Independência do Suriname
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A Independência do Suriname foi o processo de separação política entre Suriname e Holanda que deu-se no dia 25 de novembro de 1975. A partir dessa data o Suriname tornou-se uma república separada do Reino dos Países Baixos. O novo governo foi formado pelo ex-governador Johan Ferrier como presidente e o primeiro-ministro Henck Arron.
Independência do Suriname | |
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O primeiro-ministro dos Países Baixos Joop den Uyl (a esquerda) e o primeiro-ministro do Suriname Henck Arron (a direita) assinam o documento da transferência da soberania da ex-colônia dos Países Baixos para a nova república. | |
Participantes | Johan Ferrier Henck Arron Rainha Juliana Joop den Uyl |
Localização | Suriname |
Antecedentes
editarEm 6 de dezembro de 1942, a rainha Guilhermina fez um discurso sobre a necessidade de uma reavaliação da relação com as colônias. Embora o discurso tivesse a intenção de manter a Indonésia dentro do Reino, foi bem recebido no Suriname e levaria à Carta do Reino dos Países Baixos de 1954, na qual o Suriname ganhava mais autonomia e se tornava um país constituinte do Reino.[1]
Independência
editarEm meados de 1975, houve debates e votações sobre a independência na Câmara dos deputados e no senado, ambos houve resultados favoráveis a independência.[2]
Em 21 de novembro, a estátua da rainha Guilhermina foi removida da praça Oranjeplein. Foi onde foi colocada a bandeira do Suriname. Oranjeplein foi renomeada Praça da Independência. Em 25 de novembro, finalmente chegou a hora, o ex-governador Ferrier foi empossado como presidente, enquanto a rainha Juliana assinou a declaração de independência na Haia.[3] O primeiro dia de uma República independente do Suriname foi celebrado na companhia da princesa Beatrix, do príncipe Claus e do primeiro-ministro Den Uyl.[2]
Desdobramentos
editarNos anos que antecederam a independência, quase um terço da população do Suriname emigrou para a Holanda, em meio à preocupação de que o novo país se sairia pior sob a independência do que como país constituinte do Reino dos Países Baixos. A política do Suriname degenerou em polarização étnica e corrupção logo após a independência, com o NPS usando dinheiro de ajuda holandês para fins partidários. Seus líderes foram acusados de fraude nas eleições de 1977, nas quais Arron ganhou mais um mandato, e o descontentamento foi tal que grande parte da população fugiu para a Holanda, juntando-se à já significativa comunidade surinamesa.[4][5]
Em 25 de fevereiro de 1980, um grupo de dezesseis sargentos derrubaram o governo do primeiro-ministro Henck Arron, que liderava o país desde a independência. Esse evento ficou conhecido como Golpe dos Sargentos.
Referências
- ↑ «Wilhemina preekt de revolutie» (em neerlandês). Historisch Nieuwsblad. Outubro de 2013. Consultado em 3 de agosto de 2022
- ↑ a b «Onafhankelijkheid Suriname in 1975». Parlement
- ↑ «Suriname: 45 years of independence» (em inglês). DutchCulture. 22 de novembro de 2020. Consultado em 3 de agosto de 2022
- ↑ «Foreign Relations, 1977–1980, Volume XXIII, Mexico, Cuba, and the Caribbean» (em inglês). Office of the Historian. Consultado em 3 de agosto de 2022
- ↑ Vezzoli, Simona (Novembro de 2014). «The evolution of Surinamese emigration across and beyond independence: The role of origin and destination states». IMI Working Papers Series. International Migration Institute (IMI), University of Oxford. DEMIG project paper 28.
Ligações externas
editar- Media relacionados com Independência do Suriname no Wikimedia Commons