Jerônimo Goergen
Jerônimo Pizzolotto Goergen (Palmeira das Missões, 20 de janeiro de 1976) é um advogado e político brasileiro filiado ao Progressistas (PP). Foi deputado federal pelo Rio Grande do Sul por três mandatos.[1] Até junho de 2021, Jerônimo apresentou alinhamento de 95% com o governo Bolsonaro nas votações da câmara.[2]
Jerônimo Goergen | |
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Deputado Federal pelo Rio Grande do Sul | |
Período | 1º de fevereiro de 2011 até 1º de fevereiro de 2023 |
Legislaturas | 54ª (2011 - 2015) 55ª (2015 - 2019) 56ª (2019 - 2023) |
Deputado Estadual do Rio Grande do Sul | |
Período | 1º de fevereiro de 2003 até 1º de fevereiro de 2011 |
Legislaturas | 51ª (2003 - 2007) 52ª (2007 - 2011) |
Dados pessoais | |
Nome completo | Jerônimo Pizzolotto Goergen |
Nascimento | 20 de janeiro de 1976 (48 anos) Palmeira das Missões, Rio Grande do Sul |
Nacionalidade | Brasileira |
Alma mater | Universidade Luterana do Brasil, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul |
Partido | PP (1995-presente) |
Profissão | Advogado |
Website | jeronimogoergen |
Biografia
editarJerônimo Goergen nasceu no município gaúcho de Palmeira das Missões em 1976 é filho de Gilberto Elias Goergen e Clelia Regina Pizzolotto Goergen, além de irmão de Rodolfo Goergen. Ele cresceu na cidade de Santo Augusto. Formou-se em Direito pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) e pós-graduou-se em Direito Empresarial pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Foi assessor do ex-ministro Marcus Vinícius Pratini de Moraes no Ministéro da Agricultura no final do Governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Foi presidente estadual da juventude do Partido Progressista (PP), sigla a qual é filiado até hoje.[3] Em 2002 se elegeu deputado estadual e se reelegeu em 2006.[4]
Deputado federal
editarNa eleição de 2010, o PP tentou reeleger a então governadora Yeda Crusius (PSDB) sem êxito, enquanto Jerônimo se elegeu pela primeira vez deputado federal.[4] Nesse primeiro mandato na câmara, ele convergiu com os ruralistas nas votações sobre o Novo Código Florestal.[5][6] Foi a favor do projeto que não previa a destinação de 100% dos royalties do petróleo para a educação.[7] Em 2011 foi contra a proposta de aumento do salário mínimo para R$ 600 (defendendo a proposta do governo Dilma de R$ 545).[8] Não esteve na votação sobre expropriação de imóveis onde houver trabalho escravo (e a consequente destinação à reforma agrária ou a programas de habitação popular)[9] e votou a favor da PEC do orçamento impositivo.[10]
Na eleição de 2014, apoiando a candidatura não eleita de Ana Amélia Lemos (PP) ao governo do estado, Jerônimo se reelegeu deputado federal.[4] Nesse segundo mandato na câmara, ele cronologicamente votou a favor do PL 4330 da Terceirização;[11] contra as Medidas Provisórias 664 e 665 (de ajuste fiscal propostas por Dilma Rousseff) relativas à pensão por morte e ao seguro desemprego respectivamente;[12][13] a favor do Impeachment de Dilma (PT);[13] a favor da cassação de Eduardo Cunha (PMDB);[13] a favor da PEC do Teto de Gastos;[13] a favor da reforma do ensino médio;[13] a favor da Reforma Trabalhista;[13] a favor de assegurar a prática da vaquejada como manifestação cultural;[13] contra a rejeição das denúncias contra Michel Temer (PMDB)[13] e a favor da MP da reforma do FIES.[13] Jerônimo esteve ausente nas votações sobre a desobrigação da Petrobras de participar de todos os blocos de exploração do pré-sal[13] e a intervenção federal na segurança do RJ.[13]
