Henri Drouët (Troyes, 27 de novembro de 1829Dijon, 16 de março de 1900) foi um malacologista francês que se destacou no estudo dos moluscos do sudoeste da França e da Macaronésia.[1][2]

Henri Drouët
Nascimento 27 de novembro de 1829
Troyes
Morte 16 de março de 1900 (70 anos)
Dijon
Cidadania França
Ocupação malacólogo, jurista, escritor de viagens, botânico

Biografia

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Funcionário superior da administração pública francesa, ocupou diversos lugares em França e nas regiões ultramarinas francesas. Terminou a sua carreira como chefe de gabinete da administração da Prefeitura de Vienne.

Em 1857, acompanhou Arthur Morelet numa viagem de exploração científica aos Açores, a mais extensiva de todas até então realizadas naquela arquipélago, pois apenas a ilha de São Jorge não foi visitada.[1] A expedição investigou a fauna e a flora do arquipélago, para além de elaborar um relatório científico entregue ao rei D. Pedro V, que recebeu os investigadores na sua passagem por Lisboa. Os resultados das observações foram publicados ao longo dos anos seguintes, produzindo um corpo científico que se mantém relevante.

Depois de reformado, fixou-se em Dijon, dedicando-se aos trabalhos da Société Académique d'Agriculture, des Sciences, Arts et Belles-Lettres du Département de l'Aube para a qual tinha sido eleito sócio em 1868.[1] Os seus estudos tiveram por objectivo principal os moluscos de água doce com que adquiriu projecção internacional, tornando-se num dos malacólogos mais reputados e especialista na fauna malacológica do sueste da França. Era o mais reputado especialista do seu tempo no grupo dos Unionidae, uma família de mexilhões de água doce, ao tempo frequentemente referido por moluscos acéfalos de água doce, táxon sobre o qual publicou diversos artigos.

A atenção do naturalista foi ainda para diversos aspectos da vida açoriana que estão fixados no itinerário da viagem e no relatório apresentado ao rei D. Pedro V de Portugal.[1]

Na sua obra Catalogue de la Flore des Îles Açores precédé de L’Itinéraire d’un Voyage dans cet Archipel, relaciona um total de 736 espécies e variedades, incluindo algas marinhas e plantas terrestres dos Açores.[3]

Bibliografia

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  • Enumération des mollusques terrestres et fluviatiles vivants de la France continentale. Liège : H. Dessain, 1855.
  • "Conchologie Azoricae prodomus novarum specierum diagnoses sistens". Journal de Conchologie, (2), 2, 6: 148-153 (com Arthur Morelet), 1857.
  • "Mollusques marins des îles Açores", Mémoires de la Société académique de l'Aube, 22: 1-53, 1858.
  • "Coléoptères açoréens", Revue et Magazine de Zoologie, (2) 11: 248, 1859.
  • Éléments de la Faune Açoréenne. Paris, J.-B. Baillière & Fils, 1861.
  • Catalogue de la Flore des îles Açores précédé de l'itinéraire d'un voyage dans cet archipel. Paris, J.-B. Baillière & Fils, 1866.

Referências

  1. a b c d Henri Drouët na Enciclopédia Açoriana.
  2. Philippe Dautzenberg (1901), "Nécrologie, Henri Drouët". Journal de conchyliologie, 49: 71-73.
  3. «A Descoberta da História Botânica dos Açores, as Plantas e os Cientistas». Historia Botanica dos Açores. Consultado em 9 de agosto de 2012. Cópia arquivada em 18 de novembro de 2012 

Ligações externas

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