo, o Homo erectus. Os fósseis encontrados sugerem que o Gigantopithecus foi a maior espécie de primata que já viveu. Era provavelmente quadrúpede e herbívoro, sendo o bambu o alimento principal em sua dieta, que era suprida com frutas – embora alguns paleantropólogos afirmem tratar-se de um onívoro.
Gigantopithecus | |||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||
Pré histórica | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Gigantopithecus blacki (von Koenigswald, 1935) | |||||||||||||||
Espécies | |||||||||||||||
A razão pela qual o Gigantopithecus foi extinto ainda é controversa. Alguns pesquisadores acreditam que sua extinção se deve às mudanças climáticas ocorridas em seu habitat; outros apontam, entre outras razões, a competição de espécies mais adaptadas ao mesmo ambiente ocupado pelo Gigantopithecus – florestas. À medida em que a Idade do Gelo avançava, as florestas que o primata habitava encolhiam, prejudicando sua alimentação. Já no Pleistoceno, não havia alimentos suficientes para ele.[3]
Pesquisas paleoantropológicas realizadas nos diversos dentes encontrados em um sítio na caverna de Liuzhou, na China, e em alguns encontrados em sítios no Vietnã, sugerem que o Gigantopithecus habitou quase toda região leste da Ásia. Uma espécie diferente, o Gigantopithecus giganteus, também foi encontrada ao norte da índia.
Com base nos dentes fósseis – inicialmente molares de aproximadamente 2,5 centímetros (recuperados em lojas de medicina chinesa tradicional), sabe-se que o Gigantopithecus tinha mais ou menos 3 metros de altura e pesava algo entre 300 e 500 kg – de duas a três vezes mais que os atuais gorilas.[1][4][5]
Fósseis
editarOs primeiros vestígios dos Gigantopithecus, descritos por um antropólogo foram encontrados em 1935 por Ralph von Koenigswald em uma botica.[6] Dentes e ossos fossilizados são frequentemente triturados até virar pó e utilizados em alguns ramos da medicina tradicional chinesa.
Referências
- ↑ a b Christmas, Jane (7 de novembro de 2005). «Giant Ape lived alongside humans». McMaster University. Consultado em 6 de dezembro de 2007. Arquivado do original em 6 de fevereiro de 2012
- ↑ Ciochon, R.; et al. (1996). «Dated Co-Occurrence of Homo erectus and Gigantopithecus from Tham Khuyen Cave, Vietnam» (PDF). Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America. 93 (7): 3016–3020. PMC 39753 . PMID 8610161. doi:10.1073/pnas.93.7.3016. Consultado em 6 de dezembro de 2007. Arquivado do original (PDF) em 31 de julho de 2008
- ↑ Real-Life King Kong Died Because It Wouldn't Change Its Diet, Study Says por Ed Mazza em "The Huffington Post" (2016)
- ↑ Coichon, R. (1991). «The ape that was – Asian fossils reveal humanity's giant cousin». Natural History. 100: 54–62. ISSN 0028-0712. Consultado em 6 de dezembro de 2007. Arquivado do original em 25 de maio de 2015
- ↑ Pettifor, Eric (2000) [1995]. «From the Teeth of the Dragon: Gigantopithecus Blacki». Selected Readings in Physical Anthropology. [S.l.]: Kendall/Hunt Publishing Company. pp. 143–149. ISBN 0-7872-7155-1. Consultado em 30 de janeiro de 2008
- ↑ «How Gigantopithecus was discovered». The University of Iowa Museum of Natural History. Consultado em 6 de dezembro de 2007. Arquivado do original em 12 de outubro de 2007