Incêndios florestais de Portugal em 2024
Local |
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Data |
15 de setembro de 2024 — presente |
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Área queimada |
135,752 hectares |
Uso do solo | |
Vitímas mortais |
9 |
Feridos |
143 feridos (42 graves) |
Motivo |
Os incêndios florestais de Portugal em 2024 foram uma série de 128 incêndios florestais ativos que deflagram a 15 de setembro de 2024 que se alastraram pelo centro e norte de Portugal em setembro de 2024, resultando na morte de pelo menos nove pessoas, entre elas quatro bombeiros, na evacuação de várias aldeias e na resposta de mais de 5.000 bombeiros com a ajuda da União Europeia. É o maior incêndio florestal de sempre em Portugal a nível de área ardida.[1][2][3][4]
Incêndios
editarOs incêndios florestais começaram em meados de setembro e espalharam-se pelo centro e norte de Portugal, tendo sido registados pelo menos 128 incêndios separados até 16 de setembro, que queimaram cerca de 10.000 hectares entre os municípios do norte do distrito de Aveiro e do distrito do Porto. As chamas atingiram Albergaria-a-Velha, no noroeste do distrito de Aveiro, e incendiaram várias casas.
O desencadeamento e a rápida propagação dos incêndios florestais foram causados por "condições invulgarmente secas" e fortes rajadas de vento que atingiram até 70 km/h, além de temperaturas que atingiram ou ultrapassaram os 30 °C de 14 a 16 de setembro.
Incêndios ativos de alta gravidade
editar- Alvarenga, Arouca
- Pessegueiro do Vouga, Sever do Vouga
- Palmaz, Oliveira de Azeméis
- Sever do Vouga
- São Jacinto, Aveiro
- Foz do Sousa e Covelo, Gondomar
- Borba de Godim, Felgueiras
- Vilarinho, Friande, Felgueiras
- Carneiro, Amarante
- Gavinho, Baião
- Monte Córdova, Santo Tirso
- Burgães, Santo Tirso
- Rebordões, Santo Tirso
- Gens, Gondomar
- Vila Cova de Medas, Gondomar
- Alhões, Cinfães
- Tendais, Cinfães
- Miuzela, Penalva do Castelo
- Covelo de Paiva, Castro Daire
- Soutelo, Mões, Castro Daire
- Oliveira do Douro, Cinfães
- Moção, Pinheiro, Castro Daire
- Paus, Resende
- Penude, Lamego
- Folhadal, Nelas
- Vila Cova a Coalheira, Vila Nova de Paiva
- Sabroso de Aguiar, Vila Pouca de Aguiar
- Alto de Fiães, Alijó
- Samardã, Adoufe
- Sedielos, Peso da Régua
Impacto
editarA polícia portuguesa encontrou o corpo de uma vítima dos incêndios, que trabalhava numa empresa madeireira quando as chamas chegaram. Perto dali, um bombeiro morreu em Oliveira de Azeméis]] depois de ter sofrido uma paragem cardiorrespiratória enquanto combatia incêndios nas proximidades. Mais duas pessoas sofreram ferimentos graves, que incluíram queimaduras e dificuldades respiratórias, obrigando a hospitalização. Mais doze bombeiros ficaram feridos durante o combate às chamas, quatro dos quais ficaram gravemente feridos.
O presidente da Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha, António Loureiro, informou que quatro casas arderam e pelo menos mais vinte estavam em perigo nos perímetros residencial e industrial da cidade, obrigando à evacuação de vários bairros. Mais duas casas foram destruídas em Cabeceiras de Basto, em Braga.
Ver também
editar
Referências
- ↑ «Mais de 121 mil hectares arderam em Portugal continental desde domingo». SIC Notícias. 19 de setembro de 2024. Consultado em 19 de setembro de 2024
- ↑ Bertrand Franco, Vasco; Vieira, Ricardo (18 de setembro de 2024). «Número de vítimas dos incêndios aumenta, Espanha envia mais bombeiros». Rádio Renascença. Consultado em 19 de setembro de 2024
- ↑ «Governo promete 'apoios públicos abundantes' para pagar 85% da recuperação de casas ardidas». Expresso. 17 de setembro de 2024. Consultado em 19 de setembro de 2024
- ↑ Margalhães Claudino, Henrique (17 de setembro de 2024). «Incêndios. Mais de 100 ignições aconteceram durante a noite. 'Há um padrão que aponta para mão criminosa'». CNN Portugal. Consultado em 19 de setembro de 2024