Maneco Muller
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Manoel Antonio Bernardez Muller, mais conhecido como Maneco Muller (Rio de Janeiro, 1923 — 7 de dezembro de 2005) foi um jornalista, cronista esportivo, e precursor do colunismo social no Brasil. Maneco Muller adotava o pseudônimo Jacinto de Thormes retirado de um personagem de Eça de Queirós em A Cidade e as Serras. Ele trabalhou nos jornais Diário Carioca, Correio da Manhã e Última Hora, e na revista O Cruzeiro (revista).[1][2]
Maneco Muller | |
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Nascimento | 1923 Rio de Janeiro |
Morte | 7 de dezembro de 2005 |
Cidadania | Brasil |
Maneco Muller era neto do ex-governador de Santa Catarina, Lauro Muller.[3] Homem culto, elegante e gentil, é assim lembrado por aqueles que o conheceram. Frequentava festas e lugares badalados da época, amigo de várias personalidades; atingiu grande prestigio ente seus colegas.[4]
Antes dele, os eventos sociais eram apenas descritos em notas amenas e objetivas, Maneco, contudo, passou a redigir crônicas que misturavam temas do colunismo social com questões da sociedade em geral. [4] [5] Sua inspiração foi o colunismo social norte-americano do pós-guerra que divulgava notícias em primeira mão, ditava estilos de moda e elegância, ao mesmo tempo em que falava da vida social de magnatas, políticos e artistas.[6]
Maneco Muller pretendia escrever um livro de memória e já havia reunido material com esse propósito, mas o projeto ficou inconcluso, por conta de seu estado de saúde e seu falecimento. É de sua autoria a apresentação do livro “Copacabana Palace, Um Hotel e Sua História” de Ricardo Boechat, lançado por ocasião da comemoração dos 80 anos da inauguração do hotel. [7]
Faleceu no Rio de Janeiro vítima de problemas cardíacos, aos 82 anos, no Hospital São Lucas em Copacabana. Maneco Muller chegou a ter uma ponte de safena implantada, mas não foi suficiente para impedir o agravamento de seu estado de saúde. [5]
Recentemente, quarenta e quatro crônicas de sua autoria, escritas nos anos 60, no jornal Última Hora, foram descobertas pelo jornalista Rafael Casé e reunidas no livro “O velho e a bola – A trajetória de Nilton Santos nas crônicas de Jacinto de Thormes, de Maneco Muller”. O livro foi lançado em seis de junho de 2013 na sede do Botafogo no Rio de Janeiro, resgatando uma faceta quase esquecida de Maneco Muller. Nilton Santos e Maneco eram grandes amigos, conversavam longamente e jogavam animadas partidas de futebol, foi desses encontros entre os dois craques, que nasceram as crônicas. Era uma homenagem de Maneco e do jornal Última Hora a Nilton Santos que encerrava a carreira aos 40 anos.[8][9][10][11]
Maneco Muller também atuou em televisão, em programas de entrevistas, debates, e noticiosos, era contratado da TV Educativa do Rio de Janeiro. Maneco foi casado com Gilda Muller, também jornalista da mesma emissora.[12]
A Prefeitura do Rio de Janeiro, em 2006, homenageou Jacinto de Thormes, dando seu nome a uma praça no bairro de Botafogo, na confluência das ruas Lauro Sodré e General Severiano.[13]
Ver também
editarReferências
- ↑ Agencia Estado, Morre Jacinto de Thormes, pioneiro do colunismo social, Cultura Estadao, 7 de dezemro de 2005
- ↑ Rogério Martins de Souza, O cavalheiro e o canalha: Maneco Müller, Walter Winchell e o apogeu dos colunistas sociais após a Segunda Guerra Mundial, Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, página 11, 2007
- ↑ Agencia Etado, Morre Jacinto de Thormes, pioneiro do colunismo social, Cultura Estadao, 7 de dezemro de 2005
- ↑ a b Agencia Estado, Morre Jacinto de Thormes, pioneiro do colunismo social, Cultura Estadao, 7 de dezembro de 2005
- ↑ a b Agencia Rio, Corpo do jornalista Maneco Muller será cremado nesta quinta, Agencia Rio, 8 de dezembro de 2005
- ↑ Rogério Martins de Souza, O cavalheiro e o canalha: Maneco Müller, Walter Winchell e o apogeu dos colunistas sociais após a Segunda Guerra Mundial, Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, páginas 5, 6, 10, 11, 12, 2007
- ↑ Agencia Estado,Morre Jacinto de Thormes, pioneiro do colunismo social, Cultura Estadao, 7 de dezemro de 2005
- ↑ Maquinaria Editora, O Velho e a Bola, Maquinaria Editora, 2013
- ↑ Anna Ramalho, Livro reune cronicas de Maneco Muller sobre Nilton Santos, Anna Ramalho, 2013
- ↑ Literatura na Arquibancada, Nilton Santos, o Velho e a Bola, Literatura na Arquibancada.
- ↑ Mauricio Stycer, As fantásticas histórias de Nilton Santos e Peralvo, Blog do Mauricio Stycer,
- ↑ Rogério Martins de Souza, O cavalheiro e o canalha: Maneco Müller, Walter Winchell e o apogeu dos colunistas sociais após a Segunda Guerra Mundial, Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, página 14, 2007
- ↑ Redação, Grande Otelo e Maneco Muller viram pracas, Correio do Brasil, 1 de janeiro de 2006
Ligações externas
editar- Geneton de Moraes Netto entrevista Maneco Muller, 20 de março 2004
- O Rio de Janeiro, por André Jordan, Luis Nassif On Line, 2011
- Maneco em viagem internacional pela Varig, ao lado da embaixatriz Laís Gouthier
- Gilda Muller, esposa de Maneco
- Música Café Soçaite de Miguel Gustavo, interpretação de Jorge Veiga, 1955, homenagem a Ibrahim Sued e Jacinto de Thormes