Em março de 2015, o deputado pediu licença da legenda para se defender da acusação de que recebeu propina da Petrobras, no escândalo conhecido como Operação Lava Jato ou Petrolão. Em setembro de 2017, o Procurador-Geral da República arquivou o caso pela completa ausência de indícios e inocentou o parlamentar.[14]
Na eleição estadual de 2018, o PP apoiou a candidatura eleita de Eduardo Leite (PSDB) ao governo do estado, enquanto Jerônimo se reelegeu deputado federal.[4] Em seu terceiro mandato na câmara, ele cronologicamente votou a favor de criminalizar responsáveis por rompimento de barragens;[15] a favor da PEC da Reforma da Previdência e contra excluir os professores nas regras da mesma;[15] a favor da MP da Liberdade Econômica;[15] contra alteração no Fundo Eleitoral;[15] contra aumento do Fundo Partidário;[16] a favor do PL 3723 que regulamenta a prática de atiradores e caçadores;[15] a favor do Novo Marco Legal do Saneamento;[15] contra redução do Fundo Eleitoral;[15] contra a suspensão do mandato do deputado Wilson Santiago (PTB/PB), acusado de corrupção;[15] a favor da ajuda financeira aos estados durante a pandemia de COVID-19;[15] a favor da MP 910 (conhecida como MP da Grilagem);[17] a favor da flexibilização de regras trabalhistas durante a pandemia;[15] a favor do congelamento do salário dos servidores;[15] a favor da anistia da dívida das igrejas;[18] a favor da convocação de uma Convenção Interamericana contra o Racismo;[15] a favor da destinação de verbas do novo FUNDEB para escolas ligadas às igrejas (na 2ª votação);[19] a favor da autonomia do Banco Central;[15] contra a manutenção da prisão do deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL/RJ);[15] a favor da validação da PEC da Imunidade Parlamentar;[20] a favor da PEC Emergencial (que trata do retorno do auxílio emergencial por mais três meses e com valor mais baixo);[15] a favor de classificar a educação como "serviço essencial" (possibilitando o retorno das aulas presenciais durante a pandemia);[21] a favor de acabar com o Licenciamento Ambiental para diversas atividades;[15] contra a suspensão de despejos durante a pandemia[15] e a favor de dificultar a punição por improbidade administrativa.[22] Jerônimo esteve ausente nas votações sobre a MP 867 (que segundo ambientalistas alteraria o Código Florestal anistiando desmatadores);[23] a cobrança de bagagem por companhias aéreas;[15] o "Pacote Anti-crime" de Sergio Moro;[15] o Contrato Verde e Amarelo;[15] a possibilidade de empresas comprarem vacinas da COVID-19 sem terem que doar ao SUS[15] e a privatização da Eletrobras.[15]
Desempenho eleitoral
editarAno | Eleição | Cargo | Partido | Coligação | Suplentes | Votos | Resultado[4] |
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2002 | Estaduais no Rio Grande do Sul | Deputado Estadual | PPB | sem coligação proporcional | Telmo Kirst (PPB), Leila Fetter (PPB) |
37.229 (0,69%) |
Eleito (43ª pessoa mais votada, 9ª no partido) |
2006 | Estaduais no Rio Grande do Sul | PP | sem coligação proporcional | Leila Fetter (PP), Jair Soares (PP) |
69.550 (1,29%) |
Reeleito (5ª pessoa mais votada, 2ª no partido) | |
2010 | Estaduais no Rio Grande do Sul | Deputado Federal | PP / PSDB / PRB / PPS / PSL / PSC / PHS / PTdoB |
Cláudio Diaz (PSDB), Waldir Canal (PRB) |
85.094 (1,49%) |
Eleito (26ª pessoa mais votada, 7ª na coligação) | |
2014 | Estaduais no Rio Grande do Sul | PP / PSDB / PRB / SD | José Otávio Germano (PP), Yeda Crusius (PSDB) |
115.173 (2,09%) |
