Igreja de São Julião de Setúbal
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A Igreja de São Julião fica situada em Setúbal, na Praça de Bocage, na freguesia de Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça).
A Igreja de São Julião está classificada como Monumento Nacional desde 1910.[1]
Construção e reconstruções
editarA fundação da Igreja de São Julião teve lugar em data incerta da segunda metade do século XIII.
Em 1513, D. Manuel I ordenou a sua reconstrução[2]. A obra decorreu entre 1516 e 1520, sendo o traçado da igreja atribuído a João de Castilho e a direção da obra ao mestre pedreiro João Favacho[3].
Em 1570 volta a ser objeto de uma reedificação devido para reparação dos danos provocados pelo terramoto de 1531.
O terramoto de 1755 volta a danificá-la seriamente, sendo objeto de uma nova reconstrução no final do século XVIII.
Da reconstrução manuelina restam o portal principal (oeste), o portal lateral virado a norte e a porta da torre sineira[4].
Azulejos
editarAs paredes das naves, da capela-mor e da capela do Senhor dos Passos estão revestidas com painéis de azulejos recortados, com cercadura rococó polícroma e rodapé marmoreado.
Os azulejos datam de cerca de 1790.
Os painéis das naves têm como tema passos da vida de São Julião e de Santa Basilissa[5].
Pintura
editarNa reconstrução manuelina a igreja foi decorada com um retábulo atribuído ao pintor Gregório Lopes, ou à sua oficina, de que resta a tábua Criação de Adão[6].
Referências
- ↑ Ficha na base de dados SIPA
- ↑ «Por carta régia de 2 de fevereiro de 1513 ordenou el-rei D. Manuel que se processe a uma reconstrução do templo, por se achar muito arruinado.» Cf. BARBOSA, Inácio de Vilhena. Monumentos de Portugal: históricos, artisticos e archeologicos. Lisboa: Castro Irmão, 1886. pp. 497-500.
- ↑ VITERBO, Sousa Francisco Marques Mendes de. Dicionário Histórico e Documental dos Arquitectos, Engenheiros e Construtores Portugueses. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1988. Reimpressão facsimilada da obra editada em 1899. Sv Favacho (João), vol 1, pg 317-319.
- ↑ PEREIRA, Fernando António Baptista. «Sobre o Manuelino de Setúbal», in CLARO, Rogério Peres (coord.). Setúbal na História. Setúbal: Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão, 1990, pp. 123-146.
- ↑ SIMÕES, J. M. dos Santos. A Azulejaria em Portugal no Século XVIII. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1979, pg. 382.
- ↑ PEREIRA, Fernando António Baptista, obra citada.