Hesbom, identificado com a atual Tel Hisbã, era uma cidade em ruínas, situada a uns 20 km a sudoeste de Rabá (ou Amã). Fica quase a meio caminho entre o Arnom e o Jaboque.[1] Ainda não se encontraram ali restos arqueológicos que remontassem ao período cananeu. Um grande reservatório em ruínas fica a curta distância ao leste de Hesbom, e a uns 180 m abaixo da cidade, encontra-se uma fonte que produziu uma sequência de tanques.[2]

História

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Seom, o rei dos amorreus, capturou Hesbom dos moabitas e fez dela sua residência real. A derrota dos moabitas até mesmo forneceu a base para um dito zombeteiro, de origem quer amorreia, quer israelita. Caso este dito se tenha originado dos amorreus, escarnecia os moabitas e comemorava a vitória de Seom. Mas, se foi originado pelos israelitas, indicava que, assim como Seom arrebatara Hesbom dos moabitas, assim Israel tomaria esta cidade e outras dos amorreus. A zombaria seria então no sentido de que a vitória de Seom preparou o caminho para os israelitas tomarem posse da terra, à qual de outro modo não teriam direito.[3]

Quando o Seom se negou a deixar os israelitas, sob Moisés, atravessar pacificamente a sua terra, e, em vez disso, preparou-se para combatê-los, Jeová deu ao seu povo a vitória sobre Seom. As cidades amorreias, sem dúvida incluindo Hesbom, foram devotadas à destruição.[4] Depois disso, os rubenitas reconstruíram Hesbom, sendo ela incluída entre as cidades que Moisés lhes deu. Como cidade fronteiriça entre Rubem e Gade, Hesbom tornou-se mais tarde parte do território de Gade e é citada como uma das quatro cidades gaditas designadas aos levitas.[5]

Num período posterior, Hesbom evidentemente passou a estar sob controle moabita, conforme é indicado tanto por Isaías como por Jeremias a mencionarem nas suas pronúncias de ruína contra Moabe.[6] Jeremias também se refere a esta cidade numa pronúncia contra Amom.[7] Alguns comentadores entendem que isto indica que Hesbom havia então passado para mãos amonitas. Outros sugerem que isto talvez signifique que Hesbom, de Moabe, também sofreria a mesma sorte que Ai, ou que se falava duma Hesbom diferente, no território de Amom.

Segundo o historiador judeu Josefo, Hesbom estava nas mãos dos judeus na época de Alexandre Janeu (103-76 AEC). Mais tarde, Herodes, o Grande, teve jurisdição sobre essa cidade.[8]

Bibliografia

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Referências

  1. Josué 12:2
  2. Cântico de Salomão 7:4
  3. Números 21:26-30
  4. Deuteronômio 2:26-36
  5. Josué 21:38, 39
  6. Isaías 15:4; 16:7-9; Jeremias 48:2, 34, 45
  7. Jeremias 49:1, 3
  8. Jewish Antiquities (Antiguidades Judaicas), XIII, 395-397 (xv, 4); XV, 294 (viii, 5)