Goryeo
A Dinastia Goryeo ou Koryŏ (918-1392) foi uma dinastia coreana estabelecida em 918 pelo Imperador Taejo. A Coreia recebeu o nome deste reino, que veio a ser pronunciado "Coreia". Ela uniu os últimos Três Reinos, em 936, e governou a maior parte da península coreana, até que foi removida pela dinastia Joseon, em 1392. Goryeo expandiu as suas fronteiras para a atual Wonsan no nordeste (936-943) e o Rio Amnok (993) e, finalmente, quase toda a península coreana (1374).
Reino de Goryeo | |||||
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Continente | Ásia | ||||
País | Coreia do Sul | ||||
Capital | Kaesong (919-1232) Gangwha (1232-1270) Kaesong (1270-1392) | ||||
Governo | monarquia | ||||
História | |||||
• 918 | Fundação | ||||
• 1392 | Dissolução |
Dois dos mais notáveis produtos deste período são a cerâmica celadon de Goryeo e a Tripitaka Koreana - as escrituras budistas (Tripitaka) esculpidas em cerca de 80.000 blocos de madeira foram armazenados, e ainda se mantém, em Haeinsa. Goryeo também criou uma das primeiras prensas móveis de base metálica em 1234 e o mais antigo sobrevivente dessas prensas, a Jikji, foi feita em 1377.
Em 668, Silla conquistou Baekje e Goguryeo com a ajuda da Dinastia Tang, mas o fim do Século IX era titubeante, monarcas sendo pouco imaginativos e sendo pressionados pelo poder do poderosos estadistas. Muitos assaltantes e foras da lei surgem e em 900 Gyeon Hwon se revolta contra Silla pelo controle da região de Jeolla como Hubaekje e no próximo ano Gung Ye revolta as regiões do norte como Hugoguryeo (Taebong). Um filho de um lorde regional, Wang Geon, entrou em Hugoguryeo como general.
Hugoguryeo caiu quando Wang Geon se revoltaram e mataram Gung Ye em 918, e o cambaleante Silla foi demasiadamente dominado por Goryeo e Hubaekje e se entregou à Goryeo em 935. Em 936 Hubaekje se rendeu e Goryeo iniciou uma ininterrupta dinastia que governou a Coreia por 474 anos.
Até o século XIV Goryeo cambaleou sob o controle da Dinastia Yuan, e o general Yi Seonggye se revoltou e derrubou o último rei de Goryeo, Rei Gongyang em 1392. Gongyang foi morto em 1394.
O nome "Goryeo" é derivado de "Goguryeo", um dos antigos Três Reinos da Coreia. O nome "Coreia" deriva de "Goryeo".
Cultura e artes
editarCerâmica
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Jarra em forma de dragão. Céladon, época Goryeo. Museu Nacional da Coréia.
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Vaso Maebyeong com sanggam (Tesouro Nacional No. 68)
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Jarra. Grês com decoração gravada e incisa sob esmalte céladon. Met Museum.
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Garrafa decorada com grous e nuvens. Barbotina branca e escura sob a cobertura céladon. Dayton Art Institute
Durante o período da dinastia Goryeo (918–1392), a produção de cerâmica do tipo céladon (청자, cheongja) se destacou e se tornou mais abundante do que a porcelana branca. Por esse motivo esta época é conhecida como "período céladon"; tida por muitos como a mais fina da história da cerâmica coreana[1]. Nascido na China, o céladon começou a ser produzido na Córeia no início do século IX-X e perdurará até o início do século XV. Inicialmente este tipo de louça se voltava à demanda de louças para chá. Torna-se independente no século XI, e tem seu apogeu no século XII, principalmente em Gangjin. O céladon coreano, produzido durante este curto período da dinastia Goryeo, consegue se distinguir do céladon chinês pela cor de jade (bisaek)[2]; será elogiado pelos literatos chineses mesmo durante o auge da produção do céladon chinês na dinastia Song. Paralelamente, desenvolve-se a técnica decorativa de incrustação de desenhos com a aplicação de engobes (sanggam) e de esgrafito. A cerâmica céladon Goryeo será marcada por desenhos geométricos, filas de flores, painéis elípticos, peixes e insectos estilizados, podendo surgir em várias formas, desde garrafas, caixinhas, vasos em forma de melão com motivos de flores de lótus. Os temas mais comuns são as garças e as nuvens, símbolos auspiciosos de boa sorte e longevidade. No século XIV, o céladon é simplificado, tem cores mais escuras, é usado em objetos cotidianos. É a decadência do celadon Goryeo e o começo da era do estilo Buncheong, a cerâmica representativa do período Joseon.
Acredita-se que o termo céladon derive do nome de um herói de uma comédia pastoral francesa do século XVII, sendo que a cor da túnica de céladon lembrava aos europeus da distinta cor verde do esmalte da cerâmica chinesa, de onde é originário o céladon. Alguns acadêmicos não concordam com esta nomenclatura arbitrária e romântica, mas no entanto o termo consegue captar as tonalidades esverdeadas e azuladas deste tipo de cerâmica, por vezes complementada com gravações e compostos como óxido de carvão (preto ou castanho) e óxido de cobre (vermelho) e também com ouro.
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