Jardim Lusitânia
Jardim Lusitânia (por vezes grafado erroneamente Luzitânia) é um bairro nobre[1] no distrito de Moema, localizado na zona centro sul da cidade de São Paulo. É localizado em toda extensão sul do Parque do Ibirapuera, muitos portões de acesso do mesmo, estão localizados na sua principal avenida, a Avenida Quarto Centenário.
Jardim Lusitânia | |
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Bairro de São Paulo | |
Vista parcial do bairro ao fundo o Parque do Ibirapuera. | |
Fundação | 25 de janeiro de 1954 |
Imigração predominante | Líbano, Portugal, Alemanha, Inglaterra |
Zona de valor do CRECI | Zona A |
Distrito | Moema |
Subprefeitura | Vila Mariana |
Região Administrativa | Centro-Sul |
ver |
O bairro surgiu na década de 1950, a partir de um loteamento realizado pelo Instituto de Previdência do Estado de São Paulo (Inesp). Inicialmente era destinado a profissionais da Justiça. tais como juízes, desembargadores e promotores. O loteamento também seguiu o mesmo padrão de outros bairros nobres da capital paulista, como o Jardim América e Alto de Pinheiros, ambos realizados pela City of São Paulo Improvement and Freehold Company Limited.[2]
Segundo pesquisa do jornal Folha de S.Paulo, o bairro possui a maior concentração de quantidade de carros por família da cidade, fato que demonstra o alto poder aquisitivo da população local.[3]
No ano de 2002 o bairro foi tombado pelo CONPRESP, devido ao seu valor ambiental e urbanístico. A área tombada inicia-se na confluência da Avenida Ibirapuera com o Largo Mestre de Aviz, segue pela Avenida Ibirapuera, Rua Prestes João, Rua do Gama, Avenida República do Líbano, Rua Comandante Ismael Guilherme, Avenida Sagres, Largo Mestre de Avis, até o ponto inicial.[4]
Nos últimos anos, o bairro tem gerado um grande conflito entre o Ministério Público Estadual e moradores do local. Recentemente, a promotoria abriu um inquérito para apurar se houve algum loteamento irregular, ou seja, a cessão de áreas verdes que pertenciam originalmente ao Parque do Ibirapuera e que foram destinadas à futuras construções de mansões.[5]
Bibliografia
editar- Villaça, Flávio (1998). Espaço intra-urbano no Brasil. São Paulo: Studio Nobel. pp. 107–108
- Ponciano, Levino (2001). Bairros paulistanos de A a Z. São Paulo: SENAC. pp. 107–108. ISBN 8573592230
- SILVA, João Pedro (2010). O Jardim Lusitânia e os processos de urbanização em São Paulo Revista Estudos Paulistanos, v. 12, n. 3 ed. São Paulo: Universidade Presbiteriana Mackenzie. pp. 33–50
- ALMEIDA, Mariana Costa (2015). Jardim Lusitânia: urbanização e desenvolvimento de um bairro de elite em São Paulo Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, v. 18, n. 2 ed. São Paulo: ANPUR. pp. 45–60
- FERREIRA, Beatriz Helena (2017). História e geografia do Jardim Lusitânia: um estudo sobre a formação urbana Revista Geografia Urbana, v. 20, n. 4 ed. São Paulo: Universidade de São Paulo. pp. 22–40
Referências
- ↑ Bairros nobres de São Paulo ficam sem água neste domingo Folha Online. Página visitada em 09 de junho de 2012
- ↑ São Paulo – Mansões do Ibirapuera na mira do MP[ligação inativa] defender.org.br Página visitada em 09 de junho de 2012
- ↑ Moema é a região com mais carros na cidade Página visitada em 09 de junho de 2012
- ↑ Resolução n°. 05/2002 prefeitura.sp.gov.br Página visitada em 9 de junho de 2012
- ↑ Mansões do Ibirapuera estão na mira do Ministério Público Estadual Arquivado em 3 de março de 2016, no Wayback Machine. R7 Página visitada em 9 de junho de 2012