Inquisidor-Geral de Portugal

Inquisidor-Geral de Portugal era o título do prelado com a mais alta autoridade na Inquisição Portuguesa.[1] Era nomeado pelo Rei de Portugal e confirmado pelo Papa, e exercia os seus poderes inquisitoriais, juntamente com os inquisidores seus subordinados, com plena independência dos Bispos Diocesanos. O Estado controlava assim a Inquisição, que funcionava como um tribunal régio.[2]

Inquisidores-Gerais

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Prelado Título Posse
1 D. Diogo da Silva Bispo de Ceuta, confessor de D. João III e do seu Conselho 1536-10-05
2 Cardeal Infante D. Henrique, irmão de D. João III Arcebispo de Braga, elevado a Cardeal em 1545 1539-07-07
- D. Manuel de Meneses Bispo de Coimbra não empossado[3]
3 D. Jorge de Almeida Arcebispo de Lisboa 1578-02-12
4 Cardeal Arquiduque D. Alberto Arcebispo de Toledo 1578-03-13
5 D. António Matos de Noronha Bispo de Elvas 1596-08-08
- D. Jorge de Ataíde Bispo de Viseu não empossado[4]
6 D. Alexandre de Bragança Arcebispo de Évora 1602-10-08
7 D. Pedro de Castilho Bispo de Leiria 1604-08-23
8 D. Fernão Martins de Mascarenhas Bispo do Algarve 1616-12-15
9 D. Francisco de Castro Bispo da Guarda 1630-05-20
10 D. Pedro de Lencastre Duque de Aveiro
Arcebispo Titular de Sídon
1671-12-24
11 D. Veríssimo de Lencastre Arcebispo de Braga 1676-04-09
12 D. Frei José de Lencastre Bispo de Leiria 1693-10-20
13 D. Nuno de Ataíde Bispo Titular de Targa, elevado a Cardeal em 1712 1707-10-06
14 D. José de Bragança Arcebispo de Braga 1758-09-24
15 D. João Cosme da Cunha, ou de Nossa Senhora da Porta Arcebispo de Évora, elevado a Cardeal em 1770 1770-02-06
16 D. Inácio de São Caetano Arcebispo Titular da Tessalonica 1787-03-16
17 D. José Maria de Melo Bispo do Algarve 1790-01-07
18 D. José Joaquim da Cunha de Azeredo Coutinho Bispo de Elvas 1818-08-11

Referências

  1. ANTT (2021). «Inquisidores-Gerais de Portugal» (PDF) 
  2. Fortunato de Almeida (2003). História de Portugal. [S.l.]: Bertrand 
  3. Faleceu em Alcácer Quibir antes de tomar posse.
  4. Confirmado por Breve do Papa Clemente VII de 7 de fevereiro de 1600, não ocupou o lugar por ter sido nomeado para o Conselho de Portugal em Madrid.