Jan Bake
Jan Bake (também John Bake; Leiden, 1 de setembro de 1787 — Leiden, 26 de março de 1864) foi um filólogo clássico e critico literário neerlandês.
Jan Bake | |
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Jan Bake, gravura de Johannes Christiaan d' Arnaud Gerkens | |
Nascimento | 1 de setembro de 1787 Leida |
Morte | 26 de março de 1864 (76 anos) Leida |
Cidadania | Alemanha |
Progenitores |
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Cônjuge | Elisabeth Nicolina Sara Hoogvliet |
Filho(a)(s) | Peggy Bake |
Irmão(ã)(s) | Alexander Bake |
Ocupação | linguista, filólogo clássico, professor, professor universitário |
Empregador(a) | Universidade de Leiden, Universidade de Leiden, Universidade de Leiden |
Biografia
editarJohn era o filho do médico cirurgião e obstetra Herman Adriaan Bake e de sua esposa Margaret Mitchell, filha de um clérigo inglês em Roterdã. Depois de frequentar o ensino secundário em Leiden, começou em 1804 a estudar Direito na Universidade de Leiden. Em 21 de agosto de 1810, concluiu seu doutorado com teses jurídicas. Apesar de ter sido o seu plano trabalhar como advogado em Amsterdã, foi contratado como vice-diretor da escola de ensino secundário de Leiden. Em 2 de agosto de 1815 foi nomeado por decreto real Doutor de Filosofia.[1]
Bake foi nomeado em 16 de outubro de 1815, na Faculdade de Filosofia da Universidade de Leiden, professor extraordinário de literatura grega e latina. Iniciou essa nova função em 25 de novembro de 1815 com o discurso de Principum tragicorum meritis, praesertim Euripidis. Dois anos depois, recebeu sua designação como professor titular de sua especialidade, que ele assumiu em 14 de junho de 1817 com o discurso de Custodia veteris doctrinae et elegantiae, praecipuo grammatici officio. Bake também participou das tarefas de organização da Universidade de Leiden e ficou como reitor de 1828 a 1829. Renunciou ao cargo com o discurso acadêmico de humanitatis laude. Sua cátedra ele manteve até se aposentar em 1 de outubro de 1857.[1]
Bake tornou-se um importante representante da Filologia neerlandesa do século XIX e adquiriu também uma excelente reputação além das fronteiras de seu país natal. Suas realizações científicas estavam, principalmente, relacionadas a Cícero e à Grécia Antiga. Sobretudo a Bibliotheca critica nova (1825-1831, 6 volumes) de Bake, Jacob Geel (1789-1862), Petrus Hofman Peerlkamp (1786-1865), Hendrik Arent Hamaker (1789-1835), Johan Rudolf Thorbecke e outros, refutou a tese geral, de que a filologia neerlandesa tinha terminado após a morte de Daniel Wyttenbach. Seu mérito foi, entre outros, o da construção do novo Observatório de Leiden. Entre seus alunos estavam: Jacob Willem Elink Sterk (1806-1856), Reinier Cornelis Bakhuizen van den Brink (1810-1865) e Guillaume Groen van Prinsterer. Bake foi Cavaleiro da Ordem do Leão Neerlandês e membro de várias sociedades científicas nacionais e estrangeiras. Em 11 de novembro de 1816 tornou-se correspondente e em 29 de dezembro de 1820 membro da Academia Real das Artes e Ciências dos Países Baixos, em Amsterdã.[1]
Sua biografia foi escrita em holandês por seu aluno Bakhuizen van der Brink (1865); para apreciar seus serviços prestados à literatura clássica consulte Lucian Müller, Geschichte der klassischen Philologie in den Nederlanden (1869).[2]
Obras selecionadas
editar- Posidonii Rhodii Reliquiae Doctrinae (1810)
- Cleomedis Circularis Doctrina de Sublimitate (1820)
- Bibliotheca Critica Nova (1825–1831)
- Scholica Hypomnemata (1837–1862), uma coleção de ensaios relacionados principalmente com Cícero e os oradores áticos
- Cicero, De Legibus (1842) e De Oratore (1863)
- Apsinis et Longini Rhethorica (1849).
Família
editarBake casou duas vezes:[1]
- O primeiro casamento foi em 24 de maio de 1811, em Leiden, com Elizabeth Nicoline Sara Hoogvliet (1793-1820), filha de Frans Cornelis e Elisabeth Hoogvliet Tenkink. Com ela teve três filhos;
- O segundo casamento foi em 18 de novembro de 1823, em Leiden, com Johanna Maria van Royen (1802-1863), filha de Jan van Royen e Johanna Maria Hoogvliet. Com ela teve três filhos.
Referências
- ↑ a b c d van der Aa, Abraham Jacob (1878). Biographisch Woordenboek der Nederlanden. Haarlem: J. J. van Brederode. p. 53
- ↑ Chisholm, Hugh;. «Bake, Jan». Encyclopædia Britannica (em inglês). 3 1911 ed. Cambridge: Cambridge University Press. pp. 226–227
Fontes
editar- Chisholm, Hugh, ed. (1911). «Bake, Jan». Encyclopædia Britannica (em inglês) 11.ª ed. Encyclopædia Britannica, Inc. (atualmente em domínio público)
- Damsté, P. H. (1974). BAKE (Mr. John) Nieuw Nederlandsch Biografisch Woordenboek (em neerlandês). 2. Amsterdã: Petrus Johannes Blok, Philipp Christiaan Molhuysen. pp. 78–79, reedição de A. W. Sijthoff’s Uitgevers-Maatschappij, Leiden 1912, pp 78–79 (online pelo «Instituut voor Nederlandse Geschiedenis» (em neerlandês). ou na «Digitale Bibliotheek voor de Nederlandse Letteren» (em neerlandês). .
- Abraham Jacob van der Aa: Biographisch Woordenboek der Nederlanden. Editora J. J. van Brederode, Haarlem 1878, p. 53, «online» (em neerlandês)
Ligações externas
editar- «John Bake na Biblioteca digital dos Países Baixos (DBNL)» (em neerlandês)
- «John Bake na Academia Neerlandesa de Ciências (KNAW)» (em inglês)
- «Genealogia» (em neerlandês)