Infinitivo

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Na gramática, infinitivo é uma das três formas nominais do verbo, sendo aquela com a qual verbo se apresenta naturalmente, sem qualquer conjugação.[1] Corresponde ao lema do verbo, encabeçando sua entrada em dicionários e enciclopédias. Transmite ideia de uma ação ou estado, porém sem vinculá-la a um tempo, modo ou pessoa específica.[2]

Na língua portuguesa e na língua galega[3] (anteriormente também na língua asturiano-leonesa e na língua napolitana) além do infinitivo não flexionado ou infinitivo impessoal, também existe o infinitivo flexionado por pessoa, chamado de infinitivo pessoal.[4] Também é usado na língua húngara.[5]

Infinitivo impessoal

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O infinitivo impessoal é formado de maneira invariável e não está relacionado a nenhuma pessoa.[4]

Exemplo: cantar, sofrer, partir.

Costuma-se usar o infinitivo impessoal quando:[6]

  • refere-se a uma ideia genérica, sem sujeito determinado;
Sair é preciso.
Pessoal, sair!
Vocês têm o direito de sair quando quiserem.
  • em locuções verbais;
Quero sair daqui.
  • quando o sujeito do verbo no infinitivo é o mesmo do da oração anterior;
Estamos dispostos a sair.
  • quando o verbo no infinitivo preceder ou estiver distante do verbo da oração principal, ele poderá ser flexionado;
Ao sairmos, estaremos livres.
Eles fizeram a prova apressadamente para saírem mais cedo da escola.
  • com os verbos auxiliares causativos e sensitivos "deixar", "mandar", "fazer", "ver", "sentir", "ouvir", "perceber", "notar" e sinônimos que não formem locuções verbais, em conjunto com um pronome oblíquo;
Mandei-os sair.
Ouvi-os sair em debandada.

Infinitivo pessoal

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O infinitivo pessoal é formado a partir do infinitivo impessoal, adicionando-se as desinências iguais às do futuro do subjuntivo: -es, -mos, -des, -em. Por isso, nos verbos regulares esses dois tempos se confundem.[7]

Exemplo: cantar, cantares, cantar, cantarmos, cantardes, cantarem.

Costuma-se usar o infinitivo pessoal quando:[7]

  • refere-se a um sujeito próprio, diferente do da oração principal;
Para conseguirmos sair, alguém precisa destrancar a porta.
  • o sujeito a que se refere é expresso antes do infinitivo;
Para nós conseguirmos sair, precisamos abrir a porta.
  • o sujeito é indeterminado na terceira pessoa do plural sem nenhuma referência e s pronome SE - índice de indeterminação;
Para conseguirem sair, devem abrir a porta.
  • em ação recíproca ou reflexiva - indicando reflexividade ou reciprocidade;
Depois das portas abrirem-se, poderemos sair.

Referências

  1. «Formas nominais do verbo». Conjugação de Verbos. 7graus. Consultado em 31 de dezembro de 2016 
  2. «O uso do infinitivo». Globo. Consultado em 3 de novembro de 2013. Arquivado do original em 10 de agosto de 2013 
  3. Saborido, Carme; Lusopatia; Linguística (29 de maio de 2018). «Infinitivo Pessoal». Portal Galego da Língua - PGL.gal. Consultado em 24 de agosto de 2022 
  4. a b «Emprego do Infinitivo Impessoal e Pessoal». Só Português. Virtuous. Consultado em 23 de dezembro de 2016 
  5. Diario, Nós (20 de maio de 2020). «Falares, falarmos, falardes... O infinitivo flexionado, na lección 12 do curso de galego». Nós Diario (em galego). Consultado em 24 de agosto de 2022 
  6. «Emprego do Infinitivo Impessoal e Pessoal». Só Português. Virtuous. Consultado em 23 de dezembro de 2016 
  7. a b «Infinitivo Pessoal». Só Português. Virtuous. Consultado em 23 de dezembro de 2016 

Ligações externas

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