Indústrias criativas
Indústrias criativas referem-se a uma série de atividades econômicas ligadas à geração ou exploração do conhecimento e da informação.
Conceitos
editarEm economia, indústria é um sistema de produção e consumo de bens ou serviços. Embora o termo, no Brasil, seja mais associado a indústria fabril são de uso corrente expressões como Indústria da moda, Indústria cinematográfica e Indústria do turismo.[1]
Numa primeira abordagem ao tema das indústrias criativas surge o termo Indústria cultural. Theodor Adorno e Max Horkheimer, no livro Dialektik der Aufklärung (1947), mencionam pela primeira vez o termo indústrias da cultura, no qual os autores criticam o processo de massificação e mercantilização da arte com algum cepticismo e rejeitam a relação entre esta e a economia, alegando que a exploração e comercialização da cultura e da arte se transformam num processo industrial, do qual o homem é um mero instrumento de trabalho e consumo.
História
editarA partir da década de 70 as actividades culturais, quando ainda não eram consideradas nas suas vertentes empresariais e comerciais, tornaram-se foco de atenção e sustentação por parte das políticas culturais.
Na década de 1980 o Greater London Council começou a utilizar o termo indústrias culturais para englobar actividades culturais que operavam como actividades comerciais, mas que não estavam integradas no sistema de financiamento público, sendo importantes fontes de riqueza e emprego. Por outro lado, uma parte significativa dos bens e serviços que a população consumia (tais como televisão, rádio, cinema, música, concertos, livros) não se relacionavam com o sistema público de financiamento.
O termo Indústrias Culturais surge, então, para expressar a ligação existente entre arte e economia, consequência do desenvolvimento das actividades culturais como importantes fontes de riqueza e trabalho e da necessidade de formulação, desenvolvimento e financiamento por parte das políticas públicas.
Em meados da década de 90 o conceito de indústrias culturais, baseado nesta definição restrita que se referia apenas a arte e cultura, mostrou-se insuficiente, uma vez que os avanços nas tecnologias de informação e comunicação, software e, em particular, a rápida emergência e massificação da Internet tiveram um impacto significativo nestas actividades, não permitindo o seu enquadramento em nenhuma das categorias convencionais, o que as excluía do campo das artes e cultura.
É neste contexto que as indústrias culturais, tendo estado na origem das indústrias criativas, são, actualmente, consideradas por muitas instituições e autores de referência como um subconjunto destas.
O conceito de indústria criativa surge no início da década de 90, na Austrália,[carece de fontes] mas é no final deste período que obtém maior relevância ao ser inserido nas políticas definidas pelo Department for Culture, Media and Sport (DCMS) do Reino Unido, com a criação do Creative Industries Unit and Task Force, em 1997. No Creative Industries Mapping Document as Indústrias Criativas são definidas como aquelas que têm a sua origem na criatividade, competências e talento individual, com potencial para a criação de trabalho e riqueza através da geração e exploração da propriedade intelectual.
Além do exemplo britânico o mercado cultural francês é apontado como um dos mais desenvolvidos[2].
Subdivisões das indústrias criativas
editarO conceito, originalmente desenvolvido pelo Department of Culture, Media and Sports (UK DCMS), integra um alargado leque de actividades que normalmente se apresentam com grande diversidade entre si[3]:
Referências
- ↑ http://epocanegocios.globo.com/Revista/Common/0,,ERT192543-16642,00.html
- ↑ http://brasil.elpais.com/brasil/2014/10/23/cultura/1414074087_607224.html
- ↑ «O que são as Indústrias Criativas». Consultado em 26 de Maio de 2012. Arquivado do original em 25 de maio de 2012