Isabela Figueiredo
Isabela Figueiredo (Lourenço Marques, 1 de janeiro de 1963), é uma jornalista, professora e escritora portuguesa.[1]
Isabela Figueiredo | |
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Isabela nas instalações da LeYa em outubro de 2023. | |
Nascimento | 1 de janeiro de 1963 (61 anos) Lourenço Marques, Moçambique |
Nacionalidade | portuguesa |
Ocupação | Jornalista, professora e escritora |
Principais trabalhos | A Gorda |
Prémios |
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Biografia
editarIsabela Figueiredo nasceu em Lourenço Marques, Moçambique, e veio para Portugal em 1975 na condição de retornada.[2] Foi viver com a avó, ficando separada dos seus pais, que ficaram em Moçambique, durante 10 anos. O seu pai era eletricista.[3]
Figueiredo é licenciada em Línguas e Literaturas Lusófonas pela Universidade Nova de Lisboa e possui uma especialização em Estudos de Gênero pela Universidade Aberta de Lisboa. Publicou seus primeiros textos em 1983 no DN Jovem, suplemento já extinto do Diário de Notícias.[4]
Em 1988 ganhou seu primeiro prémio na Mostra Portuguesa de Artes e Ideias com a obra publicada sob o nome de Isabel Almeida Santos: Conto é Como Quem Diz . A autora trabalhou como jornalista no Diário de Notícias entre 1989 e 1994 e também como professora de Ensino Médio na Margem Sul de Lisboa entre 1985 e 2014.[5]
Em 2009, publicou a obra autobiográfica Caderno de Memórias Coloniais a qual foi eleita em 2010 como uma das obras mais relevantes da década pela escritora Maria da Conceição Caleiro e pelo ensaísta Gustavo Rubim no especial publicado pela revista de cultura Ípsilon (suplemento de artes do jornal Público).[6][7]
Ainda em 2010, recebeu o prémio de melhor livro do ano com Caderno de Memórias Coloniais. Seu romance A Gorda (2016) foi considerado um dos dez melhores livros de 2016 pela revista online Espalha-Factos e venceu o Prémio Literário Urbano Tavares Rodrigues de 2017.[8][9]
Obras
editar- 2009 - Caderno de Memórias Coloniais, Angelus Novus
- 2016 - A Gorda, Editorial Caminho
- 2022 - Um Cão no Meio do Caminho, Editorial Caminho
Prémios
editar- 1988 - Prémio da Mostra Portuguesa de Artes e Ideias[2]
- 2010 - Prémio Monstro do Ano para Melhor Livro, pela Angelus Novus[10][11]
- 2017 - Prémio Literário Urbano Tavares Rodrigues[12][13]
- 2021 - Nomeação para o Prémio Femina Estrangeiro[14]
- 2023 - Semi-finalista na categoria de "Prosa" do Prémio Literário Oceanos.[15]
- 2024 - Prémio Laure Bataillon [16]
Traduções
editar- Estados Unidos
- “Notebook of Colonial Memories” - [Caderno de memórias coloniais]
Editora: University of Massachusetts Dartmouth, 2015; Tradução: Anna M. Klobucka e Phillip Rothwell[17]
- “Notebook of Colonial Memories” - [Caderno de memórias coloniais]
Referências
- ↑ Gould, Isabel Ferreira. “A Daughter’s Unsettling Auto/Biography of Colonialism and Uprooting: A Conversation with Isabela Figueiredo.” ellipsis 8 (2010):133-45. Web.
- ↑ a b «Isabela Figueiredo». Wook. Consultado em 19 de março de 2018
- ↑ Revista Sábado (31 de Janeiro de 2019). O impacto que os retornados tiveram no País.
- ↑ «Figueiredo, Isabela. Afterword. Notebook of Colonial Memories. Translated by Anna Klobucka and Phillip Rothwell, University of Massachusetts Dartmouth, 2015.» (PDF). 2015. Consultado em 18 de dezembro de 2018
- ↑ «Entrevista com Isabela Figueiredo». Diário de Notícias. 17 de agosto de 2018. Consultado em 18 de dezembro de 2018
- ↑ Gould, Isabel Ferreira. “A Daughter’s Unsettling Auto/Biography of Colonialism and Uprooting: A Conversation with Isabela Figueiredo.” ellipsis 8 (2010): 133-45. Web. https://www.academia.edu/37402065/A_Daughters_Unsettling_Auto_Biography_of_Colonialism_and_Uprooting_A_Conversation_with_Isabela_Figueiredo
- ↑ «Livros da década». Ípsilon - Suplemento de artes do jornal Público. 6 de Janeiro de 2010. Consultado em 18 de dezembro de 2018
- ↑ «Isabela Figueiredo vence Prémio Literário Urbano Tavares Rodrigues com "A Gorda"». Diário de Notícias. 4 de outubro de 2017. Consultado em 18 de dezembro de 2018
- ↑ «LIVROS: OS DEZ MELHORES DE 2016». Espalha Factos. 22 de dezembro de 2016. Consultado em 18 de dezembro de 2018
- ↑ «Ganhooou! Isabela é «Monstro do Ano»!». Angelus Novus. 5 de março de 2010. Consultado em 14 de setembro de 2021
- ↑ «Ganhooou! Isabela é «Monstro do Ano»!». Angelus Novus. Março de 2010. Consultado em 1 de dezembro de 2018
- ↑ «Isabela Figueiredo vence Prémio Literário Urbano Tavares Rodrigues com "A Gorda"». Agência Lusa. 4 de outubro de 2017. Consultado em 20 de março de 2018. Cópia arquivada em 20 de março de 2018
- ↑ «Isabela Figueiredo vence Prémio Literário Urbano Tavares Rodrigues com ″A Gorda″». www.dn.pt. Consultado em 14 de setembro de 2021
- ↑ «Isabela Figueiredo nomeada para Prémio Femina Estrangeiro». Notícias ao Minuto. 13 de setembro de 2021. Consultado em 14 de setembro de 2021
- ↑ «Catorze autores portugueses entre os 41 semifinalistas do prémio Oceanos de literatura». Observador. 14 de setembro de 2023. Consultado em 23 de outubro de 2023
- ↑ Blimunda (8 de Julho de 2024). «Prémio Laure Bataillon para Isabela Figueiredo». Consultado em 2 de Agosto de 2024
- ↑ «Figueiredo, Isabela. Notebook of Colonial Memories. Translated by Anna Klobucka and Phillip Rothwell, University of Massachusetts Dartmouth, 2015.» (PDF). University of Massachusetts Dartmouth
Ligações externas
editar- «Isabela Figueiredo in "Escritores.online" pelo Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa»
- «Isabela Figueiredo: "O colonialismo era o meu pai" in Ípsilon do Jornal Público»
- Blog oficial de Isabela Figueiredo.