Glory hole
Os glory holes (literalmente buracos de glória) são buracos nas paredes ou divisórias dos cubículos de casas de banho públicas ou de videocabinas para adultos, que servem para observar a pessoa ao lado enquanto uma ou ambas as partes se masturbam ou para manter relações sexuais com ela.[1]
Os glory holes estão especialmente associados à cultura gay masculina e ao sexo anal ou oral, e têm origem numa longa história de proibição e perseguição.[1][2] A divisória mantém o anonimato e dá uma sensação de que os participantes não podem ser identificados, o que poderia ter consequências sociais ou penais graves.[3] No entanto, deixaram de ser utilizados exclusivamente por gays e passaram a ser conhecidos como um fetiche de casais heterossexuais e bissexuais.[4]
Os glory holes públicos começaram a perder popularidade com a descriminalização da homossexualidade e com a pandemia da HIV/SIDA. Um estudo de 2001, no Journal of Homosexuality, revelou que os glory holes públicos continuavam a ser populares entre muitos homens gay "simplesmente porque os achavam excitantes e/ou convenientes".[5]
Referências
- ↑ a b Murphy, Timothy F. (1994). Gay Ethics: Controversies in Outing, Civil Rights, and Sexual Science. [S.l.]: Haworth Press. 237 páginas. ISBN 978-1-56023-056-4. Consultado em 31 de dezembro de 2007
- ↑ Burger, John Robert (1995). One-Handed Histories: The Eroto-Politics of Gay Male Video. [S.l.]: Haworth Press. ISBN 1-56024-860-2. Consultado em 31 de dezembro de 2007
- ↑ Murphy, Rhodes (29 de julho de 2019). «Who Do We Have to Thank for "Glory Holes"—Glass Blowers or Gays?». Slate Magazine (em inglês). Consultado em 27 de julho de 2020
- ↑ «We Asked People Why They Use Glory Holes. Boy, Did They Answer.». BuzzFeed News (em inglês). Consultado em 27 de julho de 2020
- ↑ Murphy, Rhodes (29 de julho de 2019). «Who Do We Have to Thank for "Glory Holes"—Glass Blowers or Gays?». Slate Magazine (em inglês). Consultado em 27 de julho de 2020