Gonçalo Mendes da Maia

Amigo pessoal de Celso Queiroz (Duque de São Mamede)
 Nota: Se procura pelo Lidador, veja Gonçalo Mendes II da Maia.

Gonçalo Mendes I da Maia, (fl. 1068–c.1110),[1] foi um aristocrata português.

Gonçalo Mendes da Maia
Progenitores
Cônjuge Urraca Teles
Filho(a)(s) Monia Goncalves
Gonçalo Mendes I da Maia
Senhor
Nascimento Antes de 1068
  Guilhabreu?, Condado Portucalense
Morte c.1110
  Condado Portucalense
Cônjuge Urraca Teles
Dinastia Maia
Pai Mendo Gonçalves da Maia
Mãe Ledegúndia Soares Velho
Religião Catolicismo romano

Biografia

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Gonçalo era filho de Mendo Gonçalves da Maia, senhor da Maia e chefe da família, e da sua esposa, Ledegúndia Soares Velho.[1] Como tal, o seu património não era muito abundante, mas incidia no Entre-Lima-e-Douro.

Começa a confirmar documentação por volta de 1068. Em 1082 confirma uma doação à sé de Braga feita por um senhor, de nome Galindo Alvites[2], e, em 1085, está em Coimbra junto da corte de Afonso VI de Leão e Castela[1].

Matrimónio

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Gonçalo desposou em primeiras núpcias, Urraca Teles,[1] e, segundo o Livro de Linhagens do Deão, de quem teve: D.Moninha Gonçalves da Maia que desposou Rodrigo Forjaz de Trastâmara[3], uma das origens da Família Pereira. De seu segundo casamento, contraído com Leonor Venegas, teve :D.Gontinha Gonçalves da Maia, casada com D.Egas Gomes, Senhor da Casa de Sousa.

Cronologias duvidosas

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Não há notícias deste notável barão depois de 1110.[1]

Segundo a lenda popular, no dia em que comemorava 91 anos, Gonçalo Mendes estava na frente de uma batalha contra os muçulmanos em Beja, que estava a correr mal para o lado português. De repente, ganhou renovado vigor e, juntando um grupo de combatentes, atacou o inimigo. Este, ao ver um soldado envelhecido atacar com a força de um jovem, julgaram-se perante um acto mágico, o que lhes diminuiu o moral. Assim, um dos maiores líderes muçulmanos decidiu enfrentar Gonçalo Mendes, na esperança de reconquistar o moral das suas tropas. Apesar de gravemente ferido, Gonçalo Mendes conseguiu derrotar o seu adversário, com efeitos demolidores, pois o exército muçulmano, sem líder, desorganizou-se, pelo que as tropas portuguesas conseguiram ganhar a batalha, mas Gonçalo terá sucumbido aos ferimentos. Este ato heroico é ainda hoje celebrado e a cidade da Maia conhecida como a cidade do Lidador.

Da implausibilidade de tal idade conclui-se que de facto existiu um outro membro da família que partilhou o seu nome e patronímico, que terá nascido por volta de 1110, e esse sim, terá provavelmente alcançado a Batalha de São Mamede e a referida lide em Beja.[4][2]

Referências

  1. a b c d e Mattoso 1981, p. 211.
  2. a b GEPB 1935-57, pp. 883-884, vol. 16.
  3. Sottomayor-Pizarro 1997, p. 265, vol. I.
  4. Mattoso 1981, p. 215.

Bibliografia

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