Reeleito (17ª pessoa mais votada, 4ª na coligação) | ||
2018 | Estaduais no Rio Grande do Sul | PP / PSDB / PRB / PTB / REDE | Ronaldo Santini (PTB), Ronaldo Nogueira (PTB) |
89.707 (1,63%) |
Reeleito (22ª pessoa mais votada, 6ª na coligação) |
Referências
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- ↑ Congresso em Foco (4 de junho de 2021). «Radar do Congresso: perfil do deputado federal Jerônimo Goergen». Consultado em 20 de junho de 2021
- ↑ Site de Jerônimo Goergen. «Sobre o Deputado». Consultado em 20 de junho de 2021
- ↑ a b c d e Poder360. «Candidaturas de Jerônimo Goergen». Consultado em 20 de junho de 2021
- ↑ Renata Camargo (24 de maio de 2011). «Veja como os deputados votaram o Código Florestal». Congresso em Foco. Consultado em 20 de junho de 2021
- ↑ Mário Coelho (26 de abril de 2012). «Como cada deputado votou o Código Florestal». Congresso em Foco. Consultado em 20 de junho de 2021
- ↑ Congresso em Foco (6 de novembro de 2012). «Veja como votaram os deputados nos royalties do petróleo». Consultado em 20 de junho de 2021
- ↑ G1 (16 de fevereiro de 2011). «Confira como cada deputado votou sobre proposta de mínimo de R$ 600». Consultado em 20 de junho de 2021
- ↑ Mário Coelho (23 de maio de 2012). «Deputados de dez partidos votaram contra a PEC do Trabalho Escravo». Congresso em Foco. Consultado em 20 de junho de 2021
- ↑ Mário Coelho (13 de agosto de 2013). «Como os deputados votaram na PEC do orçamento impositivo». Congresso em Foco}. Consultado em 20 de junho de 2021
- ↑ EBC (8 de abril de 2015). «Confira como votou cada deputado no projeto de lei da terceirização». Consultado em 20 de junho de 2021
- ↑ G1 (13 de maio de 2015). «Saiba como cada deputado votou a segunda MP do ajuste fiscal». Consultado em 20 de junho de 2021
- ↑ a b c d e f g h i j k G1. «O Voto dos Deputados - 55ª Legislatura (2015 - 2019)». Consultado em 20 de junho de 2021
- ↑ Paula Sperb (6 de setembro de 2017). «Deputado gaúcho que chorou por 'lista de Janot' é inocentado». Veja. Consultado em 20 de junho de 2021
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v G1. «O Voto dos Deputados - 56ª Legislatura (2019 - 2023)». Consultado em 20 de junho de 2021
- ↑ Vem pra Rua (4 de setembro de 2019). «Lista dos deputados que votaram para aumentar o Fundão Eleitoral». Consultado em 20 de junho de 2021
- ↑ Ana Carolina Amaral (12 de maio de 2020). «341 deputados votaram pela 'MP da grilagem'». Folha de S. Paulo. Consultado em 20 de junho de 2021
- ↑ Flávia Said (9 de setembro de 2020). «Veja como cada deputado votou na emenda que perdoa dívidas de igrejas». Congresso em Foco. Consultado em 20 de junho de 2021
- ↑ Marina Oliveira (17 de dezembro de 2020). «Veja como cada deputado votou na regulamentação do Fundeb». Congresso em Foco. Consultado em 20 de junho de 2021
- ↑ Guilherme Amado (25 de fevereiro de 2021). «Saiba como cada deputado votou na validade da PEC da Imunidade». Época (Globo). Consultado em 20 de junho de 2021
- ↑ Congresso em Foco (21 de abril de 2021). «Como votou cada deputado em PL que aprovou educação como serviço essencial». Consultado em 20 de junho de 2021
- ↑ Guilherme Mendes (17 de junho de 2021). «Como os deputados votaram o projeto que dificulta punição à improbidade administrativa». Congresso em Foco. Consultado em 20 de junho de 2021
- ↑ Rafael Neves (29 de maio de 2019). «Veja os deputados favoráveis à MP que muda Código Florestal». Congresso em Foco. Consultado em 20 de junho de 2021
Ligações externas
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