Jaime Rodrigues de Carvalho

Torcedor Flamenguista

Jaime Rodrigues de Carvalho (Salvador, 9 de dezembro de 1911Rio de Janeiro, 4 de maio de 1976), funcionário público aposentado, foi um dos mais apaixonados torcedores do Flamengo. Foi o primeiro grupo a levar música, a camisa de jogo e faixas aos estádios. Por conta da música, de qualidade duvidosa foi batizado de "charanga", em tom jocoso, por Ary Barroso. Nascia, então, a primeira torcida organizada do Brasil, do modo que é vista nos estádios.[1][2]

Jaime Rodrigues de Carvalho
Nascimento 9 de dezembro de 1911
Salvador, BA
Morte 4 de maio de 1976 (64 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Nacionalidade brasileiro
Ocupação Funcionário público
Principais trabalhos Inventor da "Charanga" (torcida organizada do Flamengo)

A Charanga

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 Ver artigo principal: Charanga

A ideia de levar um grupo musical para dentro de um estádio ocorreu na véspera da partida decisiva do Campeonato Carioca de 1942. Naquele sábado anterior à final, Jaime e um amigo esperaram até de noite para conseguir a única bandeira do Flamengo existente na cidade, hasteada no mastro da sede do clube. Depois ficaram até de madrugada a tingir um morim – tecido de algodão, branco e fino – de vermelho e preto com a inscrição: “Avante, Flamengo!”. Na manhã seguinte, em 11 de outubro, Jaime chegou cedo ao estádio da rua Álvaro Chaves para a disputa contra o Fluminense em companhia de cerca de quinze músicos, portando um trombone, dois clarins e mais dez instrumentos rítmicos. A presença daquela turma ruidosa instalada nas arquibancadas causou espanto, pois até aquele momento a música só fazia parte das comemorações fora do estádio, ora nos cafés ora nas ruas, com os desfiles de carro a imitar os corsos do carnaval.[3]

Biografia

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Foi chefe da torcida brasileira nas Copas do Mundo de 1950, 1954 e 1966.

Permaneceria no comando da Charanga até o seu falecimento. Enfermo no Hospital Federal dos Servidores do Estado, não deixaria de enviar cartas à seção de leitores dos jornais da cidade, de onde continuaria a instruir os torcedores e a propagar seu ideais pedagógico-nacionalistas, expressos em lemas como "O Flamengo ensina a amar o Brasil sobre todas as coisas" e "Onde encontrares um flamengo, encontrarás um amigo". Antes de ser acometido por um câncer, em 4 de maio de 1976, passaria a liderança da torcida à sua mulher, Laura, que manteria ativa a Charanga durante a década de 80.[3]

Referências

  1. «O último da Charanga: a história da primeira torcida organizada do Brasil». ge. Consultado em 11 de outubro de 2022 
  2. Guedes, Marcos (10 de outubro de 2022). «Charanga, 80, luta para continuar exibindo 'a alma lírica de um povo'». Folha de S.Paulo. Consultado em 11 de outubro de 2022 
  3. a b Buarque de Hollanda, Bernardo Borges; Silva, Melba Fernanda da (novembro de 2006). «No tempo da Charanga» (PDF). Escola de Educação Física e Desportos (EEFD) da UFRJ. Consultado em 11 de outubro de 2022. Arquivado do original (PDF) em 4 de março de 2016 

Ligações externas

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