Igreja de Santa Maria (Sintra)

igreja em Sintra

A Igreja de Santa Maria localiza-se na freguesia de Sintra (Santa Maria e São Miguel, São Martinho e São Pedro de Penaferrim), no município de Sintra, distrito de Lisboa, sendo a principal edificação em estilo gótico existente actualmente na vila.[1]

Igreja de Santa Maria de Sintra
Igreja de Santa Maria (Sintra)
Fachada principal da igreja com portal gótico inserido em gablete
Informações gerais
Estilo dominante Gótico, Manuelino
Início da construção meados do século XIV
Fim da construção séculos XVI, XVIII
Restauro século XX
Função inicial Igreja paroquial
Proprietário atual Estado Português
Função atual Religiosa (igreja paroquial)
Religião Igreja Católica Romana
Diocese Arquidiocese de Lisboa
Património de Portugal
Classificação  Monumento Nacional
Ano 1922
DGPC 69881
SIPA 6132
Geografia
País Portugal
Cidade Sintra
Coordenadas 38° 47′ 38″ N, 9° 23′ 05″ O
Mapa
Localização em mapa dinâmico

Está classificada como Monumento Nacional desde 1922.[2] A igreja é parte da Paisagem Cultural de Sintra, classificada como Património Mundial pela UNESCO.[3]

História

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Foi erguida originalmente na segunda metade do século XII, no contexto da conquista de Sintra por Afonso I de Portugal e da criação pelo monarca de quatro paróquias na vila.[2] Essa primeira igreja, de pequenas dimensões, servia a paróquia de Santa Maria,[2] que era o principal arrabalde da vila.[1] Em 1254 foi instituída a Colegiada de Santa Maria, pero prior Lourenço Anes.[2]

Em finais do século XIII ou, mais provavelmente, em meados do século XIV, a igreja foi totalmente recostruída em estilo gótico, datando dessa época sua aparência geral actual.[1] Sabe-se que em 1440 a capela-mor foi reformada por Luís Pires, capelão de Afonso V.[2] A reforma mais importante, porém, foi a realizada a partir de 1506 por D. João Lopo, bispo de Tânger, que era vigário de Santa Maria.[2] Entre 1506 e 1521 foi construído um coro-alto na entrada da igreja, os portais góticos foram modificados e o interior foi redecorado com um tecto de madeira com as armas da rainha, a cuja casa pertencia a igreja, e com altares com painéis de azulejos hispano-árabes.[1][2] O tecto foi posteriormente perdido.[1]

A Colegiada de Santa Maria foi dissolvida após 1640. A igreja sofreu grandes danos quando do grande terramoto de 1755, o que levou à reforma do edifício entre 1757 e 1760 pelo prior Sebastião Nunes Borges, que modificou as fachadas e redecorou o interior.[2]

Características

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A estrutura geral da igreja segue o que o historiador Mário Chicó chamou "paroquial", resultado da adaptação do gótico mendicante à arquitectura das igrejas paroquiais na Idade Média.[1] O corpo da igreja é de três naves escalonadas (a nave central é mais alta que as laterais), separadas por arcarias de arcos quebrados, com uma capela-mor de dois tramos com topo de planta poligonal, abóbada de cruzaria e janelões góticos. A fachada principal possui um portal de arco quebrado com várias arquivoltas inserido em gablete; sobre o portal deve haver havido uma rosácea, substituída posteriormente por um janelão barroco.[1][2] Ainda da época gótica datam os portais laterais da igreja e a estrutura externa da capela-mor, com contrafortes e cachorrada decorada.[2]

A torre sineira do lado sul da fachada possui um sino de bronze fundido em 1468, como consta numa inscrição em letra carolino-gótica no próprio sino.[2]

Na época manuelina o portal principal e o lateral sul foram modificados com elegantes arcos canopiais, sendo que o principal possui dois vãos separados por um fino mainel. Também foi levantado um coro-alto na entrada da igreja, e o interior ganhou altares decorados com azulejos policromos hispano-árabes, dos quais sobraram alguns no interior.[1]

O terramoto de 1755 causou graves danos no edifício, que teve de ser restaurado entre 1757 e 1760. Nessa reforma foi alterada a fachada principal, que ganhou um remate com volutas e uma janela barroca em substituição à anterior rosácea. Nas paredes laterais das naves também foram introduzidos janelões. O interior foi enriquecido com muitos altares, entretanto desaparecidos numa reforma realizada nos anos 1930 que buscou retornar o edifício a sua "pureza" original.[1][2]

Ver também

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Referências

 
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Ligações externas

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