Ilha James e sítios associados
As referências deste artigo necessitam de formatação. (Janeiro de 2016) |
Ilha James (em 2011, oficialmente nomeada Kunta Kinteh Islands - homenagem ao personagem central do romance "Raízes: A Saga de uma Família Americana" escrito por Alex Haley, escritor norte-americano, romance que originou Raízes (telessérie) e Sítios Associados estão localizados ao longo do Rio Gâmbia, à cerca de 30 km de sua foz no Oceano Atlântico nos Distritos do Baixo Niume e Alto Niume e no município de Banjul na Gâmbia. Foram declarados Património Mundial pela UNESCO em 2003. O sítio engloba 7 locais diferentes, próximos entre si, no Rio Gâmbia (Ilha James ao meio de rio) e os outros nas suas margens. São, em seu conjunto, um extraordinário testemunho, entre os séculos XV e XIX da história africana e de como se desenvolveu as relações entre Europa e África, desde o período pré-colonial, período escravocrata e à independência dos países da região. O sítio tem significativa importância em exemplar o início do comércio, como escravos, dos habitantes da África Ocidental, o seu desenvolvimento e o seu fim.[1] [2]
Ilha James e Sítios Associados ★
| |
---|---|
Ilha James. | |
Tipo | Cultural |
Critérios | (iii) (iv) |
Referência | 761 en fr es |
País | Gâmbia |
Coordenadas | Ilha James: 13° 18′ 58″ N, 16° 21′ 25″ O
Bateria de seis armas: 13° 27′ 08,4″ N, 16° 34′ 18,4″ O Forte Bullen: 13° 29′ 07,6″ N, 16° 32′ 56″ O Ruínas de San Domingo: 13° 20′ 11″ N, 16° 22′ 46,1″ O Ruínas de uma capela portuguesa: 13° 19′ 57,8″ N, 16° 23′ 14,2″ O Edifício CFAO: 13° 19′ 59,5″ N, 16° 23′ 05,9″ O |
Histórico de inscrição | |
Inscrição | 2003 |
★ Nome usado na lista do Património Mundial |
Sítios
editarA Ilha James, no Rio Gâmbia, a 30 km da foz, em 1456, foi adquirida pelos portugueses junto aos chefes locais, aonde iniciou-se a construção de um forte. E iniciou-se a ocupação e dominação européia na África, pois o Rio Gâmbia é estratégico, além de ser navegável, penetra no interior da África Ocidental. A Ilha James constitui atualmente, um importante é significativo sítio, com numerosos vestígios, de como desenvolveu-se, e suas consequências, do encontro entre Europa e África a partir do século XV até a independência das colônias no século XIX.[1]
O rio constituiu a primeira rota comercial para o interior da África Ocidental e, mais tarde, uma base para o comércio de escravos. Os vestígios deste tráfico constituem, não só um importante património histórico, mas igualmente um símbolo para a Diáspora africana.
Bateria de seis armas
editarLocaliza-se na margem sul do Rio Gâmbia em direção a sua foz. O Forte Bullen encontra-se à sua frente na margem norte do rio.[3]
Forte Bullen
editarO Forte Bullen foi construído por volta de 1827 na margem norte do Rio Gâmbia, do lado oposto à Bateria de seis armas, para defender a rota de entrada e saída de navios no rio. Com armas dos dois lados do rio, os ingleses ganharam controle total sobre o comércio no Rio Gâmbia.
Durante a Segunda Guerra Mundial o forte foi usado como observatório e base de artilharia pelo exército inglês com fim de defender a um possível ataque francês, que na altura dominava o Senegal.
Ruínas de San Domingo
editarNo sítio encontra-se os vestígios do primeiro assentamento português na região século XV, construído na margem norte do Rio Gâmbia, próximo a Ilha James. Era um entre-posto comercial pequeno, mas edificado com dois andares, jardins, cemitério, igreja e um poço. As ruínas de um galpão de armazenamento é a mais preservada distante a um quilómetro a oeste do povoado de Albreda.
Ruínas de uma Capela portuguesa
editarLocalizada em Albreda, é uma das mais antigas capelas portuguesas (de cerca do século XV) do Gabão.
Edifício CFAO
editarO Edifício CFAO (Compagnie Francaise d’Afrique Occidentale) data de 1847.
Edifício Maurel Frères
editarPerto de Albreda na aldeia de Juffureh situa-se a antiga casa de Alex Haley e o sítio do edifício Maurel Frères, que actualmente abriga um pequeno museu sobre o comércio escravo na Senegãmbia. O edifício foi originalmente construído por ingleses por volta de 1840 e foi usado pela última vez por um comerciante lebanês chamado Maurel, de quem recebe o nome.
Referências
- ↑ a b «The Gâmbia». Craig Emms e Linda Barret Texto "acessodata-9 de janeiro de 2016" ignorado (ajuda)
- ↑ «Kunta Kinteh Island and Related Sites». UNESCO. Consultado em 9 de janeiro de 2016
- ↑ «Île Kunta Kinteh et sites associés». UNESCO. Consultado em 9 de janeiro de 2016