Jamil Mahuad
Jamil Mahuad Witt (Loja, 29 de julho de 1949) é um político e advogado equatoriano, que foi presidente de seu país entre 1998 e 2000.[1][2] Líder do partido Democracia Popular na província de La Sierra, Jamil Mahuad foi deputado e prefeito de Quito antes de chegar à presidência.[2]
Jamil Mahuad | |
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Jamil Mahuad | |
49.° Presidente do Equador | |
Período | 10 de agosto de 1998 até 21 de janeiro de 2000 |
Vice-presidente | Gustavo Noboa |
Antecessor(a) | Fabián Alarcón Rivera |
Sucessor(a) | Gustavo Noboa Bejarano |
18° Prefeito de Quito | |
Período | 10 de agosto de 1992 até 10 de agosto de 1998 |
Antecessor(a) | Rodrigo Paz Delgado |
Sucessor(a) | Roque Sevilla |
Dados pessoais | |
Nascimento | 29 de julho de 1949 (75 anos) Loja, Equador |
Nacionalidade | equatoriano |
Progenitores | Mãe: Rossa Witt García Pai: Jorge Antonio Mahuad Chalela, |
Alma mater | Pontifícia Universidade Católica do Equador |
Cônjuge | Tatiana Calderón (m.1971) |
Filhos(as) | 1 |
Partido | Democracia Popular |
Profissão | advogado, funcionário público, professor e político |
Residência | Estados Unidos |
Carreira politica
editarNo início do anos 90, Mahuad assumiu como prefeito de Quito, cargo que lhe outorgou grande prestígio por conseguir oferecer quase totalmente os serviços públicos, pela construção de um sistema de transporte interligado através de microônibus e pela modernização do governo municipal.
Em 1997, como deputado, Mahuad participou ativamente dos protestos que exigiam a deposição do então presidente da república Abdalá Bucaram. Mais tarde, foi alvo de uma forte perseguição por parte de familiares e correligionários de Bucaram, já então foragido da justiça, que esperava obter anistia por parte do Congresso.
Em 1998, Jamil Mahuad venceu as eleições presidenciais e, ao assumir, assinou um histórico acordo de paz com o Peru, em 26 de outubro de 1998.
Durante seu mandato, faliram mais de 10 bancos equatorianos e outras tantas instituições do sistema financeiro. Mahuad assinou uma lei de socorro aos bancos que drenou recursos públicos para atender aos credores dos bancos falidos.
A proteção de Mahuad aos bancos falidos provocou um feriado bancário, um congelamento de depósitos e uma virtual quebra do sistema de economia real. O excesso de emissão de dinheiro para enfrentar as obrigações de socorro aos bancos provocou uma disparada na inflação e uma grande desvalorização do sucre equatoriano frente ao dólar. Após a maior crise econômica dos últimos setenta anos, Mahuad decretou, como solução improvisada, a adoção do dólar americano em substituição à moeda nacional, em 9 de janeiro de 2000. Em 21 de janeiro, Mahuad foi deposto por uma rebelião militar-indígena liderado pelo coronel Lucio Gutiérrez, sendo depois substituído por seu vice-presidente Gustavo Noboa. Mahuad fugiu do Equador e foi morar nos Estados Unidos.
Em maio de 2014, a Justiça equatoriana julgou Mahuad à revelia e o condenou a uma pena de 12 anos de prisão pelo crime de peculato relacionado com a crise financeira que o Equador viveu em 1999.[3] O ex-mandatário também está em uma lista de pessoas sujeitas a diligências persecutórias pela Interpol.[4]
Referências
- ↑ «Ecuador» (em inglês). Consultado em 19 de Maio de 2012
- ↑ a b «Jamil Mahuad Witt» (em espanhol). Consultado em 19 de Maio de 2012
- ↑ Diário de Notícias (30 de maio de 2014). «Ex-presidente do Equador Jamil Mahuad condenado» (em inglês). Diário de Notícias. Consultado em 31 de maio de 2014
- ↑ «Antigo presidente do Equador é condenado à revelia a 12 anos de prisão». A Voz da Rússia. 30 de maio de 2014. Consultado em 31 de maio de 2014. Arquivado do original em 24 de junho de 2014
Precedido por Fabián Alarcón |
49º Presidente do Equador 1998 — 2000 |
Sucedido por Gustavo Noboa |