Giovanni Schiaparelli
Giovanni Virginio Schiaparelli (Savigliano, 14 de março de 1835 — Milão, 4 de julho de 1910)[3][4][5] foi um astrónomo italiano, que (inadvertidamente) popularizou a falsa ideia de canais artificiais na superfície de Marte. Foi o primeiro a criar um mapa daquele planeta.[6]
Giovanni Schiaparelli | |
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Nascimento | 14 de março de 1835[1] Savigliano |
Morte | 4 de julho de 1910 (75 anos) Milão |
Sepultamento | Cemitério Monumental de Milão |
Nacionalidade | Italiano |
Cidadania | Reino de Itália |
Irmão(ã)(s) | Celestino Schiaparelli |
Alma mater | |
Ocupação | astrônomo, político, descobridor de asteroides, matemático |
Distinções | Medalha de Ouro da RAS (1872)[2] Medalha Cothenius (1876) Prêmio Lalande (1890), Medalha Bruce (1902) |
Empregador(a) | Observatório de Pulkovo, Observatório Astronômico de Brera |
Campo(s) | Astronomia |
Carreira
editarEstudou na Universidade de Turim e no Observatório de Berlim. Trabalhou mais de quarenta anos no Observatório Astronômico de Brera.
Dentre as contribuições de Schiaparelli estão suas observações telescópicas de Marte. Em suas observações iniciais, ele nomeou os "mares" e "continentes" de Marte. Ele observou uma densa rede de estruturas lineares sobre a superfície de Marte, que ele chamava de "canali", em italiano "estreito". O termo indica tanto uma construção artificial como uma configuração natural do terreno. A partir disto, diversas hipóteses sobre a vida em Marte derivados dos "canais" logo se tornaram famosas, dando origem a ondas de hipóteses, especulação e folclore sobre a possibilidade de vida lá. Entre os mais fervorosos apoiantes dos canais artificiais estava o célebre astrônomo americano Percival Lowell que passou grande parte de sua vida tentando provar a existência de vida inteligente no planeta vermelho. Mais tarde, porém, graças às observações do astrônomo italiano Vicenzo Cerulli, foi possível determinar que os famosos canais eram realmente simples ilusões ópticas.
Em seu livro Vida em Marte, Schiaparelli escreve: "Ao invés de canais de verdade, uma forma familiar para nós, temos de imaginar depressões no solo que não são muito profundas, prorrogadas em uma direção reta de milhares de quilômetros, mais uma largura de 100, 200 km e talvez mais. Eu já assinalei que, na ausência de chuva em Marte, estes canais são provavelmente o principal mecanismo pelo qual a água (e com ela a vida orgânica) podem se espalhar sobre a superfície seca do planeta".
Tio-avô da estilista italiana Elsa Schiaparelli.
Publicações selecionadas
editar- Sulla determinazione della posizione geografica dei luoghi per mezzo di osservazioni astronomiche (em italiano). Milão: [s.n.] 1872
- 1873 – Le stelle cadenti (The Falling Stars)
- Osservazioni sulle stelle doppie (em italiano). Milão: Hoepli. 1888
- Sulla distribuzione apparente delle stelle visibili ad occhio nudo (em italiano). Milano: Hoepli. 1889. Bibcode:1889sdas.book.....S
- 1893 – La vita sul pianeta Marte (Life on Mars)
- 1925 – Scritti sulla storia della astronomia antica (Escritos sobre a História da Astronomia Clássica) em três volumes. Bolonha. Reimpressão: Milão, Mimesis, 1997.
Referências
- ↑ Senato Website
- ↑ «Gold Medal Winners» (pdf) (em inglês). Royal Astronomical Society. Consultado em 17 de novembro de 2017. Cópia arquivada em 15 de setembro de 2017
- ↑ ApJ 32 (1910) 313
- ↑ MNRAS 71 (1911) 282
- ↑ PASP 22 (1910) 164
- ↑ Le Mani su Marte: I diari di G.V. Schiaparelli. Observational diaries, manuscripts & drawings. Historical Archive of Brera Observatory
Ligações externas
editar- Le Mani su Marte: I diari di G.V. Schiaparelli. Diários observacionais, manuscritos e desenhos. Arquivo Histórico do Observatório de Brera. (em italiano)
- Obras de Giovanni Virginio Schiaparelli (em inglês) no Projeto Gutenberg
- Obras de ou sobre Giovanni Schiaparelli no Internet Archive
Obituários
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Precedido por Charles-Eugène Delaunay |
Medalha de Ouro da Royal Astronomical Society 1872 |
Sucedido por Simon Newcomb |