Grupo de Puebla
Grupo de Puebla é um fórum político e acadêmico composto por representantes políticos de esquerda do mundo.[1] Fundado em 12 de Julho de 2019 na cidade mexicana de Puebla. Segundo seus fundadores, o principal objetivo é articular ideias, modelos produtivos, programas de desenvolvimento e políticas de Estado progressistas.[2]
Lema | "Un nuevo impulso progresista. El cambio es el progresismo." |
Fundação | 12 de julho de 2019 (5 anos) |
Estado legal | Ativo |
Propósito | Organização internacional Ideologia: Progressismo Posição: Centro-esquerda Esquerda Cores: Rosa Amarelo Azul-celeste Roxo Think tank: Centro de estudios estratégicos de relaciones internacionales |
Sítio oficial | Grupodepuebla.org (em castelhano) |
É composto por presidentes, ex-presidentes, referencias políticos e sociais dentro do movimento socialista e acadêmicos de 12 países de língua espanhola.
Observadores apontam o Grupo de Puebla como o sucessor-substituto do Foro de São Paulo.[3]
História
editarEm 12 de julho de 2019 e por três dias consecutivos, mais de trinta líderes políticos do mundo se encontraram no Encuentro Latinoamericano ProgresivaMente,[4] realizado na cidade de Puebla de los Ángeles, no México. O encontro foi organizado pela fundação de origem chilena Progresa e a fundação argentina CEERI (Centro de estudios estratégicos de relaciones internacionales).
Encontros
editarDesde a sua oficialização na cidade de Puebla, o grupo estabeleceu duas reuniões anuais para o fórum. A segunda reunião foi realizada na cidade de Buenos Aires, Argentina, nos dias 9, 10 e 11 de novembro de 2019.[5]
N.º | Local: | Datas: | Participantes: |
---|---|---|---|
1 | Puebla, México | 12, 13 e 14 de Julho de 2019 | 30 líderes de 10 países |
2 | Buenos Aires, Argentina | 8, 9 e 10 de Novembro de 2019 | 32 líderes de 12 países |
Participantes
editarO Grupo de Puebla tem 32 membros. Entre os participantes, destacam-se o atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e sete ex-presidentes: Ernesto Samper, da Colômbia; José Luis Rodríguez Zapatero, da Espanha; Rafael Correa, do Equador; Leonel Fernández, da República Dominicana; Fernando Lugo, do Paraguai, e Dilma Rousseff do Brasil.
Há também quatro ex-candidatos à presidência de seus respectivos países: Fernando Haddad, ministro da fazenda do Brasil; Cuauhtémoc Cárdenas, mexicano e fundador do PRD (Partido da Revolução Democrática); Clara López Obregón, ex-ministra do Trabalho da Colômbia; e Marco Enríquez-Ominami, do Chile.[6]
É composto também pelo ex-presidente da Argentina, Alberto Fernández, por Daniel Martínez Villamil, ex-candidato à presidência da Frente Ampla (Uruguai), Hebe de Bonafini, co-fundadora das Mães da Praça de Maio, Verónika Mendoza, ex-candidata à presidência do Peru e ex-deputada[7] e Irene Montero, ministra da Igualdade do governo da Espanha.[8]
Críticas
editarO cientista político Rui Tavares Maluf, da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, afirma que a influência,tanto o Foro de São Paulo quanto o Grupo de Puebla, são superestimadas "até porque, se fossem tão influentes não estariam quase todos fora do poder. Essas organizações existem como arenas de debate. Insistir em vê-las como influenciadoras da geopolítica continental é pura teoria da conspiração."[9]
Já o coordenador do Vente Venezuela,[10] Pedro A. Urruchurtu, declarou: "Você já ouviu falar sobre o 'Grupo de Puebla'? Preste atenção a este tópico e você entenderá por que muito do que está acontecendo na América Latina sob o pretexto de 'protestos sociais' tem um interesse muito sombrio por trás: acabar com o Grupo de Lima / desestabilizar a região."[9]
Ver também
editarReferências
- ↑ Pérez Sarmenti, Iván (8 de novembro de 2019). «Grupo de Puebla: 30 líderes progresistas de América Latina se reúnen en Buenos Aires». CNN (em castelhano). Consultado em 13 de janeiro de 2020
- ↑ «Qué es el Grupo de Puebla, el nuevo eje progresista de América Latina al que apunta Alberto Fernández». La Nación (em castelhano). 1 de novembro de 2019. Consultado em 13 de janeiro de 2020
- ↑ «Maduro anuncia nova edição do Foro de São Paulo, mas com presença esvaziada». Jornal do Brasil. 9 de janeiro de 2019. Consultado em 13 de janeiro de 2020
- ↑ Contreras, Hipólito (15 de julho de 2019). «Encuentro Latinoamericano ProgresivaMente, un nuevo impulso progresista». Desdepuebla.com (em castelhano). Consultado em 13 de janeiro de 2020
- ↑ «Grupo de Puebla inicia II encuentro en Buenos Aires, Argentina». Telesur (em castelhano). 8 de novembro de 2019. Consultado em 13 de janeiro de 2020
- ↑ Enríquez-Ominami, Marco (31 de outubro de 2019). «El Grupo de Puebla o el progresismo como campo de batalla». Perfil (em castelhano). Consultado em 13 de janeiro de 2020
- ↑ Alba, Alejandro (9 de novembro de 2019). «Encabezado por Fernández y Rousseff, el Grupo de Puebla se reunió este sábado en Buenos Aires». Diarioperfil (em castelhano). Consultado em 13 de janeiro de 2020
- ↑ «Ministra de la Igualdad de España se une al Grupo de Puebla a un año de su constitución». Grupo de Puebla (em espanhol). 13 de junho de 2020. Consultado em 16 de outubro de 2020
- ↑ a b Veleda, Raphael (22 de outubro de 2019). «Foro de São Paulo é coisa do passado? Conheça o 'Grupo de Puebla'». Metrópoles. Consultado em 13 de janeiro de 2020
- ↑ «Vente Venezuela». (em castelhano) e (em inglês). Consultado em 13 de janeiro de 2020
Ligações externas
editar- «Grupo de Puebla». Site oficial (em castelhano). Consultado em 13 de janeiro de 2020
- «Progresivamente». (em castelhano). Consultado em 13 de janeiro de 2020
- «Fundación Progresar». (em castelhano). Consultado em 13 de janeiro de 2020